Foi noticia, esta semana, como se pode ler em http://www.dn.pt/sociedade/interior/sem-ortopedistas-hospital-envia-doente-de-tavira-para-faro-portimao-e-beja-5061388.html, que um doente que deu uma queda de bicicleta, andou em bolandas para ter assitncia nos hospitais algarvios e acabou transferido para o Hospital de Beja.
A politica de destruição do Serviço Nacional de Saúde prosseguida pelos diversos governos e particularmente no de Passos Coelho, conduziu à ruptura dos serviços hospitalares, com falta de pessoal especializado em varias especialidades.
E não será por falta de especialistas na região, que os há nas clínicas privadas, mas que não os há no SNS pelas degradantes condições de trabalho a que são submetidos.
Por detrás das decisões de um conselho de administração, que vê a saúde como um negocio, onde só quem tem dinheiro, terá direitos, vem a esfarrapada desculpa da crise que justifica tudo, até ao ponto de substituir a cura pela morte, não prestando os cuidados que os doentes carecem.
Ninguem nega a existencia da crise, mas contesta-se a forma como ela foi provocada. Na verdade, desde a entrada para a União Europeia, que nos foram impostas restrições à produção, obrigando-nos a importar aquilo que antes produziamos, para proteger a produção das grandes potencias da Europa.
E com essa politicas não só perdemos os postos de trabalho, fonte de rendimento, como passámos a criar divida, que não pára de crescer apesar de em nome do seu pagamento, sermos roubados nos rendimentos através de um genocídio fiscal, praticado pelos diversos níveis da administração publica.
Como não bastam os roubos praticados, procedem a cortes cegos em toda a componente social do Estado que vai desde a Saúde, até à habitação social, passando pela Segurança Social.
No fundo, com a desculpa da crise, o que é posto em causa, são os direitos laborais e sociais, protegidos pela Constituição, a Lei fundamental do País, determinando o empobrecimento da maioria da população.
Se a divida já era impagável, o seu crescimento torna-a ainda pior e tanto pior quando não foi o Povo o beneficiário dela, mas que houve muita gente a enriquecer à sua custa. Então que ganhou e beneficiou dela, que a pague!
Mas não se pense que o pagamento ou a falta dele, resolve o essencial da questão, porque mesmo que nos fosse concedido um perdão total da divida no dia imediatamente a seguir, já a estaríamos criando novamente. Sendo assim para resolver este problema, não basta dizer NÃO PAGO, como é indispensável sair da União Europeia, e da sua politica de quotas com que liquidaram o tecido produtivo.
Só assim poderemos recuperar os nossos direitos e em particular um Serviço Nacional de Saúde decente.
NÃO AO PAGAMENTO DA DIVIDA!
NÃO À UE!
PELO SNS!
1 comentário:
estou há mais de um ano à espera de consulta no Hospitalde Faro para a especialidade de ortopedia. e bem posso esperar.
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