sábado, 21 de novembro de 2015

RIA FORMOSA: O TROAR DOS TAMBORES DE GUERRA!

A Sociedade Polis da Ria Formosa prepara-se para tomar a posse administrativa das casas cujos proprietários não acompanharam as providencias cautelares dos demais moradores das ilhas barreira.
Na altura em que se anunciava a iniciativa dos moradores, embora os incentivassemos a que tomassem essa atitude, chamávamos a atenção para o facto de tal não resolver qualquer problema, apenas permitindo ganhar tempo.
Também dissemos que se a Sociedade Polis, na contestação às providencias cautelares, optasse por se limitar a pedir autorização para a tomada de posse das casas, o tribunal teria muita dificuldade em rebater. Isto porque a tomada de posse não interfere com o camaleão, o mesmo não se podendo dizer quanto às demolições, que essas sim, podem provocar algum incomodo àquela espécie protegida e que por isso não é permitido por Lei.
Houve vozes que se impuseram e conseguiram criar algumas falsas expectativas nos moradores, com os resultados eleitorais, esquecendo ou fazendo uma leitura enviesada dos procedimentos que alguns intervenientes tiveram em todo o processo, particularmente no caso do Partido dito Socialista, que se apresenta dividido nesta matéria, como se fossem dois partidos: o PS bom e o PS mau.
O cabeça de lista do PS pelo circulo eleitoral do Algarve sempre foi um dos apoiantes do Polis. Enquanto presidente da Câmara Municipal de Faro bateu-se pela sua aprovação, sabendo das consequências que tal aprovação iria ter para os moradores das ilhas barreira. E ainda recentemente, na qualidade de presidente da Docapesca apoiou o Polis por causa da barra de Tavira e do canal de Cabanas. Portanto temos aqui um apoiante do Polis, mas há mais.
O presidente da Câmara Municipal de Tavira também apoia o Polis, uma vez que quer a construção da marginal das Quatro Aguas, pelo que sem a conclusão dessa obra, que está encalhada, não deixará de apoiar o Polis. Mas ainda temos mais.
Na verdade, o presidente da Câmara Municipal de Loulé, também defende o Polis e o plano de demolições para a zona poente da Praia de Faro.
Todos socialistas!
Mas também temos daqueles que não são nem carne nem peixe. O Bacalhau em Faro diz-se contra as demolições na Ilha da Culatra, mas não define bem se se refere apenas ao Núcleo da Culatra ou se também abrange os Hangares e o Farol e admitindo as demolições na Praia de Faro. Quanto ao Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão, permitiu as demolições nos ilhotes sem ter a garantia do realojamento dos moradores e tem vindo a negar aquilo que está escrito nos planos de intervenção da Polis como sejam as demolições previstas para o lado nascente da passadeira da Ilha da Armona.
Esta questão é tão importante no momento em que a Sociedade Polis, a mando do governo, se prepara para em Assembleia Geral pedir o prolongamento da sua vigência por mais três anos, o que a ser aprovado, permite fazer todas as intervenções previstas no Programa Polis.
Da parte do PSD, creio que já todos perceberam que nenhuma promessa é para cumprir, tais os antecedentes que apresenta. Na campanha eleitoral de 2011 prometeram o céu e a terra mas durante o seu mandato,deram-nos o inferno, ou seja o contrario de tudo quanto haviam prometido. E assim será no futuro porque um bandido não deixará de ser bandido, poderá é tornar-se pior, um jhiadista!
Logo os moradores das ilhas barreira devem perceber muito rapidamente, que qualquer mensagem que venha de uns e outros, que não seja um compromisso escrito por parte de órgãos dirigentes nacionais, não é confiável. 
A decisão em torno desta matéria é exclusivamente política, nada tendo de técnica e por isso mesmo deve ser analisada do ponto de vista político e dos interesses em jogo, sendo certo que para a classe dominante, aqueles que têm dirigido o País, a população autóctone deve ser afastada e enviada para a periferia das cidades que integram a área da Ria Formosa, deixando todo o Espaço Lagunar e Frentes de Mar para a exploração turística. E contra isto, os moradores das ilhas barreira terão de declarar uma guerra sem quartel ao Poder Político.
Na actual situação, nada como fazer chegar à Assembleia da Republica, a petição para a suspensão  com revisão imediata do POOC e do POLIS, promovendo uma ampla discussão.
E como é habitual nos políticos, em período de promessas, dizer que as políticas publicas devem fazer-se para as pessoas e com as pessoas, ou será que a democracia e soberania popular se resume à deposição do voto na urna. Queremos fazer-nos ouvir.
Neste momento, pouco mais resta do que limpar as armas para as grandes batalhas que se avizinham.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

A decisão não tem base técnica credível ou coerente, é única e exclusivamente política.Dominando políticos a MAFIA será dona e senhora de mais um feudo. Quem tem dúvidas que demonstre o contrário.

Anónimo disse...

é desta que os viveiros do ilhote negro , garganta etc... vao á vida entao o aprendiz de presidente agora quer fazer uma praia entre a marina e a estaçao da merda poente
ate julgo ser uma boa ideia. mas nao sei é como vai ser o resultado das analises a essa agua pois aquilo é so esgoto, e depois vai acabar com os viveiros no ilhote porque diz que nao se enquadra com a paisagem... entao esse filho da mae para agradar aos turistas quer matar á fome a malta que trabalha para nao falar da gente que todos dias ganha o sustento nessa zona que o aprendiz quer encher de areia