quinta-feira, 23 de setembro de 2021

OLHÃO : PROMETER PARA FAZER COM DINHEIROS ALHEIOS

 No jornaleco da campanha dita socialista vemos o Pina fazer.se senhor e autor de obras que em boa verdade não dependeram dele, como por exemplo a nova ETAR cuja entidade responsavel pela obra e financiadora foi a Aguas do Algarve. Mas não se ficam por aí as habilidades do artista, como veremos a seguir.
Uma, e talvez a mais importante para os residentes de Olhão, seja a da construção de habitações com dinheiros publicos que, não sendo da autarquia, dependeram da apresentação de uma Estratégia Local de Habitação (ELH) junto do IHRU, para que possa sacar do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) as verbas necessárias ao seu desenvolvimento.
O governo obedecendo a orientações da UE, fez incorporar no PRR cerca de dois mil milhões destinados à habitação conforme se pode ver em https://recuperarportugal.gov.pt/c2-habitacao/ , dos quais uma tranche de 1211 milhões para o Programa de Apoio ao Acesso à Habitação e outra de 775 milhões para o Parque Publico de Habitações a Custos Acessiveis. Obviamente que de todo esse dinheiro só uma pequena parte vem para Olhão, mas ainda assim vai permitir a construção de cerca de setecentos fogos.
Claro que o Pina tem o mérito de apresentar a ELH,mas uma coisa é a apresentação de uma candidatura, outra bem diferente é apresenta-la como se apenas dependesse de si, como se o dinheiro fosse disponibilizado pela autarquia.
Os autarcas são eleitos precisamente para isso, para aproveitar as disponibilidades que a administração central põe ao seu dispor; um presidente de câmara que não se candidatasse a esta iniciativa estaria, na prática, contra o bem estar das suas populações.
Mas não se pense que são tudo rosas porque as autarquias vão ter de arranjar terrenos necessarios e construi-las até 2026. Apesar de ainda ter cinco anos pela frente, o prazo está a contar e se chegado o fim de prazo não o tiver feito, terá de devolver as verbas remanescentes.

A primeira parte construida ao abrigo do PRR são os duzentos e oitenta fogos a construir nas antigas instalações da Litografia, e como se vê da imagem acima falta adquirir os terrenos para a construção de cerca de quatrocentos fogos.
Porque já sabemos como funcionam os partidos do arco da governação e a forma como fazem a distribuição destes dinheiros, é lógico que o partido no governo procure distribuir o máximo possivel pelas autarquias da sua cor, sem ter em conta as necessidades reais das populações governadas por partidos de cor diversa.
Ainda assim, não passa de uma promessa já que não há projectos, não há terrenos e como tal não há dinheiro mas há sim um longo caminho a percorrer.
No entanto também se deve questionar porque há tanta necessidade de habitação, quando se sabe que metade dos fogos existentes são de segunda habitação e para fins não habitacionais, fruto de uma politica de gentrificação seguida pela autarquia. 
A construção destes cerca de setecentos fogos cai como mel na sopa para prosseguir tais politicas e mandar os olhanenses para a periferia. Os fogos nas antigas instalações da litografia, ainda que a sulda Avenida D. João VI colam com um bairro social e não se vislumbra que naquele local, alguem quisesse investir em algo mais arrojado, razão da opção do Pina.
Tal como dizemos atrás, foi a UE quem destinou as verbas para a habitação que vão permitir o alojamento de 26.000 familias espalhadas pelo País, não foi o Pina que as foi buscar ao orçamento da autarquia.
Cada um enfia a carapuça que quer. 
Será que quem assim procede merece a confiança dos olhanenses? Por mim, não. Cabe aos eleitores de Olhão decidir no próximo dia 26 se o mandam às urtigas ou não!
EU NÃO VOTO PINA!

1 comentário:

Anónimo disse...

Acabem mas é o que têm para acabar, com tanta promessa gostava de saber como estão aqueles dinheiros na camara!!!