sábado, 4 de setembro de 2021

OLHÃO: ISTO É QUE VAI UMA TRANSPARÊNCIA!

 António Pina, presidente da câmara municipal de Olhão e que tabém preside ao conselho de administração da Ambiolhão, a empresa municipal do mau ambiente, não há duvida que pauta a sua gestão pela maior das transparências.
Desta vez, na sua dupla condição, celebra um contrato na sequência de um concurso publico, com contornos esquisitos. Senão vejamos:

Quem se limitar a ver os detalhes, ficará com a ideia de que o concurso é promovido pela  Ambiolhão e com vista à requalificação da estrada de Quelfes. Ora a requalificação de estradas é da responsbilidade da autarquia e não da empresa municipal, mesmo que se admita a possibilidade de a empresa municipal ter feito alguma obra que pusesse em causa parte (pequena) da dita estrada.
Mas uma requalificação de estrada no montante de 1.329.453,48 euros, obviamente não pode ser responsabilidade sua.
O detalhe apenas mostra o valor de 273.487,35 euros! É certo que a câmara também fez publicar o contrato do remanescente, 1,055.966,13, mas quem se ficar pelos detalhes não terá a noção do valor real da obra. Para isso, é preciso mesmo ver o contrato, do qual publicamos a segunda pagina 

É o que dá a promiscuidade entre a autarquia e o seu sector empresarial, trazendo-nos à memória o expediente usado para a compra da Bela Olhão, supostamente para albergar também os serviços da empresa municipal,mas como já se viu,foi apenas uma mera operação de especulação  imobiliaria.
Como percebe então que a Ambiolhão participe na requalificação de estradas? Qualquer dia, a Ambiolhão transforma-se numa empresa de construção civil para poder proceder a operações urbanisticas.
Por estas e outras razões como o facto de antes da criação das empresas municipais, todos os serviços funcionavam como municipalizados e não se via esta bagunça. Jávem detrás quem defendia que as empresas tinham direito à dedução do IVA, do qual recebem uma parte. Mas mesmo que fosse por isso, é curioso verificar que são as próprias autarquias a contornar a lei para fugir ao pagamento de impostos, algo a que o cidadão comum não pode.
No caso da Ambiolhão, o Pina dizia que a autarquia não podia subsidiar a agua, mas pode "subsidiar" toda a casta de parasitas, sejam eles publicitários, marketing e até um que foi contratado no Brasil para escrever a história de Olhão. 
As empresas municipais, sejam elas em Olhão ou noutro qualquer ponto doPaís, não têm razão de existir!   Andamos a alimentar uma cambada de chulos da politica, essa é que é a verdade!

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