segunda-feira, 21 de março de 2016

RIA FORMOSA: MAIS DEPRESSA ACABA A PESCA DO QUE O PEIXE!

Olhãopesca | «Acordo Fronteiriço do Guadiana»

17:02 - 18/03/2016 OLHÃO
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No âmbito do «Acordo Fronteiriço do Guadiana», cerca de 32 embarcações de pesca de bandeira Espanhola vêm pescar em águas Portuguesas, diariamente. São 7 embarcações da pesca por arte de cerco (captura de sardinha, cavala, carapau), mais 25 unidades de pesca por arte de arrasto ganchorra (captura de conquilha, pé-de-burrinho e ameijoa branca), sendo que o referido acordo aplica-se dentro das 12 milhas, 15 milhas a este e oeste da fronteira do rio Guadiana, ou seja, estas embarcações podem pescar até ao meridiano de Torre de Aires, em Portugal.
O número 4 do Artigo 5.º do Decreto n.º 21-2014 de 8 de agosto, que regulamenta o referido acordo, refere que são aplicadas aos navios autorizados a pescar nas águas do outro país as medidas técnicas do país em cujas águas se realiza a atividade pesqueira.
Por experiencia e observação aos longos dos anos, a Olhãopesca e os respetivos armadores locais sabem que os armadores Espanhóis que trabalham em águas Portuguesas ao abrigo do referido acordo, não respeitam as medidas técnicas de gestão dos recursos implementadas pelo setor e pelo estado Portugueses como, horários de pesca, limites de captura diários por embarcação, tamanhos mínimos de captura de algumas espécies e os limites da área de pesca.
Por falta de interesse, o sector Português não utiliza aquele licenciamento em Espanha, visto que a costa espanhola está depauperada por sobre exploração. Por este motivo, para a comunidade piscatória do sotavento Algarvio, o “Acordo Fronteiriço do Guadiana” poderia e deveria ser extinto hoje.
O caso mais atual e flagrante refere-se à gestão do recurso sardinha: Espanha implementou para o mesmo recurso, medidas diferenciadas de Portugal, sendo que, ao contrário de Portugal, os Espanhóis iniciaram a pescaria dirigida à sardinha a partir de 1 de março. Ocorre que as 7 embarcações do cerco Espanholas a operar em Portugal, estão diariamente a capturar sardinha nas nossas águas e a vender nas diversas lotas da Andaluzia, com um controlo ou fiscalização das autoridades Nacionais muito residual ou praticamente nulos. Não são consideradas e respeitadas as medidas específicas implementadas pelo setor Português, nomeadamente, o início da pescaria dirigida a partir de 1 de maio, bem como o limite de área pesca do referido acordo – por diversas vezes, são avistadas traineiras Espanholas frente ao Cabo de Santa Maria (Farol).
No que se refere às 25 unidades de pesca da ganchorra espanholas ocorre a mesma situação, o total desrespeito dos limites de captura diários por embarcação, dos tamanhos mínimos e dos limites operacionais. Colocando em causa todo o esforço e sacrifícios exercidos pelo sector Português na defesa e preservação dos recursos pesqueiros.
Há muito que a Olhãopesca denuncia esta problemática junto da Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e das Autoridades Marítimas, no entanto, a pesca ilegal continua a ser exercida de forma reiterada sem qualquer ação concreta e eficaz por parte das Autoridades Fiscalizadoras Nacionais. Por falta de meios, por receio de fazer estalar o verniz... Bastava que, uma pequena parte do esforço na fiscalização dirigida às embarcações Nacionais fosse também dirigida às unidades Espanholas.

Por: Olhãopesca
 retirado daqui http://www.avozdoalgarve.pt/detalhe.php?id=14657

Não merece muitos comentários, o comunicado do Olhão Pesca pela forma clara como põe o problema da pesca de cerco e da ganchorra.
Lamenta-se que a comunicação social, particularmente a da região e com excepção de A Voz do Algarve, tenha omitido um comunicado com a importância deste preferindo dar cobertura ao espectaculo mediático da canalha política que condena o nosso Povo à fome e miséria. 
Apresentado como uma grande vitória, o acordo de pesca com a Espanha, e mais especificamente o acordo transfronteiriço, resultam mais um duro golpe para frota da pesca de cerco e da ganchorra nacionais, permitindo aos espanhóis roubarem os nossos recursos naturais, enquanto os nossos pescadores vivem cada vez pior.
A submissão de cu para o ar do nosso governo perante as autoridades europeias, vem condenando o nosso sector produtivo, como a pesca, para proteger os interesses das grandes potencia europeias. Na verdade, e sabendo que o Povo português, é aquele que apresenta uma maior consumo de peixe, per capita, entenderam ser necessário destruir  nossa frota de pesca como forma de nos obrigar a importar e consumir o peixe produzido em aquacultura no norte da Europa, apesar de se saber que as aguas daquela zona têm contaminação radioactiva desde o desastre de Chernobyl.
A falta de fiscalização é um dos indicadores da submissão dos nossos governantes em relação a Espanha. O presidente desta Republica de bananas, ainda recentemente esteve no País vizinho apresentando como única, importante diga-se de passagem, preocupação sobre a situação do sector bancário. E a Pesca?
Esta é mais uma das preocupações do Povo indígena da Ria Formosa, com a qual e infelizmente, se revela muito fraca, quando deviam juntar forças em torno de um programa de luta que integrasse pescadores, produtores e moradores da Ria Formosa.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

já ha alguns anos que os espanhois capturam os bivalves de todas as dimensoes e só fazem a triagem em espanha, lançando os
juvenis nas suas aguas. será que com tanto policiamento, com tantos tecnicos ambientais e com tanto dinheiro que o zé pagode
hes paga ainda não viram esta destruição.A assembleia da republica deve aprovar um subsidio especial para oculos para esta gente.

Anónimo disse...

Mó, mas não percebem? No tempo do Salazar havia o normal bom relacionamento, cortesia, mas a brincadeira tinha hora e o respeitinho muito a sério, cada um no seu lugar. Agora? O bom relacionamento significa subserviência,nada que possa supor melindrar os "el manitos" porque se amuam é uma catástrofe. A Ibéria têm ser uma só, mas uns mais que outros. Entendido?