Na ordem de trabalhos para a sessão de câmara de ontem, António Pina fez incluir o pedido de um terreno para uma horta urbana para a Acaso, com uma área superior a 6.000 metros quadrados.
A ACASO é uma instituição de solidariedade social, dirigida por António Pina, pai do presidente da Câmara Municipal de Olhão.
A ACASO é proprietária de terrenos agrícolas em Bela Mandil, com cerca de oitenta hectares e ainda de outros em Quelfes, mal se compreendendo porque sendo proprietária, venha pedir à autarquia a cedência de um terreno quando não explora aquilo que já tem.
O terreno que agora a ACASO vem pedir a cedência por parte da autarquia, integra a área de cedência da Urbanização da Zona Alta e é contigua ao infantário que ali adquiriu e que levou à desistência da cedência das instalações do antigo Matadouro Municipal.
O pedido prevê que a cedência dure trinta anos, algo já costumeiro nos pedidos da ACASO. A este respeito devemos dizer que não se justifica de forma alguma que a cedência de um terreno para agricultura tenha um prazo tão alargado tendo em conta a natureza dos investimentos a efectuar.
Mas também se coloca a questão de saber quem é que vai trabalhar nesta horta urbana, porque não nos parece que sejam as crianças do infantário, e a ser trabalhada pelos idosos internados, ou não, no Lar da ACASO, os mesmos terão de ser transportados, o que equivale a dizer que bem podiam fazer o mesmo nos terrenos que já detêm.
Nestas condições, parece estarmos perante uma estratégia da ACASO, contando com a cumplicidade do presidente da Câmara, para que no futuro aqueles terrenos mudem de mãos para a instituição, que vai enriquecendo enquanto o município e os moradores vão empobrecendo.
Ou será que vamos assistir ao clã Pina, de enxada não mão, a desventrar a terra?
Pai e filho, mais uma vez de mãos dadas, para a subtracção do património da autarquia a favor de ACASO. Porque não fez a Câmara Municipal de Olhão naquele espaço, uma infra-estrutura desportiva? Nos dias que correm as crianças não têm onde gastar as energias, vindo em crescendo os casos de hiper-actividade por ausência de lugar onde o possam fazer, e os moradores daquela urbanização bem precisam. Ou será que a politica autárquica nesta campo, é a promoção de associações privadas para a pratica desportiva cedendo espaços públicos, onde os pais têm de pagar para que os filhos para o bem estar físico dos seus filhos?
Porque não se pergunta aos moradores da urbanização do que precisariam naquele espaço? E se os moradores se organizassem em torno de uma Comissão, a criar, e questionassem a Câmara e exigissem ser ouvidos num processo que lhes diz respeito?
A PALAVRA AOS MORADORES DA ZONA ALTA!
1 comentário:
Há pessoas que teem enriquecido com a apropriação de bem que não lhes pertenciam.
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