segunda-feira, 15 de junho de 2020

RIA FORMOSA: QUEM ENCOBERTA O CRIME?


A imagem acima foi retirada do site da Aguas do Algarve, e serve para ilustrar o que temos a dizer no momento, como se pode ver em https://www.aguasdoalgarve.pt/content/etar-de-faroolhao.
Basicamente, as descargas da nova ETAR são feitas na zona de produção de bivalves Olhão 4, e tal como vimos dizendo há algum tempo ela não está funcionando como apregoaram, continuando a poluir a Ria Formosa.
No momento assiste-se a uma elevada mortandade de ameijoa boa naquela zona, mas como não podia deixar de ser, tiveram de arranjar uma boa desculpa para não pôr em causa o investimento feito.
Durante muitos anos, os produtores de bivalves foram confrontados com a elevada mortandade provocada pela descarga das ETARs, mas agora passaram a ser as biotoxinas a causa da morte. Já ninguém fala no Perkinsus Atlanticus.
Em tanto ano, e todo o mundo sabe das constantes interdições por causa da presença de biotoxinas e estas nunca foram apontadas como causa provável da morte do marisco. Parece que a raleira também chegou aos bivalves!
Quando a ciência se coloca na subserviência ao Poder politico, não se resolvem os problemas, antes se branqueiam, contornam, com cientistas a engolirem sapos e elefantes, incapazes de dizer NÃO. Tanto se baixam que um dia o cu lhes fica à mostra.
Entretanto, em quase toda a costa algarvia está interdita a captura de bivalves por contaminação por biotoxinas, mas só os da zona Olhão 4, dentro da Ria, é que morrem por isso.
As aguas da Ria estão sujeitas às oscilações das marés, vazando e enchendo com aguas contaminadas mal se percebendo como pode haver zonas livres de biotoxinas e outras não.
Com tantos estudiosos, com tanto cientista na área não se compreende como nenhum ainda foi capaz de explicar o aumento do numero e de intensidade dos ciclos de biotoxinas. Sabemos que elas existem no meio natural mas não em quantidade suficiente para estas constantes interdições. Tal deve-se à poluição marinha provocada pelas descargas das ETAR e de esgotos directos, com destaque para as cianobactérias e diatomáceas presentes nas descargas.
Cada espécie de bivalve tem a sua capacidade filtradora, uns mais que outros, sendo curioso verificar que a ostra e o mexilhão, os bivalves com maior capacidade filtradora, e bem assim de bioacumulação de contaminantes, raramente sejam interditados. Porque será? Ai as minhas ostrinhas!
Não seria melhor fecharem todas estas entidades publicas já que só servem para gastar o dinheiro sem qualquer proveito para as actividades que dizem pretender servir?
E se fossem todos à bardamerda?

1 comentário:

Anónimo disse...

Infelizmente se fossem todos analisar o T quando a ciência se vende à MAFIA.