Realizou-se a noite passada a Assembleia Municipal para discussão de, entre outros temas, a mentira de Orçamento apresentado pela presidência da Câmara.
Mas houve outros episódios que marcaram a dita cuja, Assembleia.
Assim, no período de antes da ordem do dia foi questionada por parte do publico presente a situação na Quinta João de Ourem, que saíram ainda mais confusos do que entraram. Em abono da verdade deve dizer-se que a desafectação de parte do terreno da Reserva Agrícola é imprescindivel mas por si só não chega para resolver o problema, porque aquela faixa de terreno está incluída na área loteada. Mas o problema está no índice de construção que com ou sem desafectação se mantém. Aquilo que pode efectivamente alterar a situação da Quinta João de Ourem é a revisão do PDM cujo regulamento define os índices de construção. A alteração do índice de construção não pode fugir à revisão do PDM e portanto os moradores da Quinta João de Ourem poderão, no futuro, com a aprovação do novo regulamento do PDM regularizar a situação das suas casas. Lamenta-se contudo a campanha de desinformação prestada pelos órgãos autárquicos.
Apesar de aprovado, o mapa de pessoal contem irregularidades, que vêm desmentir a carta que António Pina mandou aos munícipes, servindo-se da Ambiolhão para campanha. É que na carta, António Pina agarra-se ao facto do organograma da Câmara Municipal contemplar apenas seis chefes de divisão para estar em conformidade com a Lei, mas o mapa de pessoal contem onze chefes. Confrontado com isso, António Pina chutou a bola para o lado e pôs a chefe dos serviços financeiros a falar e nada dizer. Os mapas de pessoal contêm lugares e não pessoas e de nada serve dizer que uns vão sair e outros entrar, porque a quantidade se mantém inalterável.
Quanto à Ria Formosa lamenta-se que tenha sido protelado para uma futura Assembleia Municipal a criação de um grupo de trabalho a propósito, porque a situação de calamidade ambiental, social e conomica não é compatível com protelamentos desta natureza, Mais mês e meio para a nova Assembleia, mais mês e meio para que a possível grupo de trabalho possa apresentar resultados, é adiar a compreensão do problema e das soluções. Uma atitude própria de quem não quer resolver nada e própria de alguém sedento de protagonismo.
A discussão da mentira chamada de Orçamento veio mostrar as ambiguidades da oposição camarária nesta matéria, com o mesmo partido a ter posições distintas, a roçar a facada nas costas, porque quem fica mal na chapa são os vereadores que viabilizaram a proposta agora apresentada.
Contudo tira-se o chapéu ao chumbo da mentira tantas e tão grosseiras são as mentiras apresentadas na proposta de Orçamento. A Câmara Municipal de Olhão, presidida por António Pina, provou do seu próprio veneno. Já por diversas vezes que chamamos a atenção para o facto de a mentira se tornar insustentavel, permitindo aqui e ali tréguas aligeiradas. A verdade acaba por vir ao de cima como o azeite.
António Pina, no final confidenciou a alguém a possibilidade de provocar eleições antecipadas esquecendo-se que não goza do apoio inequívoco da actual concelhia. Avançar com o processo de vitimização, e que tem colhido alguma atenção por parte de uma certa oposição, não é solução, pelo contrario, é revelador da incapacidade de governar em minoria, quando podia e devia optar por politicas de consenso e não de confronto. Azar o do Pina!
E já agora um ultimo alerta pois o presidente em exercício tem uma postura demasiado arrogante para com os munícipes bem patenteada ontem em relação aos moradores da Quinta João de Ourem. Amanhã vai precisar deles. São demasiados tiros nos pés a mostrar que afinal não passa de APRENDIZ DE PRESIDENTE!
REVOLTEM-SE, PORRA!