quinta-feira, 16 de setembro de 2021

OLHÃO: PLANEAMENTO PARA ALIMENTAR A GANÂNCIA

 Já no tempo do antigo regime, o planeamento era concebido por forma a alimentar a ganância, só que os gulosos pelo dinheiro era em muito menor numero do que agora. Basta olhar  para a enormidade de jotas, bajuladores ou lambe cus, que espreitam um lugar ao sol.
Se no passado era assim então que pensar do planeamento dos nossos tempos?
Ao longo dos anos, vimos proceder a aterros de leitos de cheia e de linhas de agua, quando todos nós sabemos que as aguas livres procuram sempre um sitio mais baixo para correr. Dentro da cidade de Olhão, isso faz-se sentir no tunel. Mas agora vimos acontecer o mesmo em Moncarapacho, onde um leito de cheia deu lugar à construção de uma grande superficie, sem que tenha havido o cuidado de criar uma caixa de retenção de aguas.
Que a superficie comercial tenha gostado da localização, ou melhor, do preço do terreno entendemos ser normal, mas já não entendemos que a autarquia, a câmara municipal de Olhão tenha autorizado a construção sem se ter assegurado do escoamento das aguas.
Tal como a cidade, também a vila de Moncarapacho cresceu sem que as infraestruturas tivessem acompanhado aquele crescimento.
Nada que preocupe o edil mor do reino de Olhão, porque desde que aquilo com que se compram os melões nos mercados corra, está tudo bem. E quanto mais melhor que a ganância é muita!
Se atentarmos bem no planeamento urbanistico, não deixará duvidas que ele se destina a alimentar a ganância de todos os envolvidos, já que todos eles sabem ao que andam. 
Na analise de projectos urbanisticos, não se pode ter em consideração apenas os planos de gestão territorial mas regulamentos como o municipal da urbanização e edificação, mas também o Geral da Edificação Urbana.
Tendo em conta que o RGEU manda que as novas construções devem obedecer a uma linha imaginária de 45º contados a partir do lado oposto da rua, o que na prática ditaria que elas não podiam exceder de altura mais que a largura da rua.
O RGEU está em vigor desde 1951 e apesar das diversas alterações, mantem esta postura. Mas há autarcas que entendem que isso inviabilizaria a construção em altura em centros historicas.
No entanto vemos demasiadas construções a exceder a volumetria permitida por lei. Como?
Podemos também verificar que apesar das suas caracteristicas, partes significativas de bairros históricos como o do Levante, do Mundo Novo ou até mesmo do edificado entre a Rua Mestre Martins Garrocho e o Caminho de Ferro, não foram incluidos na Zona Histórica  para que neles se pudesse construir em altura como vem acontecendo. No fundo um planeamento feito para alimentar a ganância!
Segue-se a Requalificação da Frente Ribeirinha da Fuzeta que conjugado com o Plano de Urbanização da Fuzeta, leva a ganância a tomar conta de muita gente com o presidente da câmara à cabeça. A destruição do Parque de Campismo, a expropriação de terrenos ao preço da uva mijona, para depois permitir a construção de uma grande superficie e um parque de estacionamento a condizer. Que é isto senão um planeamento para alimentar a ganância?
Dia 26, aqueles que não concordam com os designios pessoais do nosso edil, têm a oportunidade de o mandar apanhar urtigas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu mandava-o era apanhar GAMBUZINOS e incluía como companhia o presidente da JF de Olhão,que é um belo "pagem".Ambos apetrechados com uma lanterna...