Já muito se falou da poluição na Ria Formosa mas pouco se disse sobre a cabala montada pelas entidades publicas para justificar os crimes ambientais aqui cometidos e com amplos reflexos no desenvolvimento económico e social das populações indígenas.
Apesar de não sermos especialistas na matéria, mas aproveitando os documentos das entidades publicas envolvidas nestes escabrosos escândalo, damos a nossa interpretação e deixamos ao critério dos nossos leitores o ajuizarem das razões.
Começamos pois, pela edição da pagina de um documento do projecto FORWARD elaborado sob a égide da Sociedade Polis Litoral da Ria Formosa, era ainda presidente a celebre Valentina Calixto.
A primeira questão coloca-se precisamente pelo facto de estarmos num País a que chamam de Portugal, com uma língua materna, o português, mal se percebendo como é que as entidades publicas gastam o nosso dinheiro para elaborar um livro na língua do "Tio Sam". Eu sou português e no meu País não sou obrigado a falar outra língua que não a minha e à revelia dos péssimos acordos ortográficos.
A segunda questão prende-se com o facto de nas quatro razões apresentadas, três das quais sem qualquer razão de ser, uma sobressair e merecer até um sublinhado, sendo legível no segundo paragrafo que se destina a eventuais conflitos que surjam com a Comissão Europeia ...e que possa ser distribuído em Bruxelas quando conveniente.
Temos assim um livro, não para esclarecer ou ajudar a resolver os problemas da Ria Formosa, mas para montar uma farsa, distorcendo a realidade dos factos, o que por si só, já era motivo suficiente para mandar estes F da P morrer bem longe para não cheirarem mal. Mas não se ficam por aqui e eis que temos novo documento do FOWARD
Desta vez, um documento mais técnico, que visa sobretudo justificar a poluição na Ria Formosa com escorrências superficiais provenientes da agricultura, documento este sem qualquer rigor cientifico, baseado numa simulação apoiada por modelo matemático.
Seria anedótico e até risível, não fosse a situação de calamidade social que a população indígena da Ria Formosa vive.
Como é do conhecimento geral, de há uns anos a esta parte promoveu-se o abandono da agricultura, mas estes "cientistas" descobriram que afinal a norte da Ria Formosa ainda há pomares de sequeiro, alfarroba, oliveira, amêndoa e figo e ainda a produção de trigo, numa área que ocupa cerca de 46% do total. Aldrabão sou eu e não minto tanto! Gostava que estes cientistas fossem capaz de dizer onde estão estes pomares e a produção de trigo. Acredito que possam encontrar alguma mas para as celebres espigas, hoje comercializadas.
E como uma bestialidade nunca vem só, descobriram os engenhosos "cientistas" que os "pomares de sequeiro" são fertilizados com 580 toneladas de azoto e 60 de fosforo a que acrescem 1080 toneladas de azoto e 100 de fosforo, da fertilização do trigo, somando cerca de 1660 toneladas de azoto e 260 toneladas de fosforo. Alguém deve andar a comprar os fertilizantes sem factura, porque ninguém sabe onde, quando e como foram consumidos. Acredita-se que os "cientistas" pretendendo realizar um bom trabalho, tenham sobrevoado a região mas num erro de coordenadas, tivessem ido parar a Espanha, porque aqui na zona não foi certamente.
É por demais óbvio que a intenção deste estudo é justificar a contaminação da Ria Formosa com nutrientes provindos da agricultura, ilibando o efeito maléfico das ETAR.
Porque o texto já vai longo, por aqui me fico, prometendo que nos próximos dias continuaremos a dar a conhecer novos documentos.
Ao Povo da Ria Formosa, com os votos de Boas Festas, deixo-lhes ainda outra mensagem:
REVOLTEM-SE, PORRA!
SEM LUTA, NÃO HÁ VITORIA!
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