Por muito que se esforce, o presidente da Câmara Municipal de Olhão, revela uma total falta de ideias sobre as perspectivas de desenvolvimento para o concelho, confundindo até os próprios conceitos, apesar de serem da sua área de formação.
Uma coisa é desenvolvimento e outra bem diferente é crescimento, podendo e devendo as duas completarem-se o que não é a política do Pina, particularmente na visão que tem da frente ribeirinha de Olhão.
Na verdade, os estabelecimentos da Avenida 5 de Outubro, que não cresceram em numero, viram o seu negocio aumentar sem que isso se traduzisse na criação de emprego, tratando-se por isso em simples crescimento, o que é bom para os seus proprietários. Poderão ainda crescer um pouco mais, mas para que houvesse desenvolvimento, aquele crescimento teria de ser acompanhado da criação de postos de trabalho, o que em regra, não acontece.
Com o projecto de alargamento da Marina, para alem de ter o inconveniente de correr com os pescadores da zona, para que se falasse de desenvolvimento era necessário que outros estabelecimentos abrissem na zona, particularmente no duvidoso loteamento do Porto de Recreio.
Sabemos já, que o Pina acabou por retirar da ordem de trabalhos, a discussão da alienação dos lotes destinados à industria hoteleira, porque como dizíamos ontem, cheiravam a esturro, A avaliação feita aos lotes fora elaborada por funcionários da autarquia e daí o baixo preço da proposta, propondo-se agora, que seja feita uma avaliação por uma entidade externa.
Independente disso, aquele loteamento apresenta outras grandes debilidades para o desenvolvimento da cidade. Em principio, para alem dos dois hotéis previstos, o loteamento prevê uma área residencial de luxo, que na época baixa, se tornará num deserto, à semelhança de outras cidades algarvias.
A Avenida 5 de Outubro tem a sua capacidade de estabelecimentos esgotada e seria necessário dotá-la de novos espaços comerciais, se é que se quer criar emprego. Acontece que o loteamento do Pina, acaba com a área que estava prevista para o comercio e serviços e que até era maior que a a área para habitação. Sendo assim, Pina não quer promover o emprego e o desenvolvimento, estando antes a proteger outros negócios que ainda não se descortinam.
Certo é, que os dinheiros públicos devem ser canalizados para o desenvolvimento e não para o mero crescimento, e aquilo que a Câmara dirigida pelo Pina e pelo partido socialista fazem, é promover negócios pouco claros e transparentes.
Poderá ser tudo menos desenvolvimento para um Povo à mingua de rendimentos, mas que depois é chamado a pagar os desvairios do seu presidente.
Até quando?
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