Poluição agrava-se de dia para dia na principal maravilha natural do Algarve
Problemas ambientais na Ria Formosa arrastam-se há décadas sem solução à vista
Apesar da criação do parque natural, em 1987, as descargas de esgotos e outros focos de poluição ainda não pararam na Ria Formosa. A situação agrava-se a cada dia que passa, pondo mesmo em causa o futuro deste santuário da vida selvagem, que há três anos conquistou a categoria ‘Zonas Marinhas’ das “Sete Maravilhas Naturais de Portugal”. Para além de ser um local paradisíaco e um dos principais cartões turísticos da região, a ria tem uma importância económica enorme devido à variedade de peixe, marisco e bivalves. Porém, a contaminação da água está a ameaçar todo este ecossistema lagunar único no mundo…
(Toda a reportagem na última edição do JA – dia 12 de dezembro)
NC/JA
O texto acima é do Jornal do Algarve, como se pode ver em http://www.jornaldoalgarve.pt/poluicao-agrava-se-de-dia-para-dia-na-principal-maravilha-natural-algarve/.
Nota do Olhão Livre:
O historial da Ria Formosa demonstra o impacto da poluição nas águas da Ria e assume no momento presente particular importância pela desclassificação das zonas de produção imposta pelo IPIMAR, que tinha a competência e responsabilidade pela monitorização das águas conquicolas e de apontar a dedo os principais pontos, mas que nunca o fez.
Os estudos do IPIMAR, manipulados, não são mais que uma forma de contemporizar com os principais poluidores da Ria Formosa, a Águas do Algarve e as Câmaras Municipais de Faro e Olhão. São apresentados relatórios que reportam estudos desde 1990 até 2009 para de uma forma geral, deturpar a realidade da poluição.
A ETAR de Faro Nascente entrou em funcionamento em 1997 e a de Olhão Poente em 1998; ambas passaram a concentrar a poluição dispersa dos concelhos de Faro e Olhão na maior zona de produção de bivalves, originando desde logo graves problemas, agravados pela perda de eficiência.
Enquanto a ETAR de Faro descarrega quantidades colossais de contaminação microbiologica pelas águas, a de Olhão é uma mina de produção de massa fecal. Enquanto a primeira contamina directamente, a segunda, ao descarregar a massa fecal está criando as condições ambientais à proliferação do Perkinsus Atlanticus ao mesmo tempo que degrada o substrato, sedimentando em cima dos viveiros.
Tudo isto acompanhado da existência de esgotos directos, conhecidos das duas autarquias, como sejam o esgoto junto ao cais Neves Pires ou da Ribeira das Lavadeiras em Faro, mas também os esgotos no topo norte da Doca de Olhão, junto ao cais T ou mesmo na Marina.
A Câmara Municipal de Olhão bem se tem esforçado por tentar abafar a revolta dos produtores, fazendo crer que a culpa é de terceiros, e jogando com a imprensa regional para fazer eco da sua prosapia, mas desta vez, descuidou-se e deixou que o Jornal do Algarve trouxesse à luz do dia a degradação ambiental da Ria, como os impactos sociais e económicos inerentes. Aquilo que deveria ser um factor de coesão social e económica, é na verdade um autentico desastre.
Bem haja ao Jornal do Algarve por furar o bloqueio da Câmara Municipal de Olhão.
1 comentário:
o novo presidente da CMOlhão assim que foi eleito devia ter feito um ponto da situação ,sobre a poluiçao que a CMOlhão é responsavél,pois está à vista de todos que a CMOlhão numca deixou de despejar esgotos não tratados nas aguas da Ria Formosa.
Querer esconder as responsabilidades da CMOlhão no que toca à poluição na Ria Formosa é precisamente o mesmo que qerer tapar o sol com a peneira.
É mais que tempo do PS colocar um fim a esta situação senão arrsica-se em vez de perder a maioria de perder de vez a autraquia.pois cada vez há mais fome e miséria em Olhão e a concelhia do PS não oode pactuar com essa fome,pois uma Ria sem poluição dava de ganhar e matava a fome a milhares de pessoas emvez de ser a CMO a andar a fazer caridade.
"Se veres um pobre a pedir não lhe dês de comer dá-lhe uma rede de modo a que possa apanhar o seu próprio sustento"
Provérbio chinês sempre actual e a condizer com a situação de fome e miséria em OLhão.
A CMOlhão que acabe com a poluição na Ria Formosa e exija às Aguas do Algarve que as ETARs de OLhão tratem a sério os esgotos e a ria voltará a dar riqueza a Olhão e a quem dela depende.
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