quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

RIA FORMOSA: QUE AMBIENTE?

Valentina Calixto, directora do Parque Natural da Ria Formosa, está a organizar um evento sobre a Ria, ligado ao ambiente, com um conjunto de parceiros que muito deixam a desejar, começando pelos presidentes de câmara de Olhão e Tavira, como se pode ver em http://www.sulinformacao.pt/2016/02/parque-da-ria-formosa-quer-colocar-se-ao-servico-da-economia/.
Na verdade aquilo que se tem feito ao longo dos anos, não passa de destruição de uma das zonas mais produtivas do País, precisamente através do péssimo ambiente, ou seja poluição, com destaque para os parceiros da iniciativa como a Aguas do Algarve e as câmaras municipais que mantêm esgotos directos para a Ria Formosa, com o encobrimento do Parque Natural da Ria Formosa.
Muita da actividade económica tradicional da Ria Formosa está em decadência provocada pela poluição e quanto a isso, entidades como o Parque ou a APA, fingem não saber do que se passa.
A Ria Formosa atingiu, no passado, a produção de nove mil toneladas de ameijoa-boa, enquanto hoje  produz pouco mais de mil e duzentas toneladas, uma redução significa nos rendimentos de quem vive da Ria. É certo que a mortalidade da ameijoa não encontra na poluição a sua causa directa, mas é na poluição que se encontram os ingredientes para a proliferação de agentes patogénicos que conduzem à morte d ameijoa.
Mas é, também a poluição a causa para o desaparecimento das plantas de fundo, a seba, que produziam uma parte do oxigenio dissolvido na agua, elemento essencial à vida das diversas espécies, pelo que o seu desaparecimento põe em causa o eco-sistema.
Quando cidades como Faro, Olhão e Tavira, mantêm esgotos directos a descarregar para a Ria, aliado ao tratamento deficiente das ETAR, bem se pode dizer que estão a matar as actividades económicas tradicionais da Ria.
Os eventos agora promovidos pela Valentina Calixto não são mais do que a repetição de tantos outros eventos para desviar as atenções dos grandes problemas da Ria Formosa, pondo a reboque algumas associações como forma de credibilizar aquilo que pretendem fazer. Exemplo disso, é a associação ambientalista Almargem, que nunca viu a poluição da Ria ou dela fez bandeira.
Mas não podemos deixar passar de dizer que Valentina Calixto presidiu à ARH, e por inerência dela, presidiu à POLIS que encomendou alguns estudos para branquear os crimes ambientais cometidos na Ria, nomeadamente a poluição.
O tempo e dinheiro gasto a branquear era melhor que o dedicassem a resolver os reais problemas da Ria Formosa.
REVOLTEM-SE, PORRA!


4 comentários:

Anónimo disse...

A cabeluda que esteve à frente da ARH e do Polis voltou depois de legalizar a sua coutada na Reserva do Ludo.
A cabeluda voltou depois de ter autorizado a muralha de betão na Fuzeta.
A cabeluda voltou para fazer avaria e aprovar projectos de grupos poderosos em cima das ILhas e junto à ria formosa.

Anónimo disse...

Atitude politicamente correcta, isto é, pegar pela parte limpa da bosta. O problema maior,aquele do qual resulta a generalidade dos outros, é a carga poluente permanente. Para esse problema, crime público, a atitude é a hipocrisia do ziz zaz, do chutar para canto. Venha lá essa semana do ambiente porque será melhor que nada de nada.

Anónimo disse...

o ano passado adiaram 12 meses o concurso dos viveiros este ano ja estamos a 5 meses do fim e nada se sabe, ou melhor os grandes devem saber pois estao a comprar os viveiros todos , e o pequeno viveirista é que nao sabe o que lhe espera

Anónimo disse...

Quem tem dúvidas que a MAFIA tem informação privilegiada das suas toupeiras bem pagas