OLHÃO: A NOSSA QUINTA DO LAGO

 António Pina, presidente e recandidato, num dos muitos seus habituais videos propagandisticos faz referência ao Plano de Intervenção e Requalificação da Ilha da Armona, dizendo que o mesmo já foi aprovado.

Aproveitou a ocasião para se alongar um pouco no discurso dizendo que com aquele PIR iria transformar a Ilha da Armona na Quinta do Lago de Olhão.

Não deixa de ser curioso que o presidente da câmara anuncie a aprovação do PIR mas não o dê a conhecer. É que a fazer fé nas suas declarações e nas suas pretensões, estamos perante mais uma acção com vista a correr comos olhanenses do seu território, e isso poderia ter reflexo nas próximas eleições autarquicas.

Infelizmente até os partidos da chamada oposição não se pronunciaram sobre o assunto, esquecendo que são os residentes e não os forasteiros que votam. Estranha maneira de estar na politica!

Como todos sabem, frequentar a Quinta do Lago não está acessivel ao comum dos portugueses, mas apenas àqueles que de alguma forma enriqueceram à custa do trabalho dos outros.

Transformar a Ilha da Armona numa nova quinta do lago é, neste contexto, correr com os olhanenses da sua ilha, por razões economicas. Não significa isto que não tenham acesso à Ilha, mas as zonas a concessionar, as melhores, são para as entregar aos todos poderosos, mandando os olhanenses para os confins da ilha, para não se misturarem com os forasteiros endinheirados.

Mas mais, até os restaurantes, cafés, bares ou até os supermercados vão passar a cobrar por uma garrafa de agua mais do que custa um litro de gasolina.

O Pina logo se encarregará de tratar das casas, ele que é um especialista em imobiliario, tratará de levar os ultimos resistentes olhanenses a entregar as suas casas, cobrando cada vez mais taxas, até se tornarem incomportaveis para as pessoas simples de Olhão.

Apresentando uma peça de cada vez em lugar do projecto final, vai levando a agua ao seu moinho, perante o bater de palmas daqueles que não querem ver o futuro que nos estão preparando.

Aos partidos da oposição cabe a tarefa de levar os tradicionais abstencionistas a votar, se querem mudar alguma coisa. Se ficarem calados perante os avanços do poder autarquico, que já usa e abusa de tudo quanto é publico para a sua campanha, então não mudarão nada.

Lutem!