A Infraestruturas de Portugal veio a Faro anunciar a electrificação da linha férrea entre Faro e Vila Real de Santo António, uma obra prevista já faz algum tempo. Obra essa que poderá implicar o encerramento da passagem de nível do túnel que faz a fronteira entre as duas grandes avenidas da cidade.
Nos tempos que correm há meios técnicos que permitiriam a manutenção da passagem de nível, mas para isso seria necessário que o presidente da câmara municipal de Olhão tivesse uma atitude mais dialogante e menos belicista, julgando ser ele o centro do mundo.
Foi a sua atitude de fazer o braço-de-ferro com a ex-REFER que inviabilizou qualquer cenário alternativo.
Depois de um primeiro encerramento, outro se seguiu porque o edil não cumpriu com os prazos a que se comprometera para fazer o passadiço no interior do túnel, e assim continua.
É verdade que a passagem de nível se mantém aberta, enquanto não se fazem as obras. Mas com o anuncio da electrificação desta parte da linha para 2019, ver em http://www.sulinformacao.pt/2018/04/eletrificacao-da-linha-do-algarve-comeca-em-2019-e-custa-57-milhoes-de-euros/ o Pina vai ter de avançar com as obras caso contrario corre o risco de a eletrificação começar antes dele e aí não haverá volta a dar quanto ao encerramento definitivo da passagem de nível.
Se chegarmos a esse ponto, veremos como é que as pessoas com mobilidade reduzida atravessarão o túnel e qual a desculpa que o Pina vai inventar para não ter a obra concluída dentro dos prazos previstos e que não eram curtos à partida.
De qualquer das formas, continuamos a defender que a passagem de nível deve manter-se aberta ainda que noutras condições, tal como a grande maioria das muitas passagens de nível. Como é do conhecimento publico, as actuais passagens de nível permitem que tanto peões como viaturas possam fazer um S e atravessa-las quando na realidade elas deviam impedir por completo o seu atravessamento à aproximação das composições. É para isso que serve a tecnologia!
A simples supressão de passagens de nível pode reduzir a sinistralidade mas também implica o aumento de dificuldades para os utilizadores, não se podendo ver apenas o lado economicista da Infraestruturas de Portugal e esquecer as consequências para as pessoas.
Se o Pina não concorda com o encerramento da passagem de nível, enquanto titular de um cargo político, deve usar a sua influência junto das mais altas instâncias políticas para que alterem a Lei por forma a que as passagens de nível sejam dotadas de meios mais modernos e eficazes que assegurem a segurança dos utilizadores.
1 comentário:
ponham o comboio debaixo de terra resolvem o assunto , jà que não para em apeadeiros façam túnel ate fuzeta
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