segunda-feira, 10 de abril de 2017

RIA FORMOSA: DEMOLIÇÕES PARA BREVE!

É noticia do CM de hoje que as demolições das casas objecto da tomada de posse administrativa estarão concluídas até ao fim de Maio, como se pode ler em http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/demolicoes-de-habitacoes-ate-junho.
A primeira questão prende-se com o facto do Pina ser o representante dos municípios junto da sociedade Polis e como tal, melhor que ninguém saber quando se realiza o bota abaixo. Mas como não quer dar a cara, manda o seu primo e presidente da Associação de Moradores da Ilha do Farol pronunciar-se.
Recordando o passado não muito distante, lembramos que em 2010 e 2011 foram lançadas duas petições que apontavam, não apenas o edificado, como toda a problemática da Ria Formosa, como sejam a poluição, as barras naturais, o cordão dunar, o sapal e a biodiversidade em presença. Convidadas a participar, submetendo o texto das petições a alterações que as associações entendessem como necessárias, depois de se terem pronunciado favoravelmente, deram o dito por não dito e roeram a corda. Nessa altura ainda não estavam eminentes as demolições, mas deixava já perceber o quilate das pessoas que as representavam. Em 2013, quando começa a tomar forma o processo de demolições, foi por nós lançada nova petição, submetida mais uma vez a apreciação das associações que depois de terem dito que sim, voltaram atrás. Esta petição, acabaria por ser retirada porque entretanto surge o SOS Ria Formosa com uma outra petição, com o objectivo óbvio de nos tirarem da lide.
Ainda assim, e porque somos contra qualquer demolição enquanto o Estado, a administração publica, não tratar todos da mesma forma, fornecemos às associações e ao SOS, documentação sobre o Domínio Publico Marítimo, sobre a poluição e sobre tudo o que afectava a Ria Formosa.
E na verdade, perante o espectro das demolições o SOS acabou por levantar a bandeira da poluição como principal causa da degradação da Ria Formosa, sobrepondo-a à necessidade das demolições. Só que isso ia contra a estratégia dos socialistas, os principais responsáveis, não apenas pela poluição provocada pela ETAR como também pelos esgotos directos.
Depois disso entra em cena o Pina, presidente da câmara, que com a iniciativa do camaleão não só apagou o fogo da luta, como alimentou a ilusão da esperança de que seria possível travar o processo de demolições. É óbvio que o Pina pretendia única e exclusivamente proteger a casa do papá. Nessa altura estávamos perante o governo de Passos Coelho e o Pina via nisso uma excelente oportunidade de fazer oposição. Mas com isso adormeceu os moradores das ilhas.
Em 2015, dá-se a formação do governo socialista, e o Pina foi aconselhado a calar-se e a travar a resistência dos moradores, concebendo uma manobra de divisão que consistia na concepção de três fases para as demolições e inventando uma "zona de risco", até aí inexistente, salvaguardando assim a sua casinha e a de alguns amigos. Fez então passar a mensagem da necessidade de demolições nessa faixa de "risco" como um mal menor. E alguns moradores aceitaram como boa a sugestão.
A divisão estava criada entre os que veem as suas casas a demolir e as dos que ficavam, uma especialidade socialista.
Daí à tomada da posse administrativa foi um passo, com o presidente da associação do Farol, qual funcionário da Polis, colaborando com a Policia Marítima, a indicar quais as casas a marcar.
Mas há moradores de todas as fases que estão descontentes com os seus representantes e de tal forma assim é que deram inicio a pesquisas sobre o que se prepara para a Ria Formosa. E se bem pensaram melhor agiram, entrando em contacto connosco e nos fornecem elementos até aqui desconhecidos, práticas recentes do nosso poder político.
Foi assim que nos chamaram a atenção para o facto da empresa à qual esteve. se é que não continua ligado o actual ministro socialista do ambiente e ordenamento, ter participado na Avaliação Ambiental Estratégica do POOC Sado-Sines 2014-2020. E também foi possível verificar que na RCM de 2013 que manda suspender aquele POOC, se podia ler " Aprova a suspensão parcial do POOC Sado_Sines e estabelece medidas preventivas para as áreas de protecção costeira adjacentes aos empreendimentos turísticos do concelho de Grândola".
Tudo para o turismo e restrições para os nativos do concelho!
Que ilusões alimentam as associações e movimentos ditos de defesa dos moradores? Continuem a acreditar nestes socialistas, não ofereçam resistência e depois verão o que lhes acontece!

4 comentários:

Atento disse...

Demolir demolir para dar lugar aos tubarões que em nome do turismo se preparam para atacar tudo na Ria Formosa.

Anónimo disse...

Da MAFIA com rótulo socialista, o cérebro, o mentor da naturalização, isto é, da eliminação total a médio longo prazo de toda uma antiga comunidade natural das ilhas barreira, só traição se pode esperar. Só uma grande pressão sobre este gang encapotado de democrata, do povo e para o povo, poderá evitar que aconteça qualquer manobra ilusionista para encobrir o objectivo assassino final. A Culatra já é sintoma real desse objectivo de destruição a longo prazo. Legalidade por trinta anos e depois só se,só se os herdeiros também forem pescadores,mariscadores, viveiristas, porque senão, casa abaixo.Está bem de ver se se tivessem intenção em manter o núcleo então a legalidade passaria para os filhos, independentemente da sua profissão ou situação.Despertem e sejam felizes.

Anónimo disse...

Alguém sabe dizer se as funcionárias continuam a trabalhar na CMOlhão?

Anónimo disse...

Então as moças continuam a trabalhar na fiscalização da CMOlhão?? não é de admirar que existam tantos 1º andares na Ilha da Armona quando TODO o mundo sabe que é proibido fazer 1º andares na Ilha da Armona.
quem, será que dá ordens apara fechar os olhos?