terça-feira, 16 de junho de 2020

OLHÃO: DIA DE INAUGURAÇÕES!

Comemora-se hoje o dia da cidade, aproveitado para se fazerem algumas inaugurações, uma forma de publicitar a "grandiosidade" do grande "líder" em que se transformou António Pina.
A verdade é que as pessoas, pelo menos a geração seguinte à minha, acreditam que sempre foi e deve ser assim, batem palmas a todos os actos do poder politico como se ele não fosse a causa principal do mal estar da maioria do Povo. Festas, inaugurações, futebol e outras formas de alienação, evitando falar sobre os grandes problemas das pessoas, particularmente na componente social do estado, como habitação, saúde, educação e trabalho.
Os políticos são eleitos para servirem o Povo, que lhes confere um mandato de representação, não para fazerem o que querem, mas para servir os interesses da maioria da população. A realidade mostra-nos, porem, quanto errado é pensar-se assim, já que eles estão lá para enriquecer de forma ilegítima, com a cumplicidade da maquina da Justiça à qual não chegou o 25 de Abril.
Enquanto o presidente da autarquia tem um orgasmo inaugurativo, nós vimos denunciar mais um contrato, daqueles que deixam a sensação de que o exercício do poder é mesmo para favorecer os amigos, os titulares do cartão partidário.
A câmara municipal de Olhão celebrou um contrato no valor de 18.000,00 euros, acrescidos de IVA, para a prestação de serviços de desenvolvimento e implementação de framework para a gestão de ocorrências, como se pode ver em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/820681
O adjudicatário já havia celebrado um anterior contrato em 2019, como se pode ver em http://www.base.gov.pt/Base/pt/ResultadosPesquisa?type=contratos&query=adjudicatariaid%3D3213790 sendo esse para a "modernização administrativa". 
Tem sido assim a gestão autárquica, celebrando contratos e mais contratos, assegurando um determinado rendimento a "clientes" certos sem que se vislumbre os resultados, sendo que os contratados, em regra, e desde que executem as pretensões do presidente, se repetem ano após anos.
Para alem de empresas especializadas, temos também a Universidade, para a realização deste tipo de trabalhos ou estudos, talvez por valores muito inferiores aos praticados. Mas há que assegurar o tal rendimento a estes "trabalhadores", tipo chapa 18.000,00 euros anuais.
Quem não quererá ser amigo ou camarada do presidente? É preciso bater palmas? E porque não se me dá o pilim com pouco trabalho?

1 comentário:

Anónimo disse...

Por acaso isto é para fazer o quê???