domingo, 27 de outubro de 2013

OLHÃO: BATOTA PERIGOSA NA AGUA?

A apressada resposta da Ambiolhão a propósito da presença de bromato na agua em Brancanes pelo menos uma vez, faz desconfiar de que algo não vai bem com o fornecimento de agua à população de Olhão.
A Ambiolhão tem a exploração em baixa da rede publica de agua e é sobre ela que recaem as responsabilidades daquilo que se possa passar com uma possível batota no fornecimento que não se pode descartar.
A população de Olhão tem vindo a crescer, crescimento esse que não é acompanhado pelo volume de agua fornecido pela Águas do Algarve uma vez que esta empresa, segundo os seus relatórios forneceu em 2009 4.661.683m3, em 2010 4.371.313m3, em 2011 4.278.629m3 e em 2012 4.569.645m3.
Perante estes números, é caso para perguntar se a população diminuiu ou aumentou, até porque o assalto na factura da agua só começou em 2011, mas no ano anterior já se registava uma quebra.
Como é sabido, algumas empresas do ramo alimentar são obrigadas a apresentação de analises da agua utilizada na transformação dos seus produtos e pelo menos uma delas, que mandou analisar a agua na mesma empresa que a Ambiolhão, apresentava resultados diferentes dos apresentados pela empresa municipal.
Obviamente que a Ambiolhão não vai mandar fazer analises em todos os pontos do concelho e nem isso lhe interessa pelos vistos, indicando os pontos onde a agua para analise deve ser captada.
A presença de bromato, as analises contraditorias e a redução do volume de agua comprada à empresa gestora do sistema em alta,indiciam a suspeita de poder estar a ser injectada agua dos furos na rede publica. São demasiadas coincidencias, mas que a penúria de dinheiro na empresa municipal e na autarquia ajuda a perceber. O que não se perceberá é que à pala de dinheiro se possa pôr em causa a saúde publica, até porque à cerca de dois anos atrás foram sinalizados de forma endémica, vários doentes com doença oncológica e que moravam na mesma zona de forma mais chegada ou remota, o que causou alguma apreensão junto da comunidade medica que não pensou na possibilidade de derivar do consumo de agua.
E se a Águas do Algarve revela as quantidades de agua fornecida ao município, o mesmo não acontece com a Ambiolhão não fornece dados relativos à volumetria da agua fornecida, os picos mensais de consumo, que omite a ausência de contadores em zonas verdes para dar a agua como perdida.
Associada a isto temos, as redes de agua e saneamento completamente degradadas por falta de investimento o que permite a contaminação da agua.
Com uma gestão autárquica mais preocupada com negocios do que com os seus habitantes tudo é de esperar, até a revolta que um dia chegará.
REVOLTEM-SE, PORRA!

4 comentários:

Anónimo disse...

Este é sem duvida um caso de saúde publica e bastante preocupante.
Caso as pessoas não saibam,o bromato não se encontra na agua por ser uma substancia oxidante.
O principal processo de desinfecção da água que leva a formação de bromato é o tratamento com ozono,mas também pode ser formado através da fotoativação quando a água é clorada na presença de luz solar,como ocorreu um caso em Los Angeles em 2007,em que houve uma grande contaminação de dois reservatórios com a perda de 2,3 milhões de m3 e 4 meses para descontaminação.
O Bromato é prejudicial em doses elevadas.
Ja se efectuaram Estudos em doses muito baixas em animais,e mostraram que o bromato pode causar cancro.
Esses mesmos estudos também mostraram que o bromato pode causar mutações em genes ou cromossomas.
Em seres humanos, os efeitos mesmo em níveis baixos de bromato ainda não estão totalmente compreendidos,mas fazendo uma extrapolação para o que acontece/eu em estudos com animais,é bastante preocupante e pode sem duvida ser um problema de saúde pública.
Desta forma,faço um apelo para que as analises sejam feitas com alguma periodicidade e em vários pontos,ou seja,como na realidade DEVEM SER FEITAS!
Obrigada

a.terra disse...

Meu caro comentador:
O que choca no meio disto, é a palhaçada em que transformaram este País, nomeadamente no que concerne à saúde publica. É que a OMS face ao problema fixou um limite maximo para a presença de determinadas substancias, entre as quais o bromato. Os Estados deviam impor medidas mais restritivas, o que não acontece no caso português que manteve o mesmo limiar que a OMS.
Outro aspecto da questão tem a ver com a falta de publicação dos valores de bromato encontrados nas analises de rotina, pois podem estar muito proximos do limiar fixado. E a ocultação de informação significa que as coisas não estarão tão bem como aparentam. Ainda bem que vem comentar e contribuir com esclarecimentos adicionais. Obrigado!

João Maria disse...

Esperemos que a CMO seja lesta em publicar a sua opinião sobre este importante tema.
A saude das PESOAS deve estar 1º que as mentiras.

Anónimo disse...

É realmente caso para ponderar em consumir água da rede pública. No entanto acesso a água de rede pública e com qualidade para consumo não devia ser uma dor de cabeça!