terça-feira, 1 de dezembro de 2020

OLHÃO: CHUVA, ATERROS E CHEIAS!

 A madrugada de ontem trouxe, mais uma vez, uma quantidade apreciável de chuva. Ainda que não tenha provocado cheias na malha urbana da cidade, provocou-a noutros pontos do concelho que merecem tanta atenção como se fosse à nossa porta.
É evidente que quando o aumento da pluviosidade é maior há sempre o risco de cheias mas se for acompanhado da falta de limpeza ou de aterro das linhas de agua e dos leitos de cheia, a situação agrava-se. Tal não é um exclusivo da malha urbana da cidade, senão vejamos:
Ao longo da Nacional 125 foram aterrados alguns leitos de cheia como por exemplo junto à antiga discoteca Joy, ou lá mais para a frente perto de Alfandanga. E na Alfandanga, o dono do sitio, um tal de Madeira faz o que quer e entende com construções de mui duvidosa legalidade.
O Madeira construiu um armazém e aterrou o leito de cheia por detrás dos armazéns que já tinha na Alfandanga, da mesma forma que construiu uns armazéns, sem projecto, junto à Ribeira do Tronco sem manter a distancia a que estava obrigado.
Ora pela Ribeira do Tronco, corre muita agua que se for estrangulada ou não tiver onde seja retida, acaba por inundar a estrada. Assim não é de admirar que em Alfandanga e a estrada de ligação a Moncarapacho tivessem sido inundadas.
Os aterros destes leitos de cheia foram feitos aos olhos de todos, com a cumplicidade dos nossos autarcas, o que não admira tendo em conta as ligações ou apoios do Madeira ao candidato Pina.
Se alguém tiver duvidas das ligações perigosas do Madeira ao Pina, lembro que um dos armazéns ainda estava em construção quando foi denunciado; os serviços de fiscalização omitiram; mais tarde eu próprio tentei aceder ao processo que não existia; lá foi o serviço de fiscalização branquear a situação; depois disso ainda foi construído outro armazém sem projecto e este mais perto da Ribeira do Tronco.
Num País onde os crimes conexos à corrupção são por demais evidentes, quem tem o poder de decidir, arranja uns expedientes legislativos para ultrapassar estes inconvenientes. Por um lado, arranja-se uma declaração de interesse publico municipal e quando isso não chega, avança-se para o regime especial de regularização de actividades económicas.
Um País a viver na podridão, com políticos podres., com leis podres, tudo á maneira para alimentar a ganância. Continuem a votar neste lixo!

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