sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

OLHÃO: COMO SE CRIOU O ELEFANTE NA CÂMARA MUNICIPAL DE OLHÃO

Consultado o mapa de pessoal da Câmara Municipal de Olhão de 2013, constatámos que a mesma tem nada menos que dois directores de departamento e treze chefes de divisão.
O Estatuto do Pessoal Dirigente das Câmaras Municipais condiciona aquele numero a uma densidade de 40.000 ou fracções iguais, que parece não estar a ser seguida pela Câmara, senão vejamos:
Director de departamento: a cada fracção populacional de 40.000 corresponde a faculdade de provimento de um director municipal, podendo , não obrigatoriamente, prover outro se a sua participação  no Fundo Social Municipal e no Fundo de Equilíbrio Financeiro for igual ou superior a 2/1000. Temos assim que a Câmara não estava obrigada a dar provimento ao segundo director de departamento municipal, mas que usou de uma prorrogativa para alimentar o seu sindicato de voto, com custos para o Município, isto é, para o Povo de Olhão.
Chefes de divisão: Nos municípios com população igual ou superior a 10.000 podem ser providos três chefes de divisão municipal, aos quais pode acrescer um chefe de divisão municipal por cada fracção igual.
Dado que a população de Olhão é de 45.000, a Câmara Municipal se aplicasse a Lei, daria provimento a três chefes pelos 10.000 e mais três pelos restantes 30.000, ou seja a Câmara Municipal de Olhão tem nos seus quadros, sete chefes de divisão a mais.
A diferença salarial das chefias nomeadas pela vaidade e para a criação do gigantesco sindicato de voto, daria para evitar o corte orçamental previsto para a alimentação escolar ou em alternativa manter em actividade pelo menos quinze trabalhadores com contrato a prazo e que mandaram embora, porque para as elites camarárias eram "feios, porcos e maus".
Mas temos ainda o provimento de cargos de direcção intermédia de 3º grau ou inferior, não podendo exceder os seis. Por falta de tempo, até porque não somos remunerados como uma certa cacicagem da Câmara Municipal ainda não verificámos a quantidade de cargos de direcção intermédia mas contamos muito em breve fazê-lo.
Na actual situação de crise e afogada em dividas, a bandidagem prefere cortar na área social em lugar de eliminar as gorduras criadas num passado recente, preferindo responsabilizar a oposição em lugar de se preocupar com a resolução dos problemas.
Certo é que com uma gestão camarária emperrada na engrenagem montada pelo consulado de Francisco Leal, mas consentida por António Pina durante os oito anos em que foi presidente da concelhia do partido no Poder autárquico, ao não exigir a prestação de contas ao partido, tornou-se cúmplice dos esquemas do antecessor e vai agora provar do seu próprio veneno.
Por quanto tempo mais?

4 comentários:

Anónimo disse...

No site da CMO encontra-se esta informação sobre o assunto: https://dre.pt/pdf2sdip/2013/11/227000000/3435734363.pdf

L.Pedra. disse...

Mamões à solta nos gabinetes.onde a maior parete são uma cambada de chupistas,como a pulga e as amigas.entram na C.M.Olhão colocam o dedo no ponto,voltam a sair das instações da, e vão pro bar do CAT,dar à lingua com o assesor do pininha,que recebe da amiOlhão mas ninguém sabe o que ele faz.

Anónimo disse...

Passei por aqui para espreitar o teu blog e ao mesmo tempo desejar festas felizes.
Como sempre, tens aqui interessantes trabalhos sobre os abutres que andam a despejar os bolsos dos munícipes.
Um abraço.
http://umraiodeluzefezseluz.blogspot.com

a.terra disse...

Pois é, efectivamente o organograma aponta para seis divisões, mas o mapa de pessoal para 2013 tem treze chefes de divisão. Ou seja, durante todo o ano alguem andou a mamar na teta da porca. Falta ver o mapa do pessoal para 2014 que o outro está errado. O Serviço Juridico tinha um chefe de divisão e agora?
Como estão os chefes de secção? A ver vamos! Mas 2013 está mal.