sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

RIA FORMOSA: A POLUIÇÃO QUE TENTAM BRANQUEAR!

Por muito que tenhamos falado sobre a poluição na Ria Formosa ou em toda a costa, nunca será de mais trazer a lume noticias que nos surpreendem pela negativa.
As imagens em cima, reportam duas garrafas de agua recolhidas numa ETAR, das tais em que a agua parece potável. À saída, apresenta-se como a da garrafa pequena, mas depois e após uns dias de decantação, já apresenta o aspecto que se vê na garrafa grande.
Apesar da diluição nas aguas interiores ou costeiras, a verdade é que anos a fio a debitar para o meio aquático, quantidades apreciáveis de fosforo, azoto, matéria orgânica, antibióticos e hormonas contidos nas aguas residuais tratadas, os resultados estão à vista.
Não basta, pois, que as aguas residuais se apresentem limpas à vista, mas que todo o seu conteúdo seja removido, se é que queremos um ambiente limpo ou em alternativa, reutilizar as aguas residuais ma agricultura.
E por se falar na reutilização de aguas residuais, em que os consumidores já pagaram o seu tratamento, deficiente como se vê, faria todo o sentido que a reutilização para fins agrícolas fosse isenta de qualquer pagamento, quando na realidade sabemos que a Aguas do Algarve, embora dizendo que nada lucre com este abastecimento, cobre cinco vezes mais que a agua oferecida pelo Perímetro de Rega.
Por muito bem que as aguas residuais sejam tratadas, elas são de todo inconveniente para o meio aquático, doce ou marinho, poluindo e afectando-o, pelo que uma verdadeira política ambiental, apontaria para a sua reutilização para fins agrícolas, onde aliás, tem algumas vantagens. E só o facto de não se poluir as massas de agua para uso balnear, piscícola ou conquicola, fonte de rendimento de actividades económicas e bem estar social, seria razão suficiente para que o abastecimento fosse feito a custo ZERO já que seriam os produtores agrícolas a reciclar as aguas residuais.
As complexas teias das políticas ambientais, mais ao serviço de interesses instalados do que ao serviço do Povo, redundam sempre em situações incompreensíveis, de falta de transparência, senão mesmo de corrupção.
E porque temos consciência do que seria uma nova ETAR, com o mesmo nível de tratamento das antigas, com um tempo de vida útil de quinze anos mas que ao fim de cinco começam a perder a eficácia e a degradar o meio ambiente, somos claramente contra a construção da nova ETAR com que nos querem brindar.
OBRIGADO, MAS MAIS POLUIÇÃO, NÃO!
REVOLTEM-SE, PORRA!

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