quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

OLHÃO: ONDE ,MORA A TRANSPARÊNCIA?

Como resultado das eleições de 2013, os arautos da mudança, de defesa da transparência na gestão autárquica e no combate ao chamado sindicato de voto, personalizados por Eduardo Cruz eleito vereador e um outro substituo como substituto, cedo mostraram ao que iam, enganando quem neles acreditou.
Chegada as eleições de 2017, não integrando qualquer lista, tal a péssima qualidade dos seus préstimos, não deixaram de merecer a confiança do Poder que antes diziam combater e tanto assim foi que os dois de mão dada, passaram a integrar, um como presidente e o outro como vogal, o Conselho de Administração da Marcados de Olhão, empresa municipal.
O actual presidente daquela administração, foi o mesmo que integrou o júri que deu o lugar de director financeiro da Ambiolhão, ao cunhado do Pina, o que motivou uma denuncia junto dos serviços do Ministério Publico que arquivou por não se ter provado a intenção de favorecer alguém. Mas a forma, que não o conteúdo, foi o motivo para nos tentarem silenciar, instaurando um processo Judicial.
Depois das eleições, já aqui denunciámos a contratação de uma arquitecta sem que se tenha promovido qualquer concurso publico, familiar de um dos mais encarniçados apoiantes do Pina, e que tinha contrato em vigor com a empresa de gestão urbana de Vila Real de S. António.
Depois disso foi admitido também um director para a Mercados de Olhão, sem qualquer concurso publico, como se não houvessem mais interessados no lugar. Mais parece um couto de caça que uma empresa municipal!
E como se isso não bastasse, foi também contratado mais um fiscal para os Mercados, também sem qualquer concurso publico, embora este seja de uma área política diferente do Poder em exercício, mas que viu um familiar seu integrar as listas ditas socialistas, mudando de cor da camisola.
Não estando em causa a pessoa, esta contratação merece-nos porem alguns comentários.
Desde logo porque o vogal do conselho de administração, é também autor e administrador de um blogue, nitidamente de direita, criado em vésperas da campanha eleitoral, para combater aqueles que antes jurava defender e precisamente, mais uma vez, erguendo a bandeira da transparência.
Tão pirata são uns como os outros, que o que eles menos querem, é transparência, porque na sua ausência, podem criar e distribuir os empregos por quem muito bem quiserem e entenderem.
Mas também devemos dizer que já faz um bom par de anos que a Mercados de Olhão funcionava apenas com um fiscal, por varias vezes desautorizado pela direcção depois de o forçarem a tomar atitudes que mereceram o desagrado de alguns operadores, particularmente dos vendedores ambulantes.
É verdade que os Mercados estavam abandonados, sem que o seu Regulamento fosse cumprido mas também parece que aquilo que se pretende é unicamente o cumprimento parcial dos Regulamentos, já que eles visam essencialmente os operadores do peixe e verduras. Já no que respeita aos estabelecimentos, verifica-se uma violação dos Regulamentos, substituindo os talhantes por estabelecimentos de hotelaria, permitindo a abertura pelo interior dos Mercados, algo que estava proibido. Mas isso era algo previsível, pois o conselheiro-mor justificou o pedregulho em vogal por ser um especialista em turismo e como tal estaria de acordo com o espaço dos Mercados.
A contratação dos fiscais não é mais do que mero acto da repressão que se vai abater sobre os operadores até que estes se sintam forçados a abandonar a actividade, deixando o mercado livre para o sector turístico. Mas também pode acontecer que ao acabar com a génese dos Mercados matem a galinha dos ovos de ouro.
Que rica transparência!

2 comentários:

Anónimo disse...

um cagarão é sempre um cagarão seja na sumol seja a fazer as vezes de presidente das praças.

Anónimo disse...

Então, este não é o mesmo senhor que um dia foi interrogado pela Polícia Judiciária sobre umas autorizações de construção que o Leal havia autorizado à revelia de pareceres de outras entidades e, questionado sobre estas matérias este senhor disse à Polícia Judiciária que era apenas um funcionário da sumol e a única especialidade que tinha era vender pirolitos?
Quem sabe se ele vai aplicar esta sua especialidade nos mercados de Olhão e vai começar a vender lá os ditos pirolitos...mas dos "pirolitos" para a política a diferença também não parece muita, é só saber vender a banha da cobra!