terça-feira, 15 de março de 2016

RIA FORMOSA: ILHÉUS, UM POVO QUE LUTA!

1 - Os moradores da Ria Formosa continuam a ser enganados por alguns traidores que não se cansam de os conduzir a um beco sem saída, levando-os a perder as casas e os poucos recursos que ainda têm. Vir defender o recurso à usocapião é inqualificável e para os homens do direito, é eticamente reprovável.
Em Domínio Publico Marítimo não há lugar à usocapião, sendo a Lei muito clara nesses aspecto, razão pela qual os advogados deveriam avisar os seus clientes para a perda dos processos. Não podem os advogados pensar no dinheiro que vão ganhar apesar de saberem que as acções estão condenadas à partida. Já chega de espoliarem os moradores da Ria Formosa.
Os mentores dessas habilidades deveriam antes dizer a verdade às pessoas, e a única verdade que se esconde por detrás da enorme mentira que é o POOC e o Polis, são os grandes interesses turísticos, de faca afiada para conseguirem a ocupação dos espaços balneares.
2 - Assim, a Direcção Geral do Turismo sugeriu um Método de Avaliação Contingencial na Avaliação dos Benefícios Económicos e Sociais das Actividades Recreativas em Áreas Protegidas, que aplicadas à situação da Ilha da Culatra, redunda na expulsão não só dos ilheus mas de todos os nativos da Ria Formosa, conforme a sua capacidade económica.
Tendo como pano de fundo, a conservação da natureza, foi elaborado um estudo que determina a capacidade de carga das praias da ilha da Culatra, nomeadamente nos núcleos do Farol e Culatra, como pode ser visto em http://tmstudies.net/index.php/ectms/article/viewFile/6/121, do qual retirámos o excerto que reproduzimos de seguida:
"O presente artigo procura estimar o valor económico dos benefícios dos utilizadores da Ilha da Culatra
para fins recreativos balneares, estabelecendo para o efeito um cenário de conservação da natureza sobre este território inserido no Parque Natural da Ria Formosa, cuja concretização é colocada como condição necessária para a compatibilização com as práticas recreativas."
De acordo com este estudo  capacidade de carga da Praia do Farol é d 1287 pessoas e a da Culatra de 930. Convenciona como área de uso balnear no Farol, uma faixa de 30mX690 enquanto na Culatra a dita faixa é de 29mX 1490, o que origina que cada pessoa ocupe, em media no Farol 16m2 e na Culatra 46.
Este estudo aponta também para as demolições, embora à data em que foi elaborado, não houvesse condições financeiras para o fazer.
Tal como no caso da poluição e de toda a situação na Ria Formosa, a ciência está mais uma vez ao serviço da classe dominante e contra as pessoas, não acautelando os interesses dos nativos.
A verificar-se esta situação, todos aqueles que não tiverem poder económico, não terão direito ao usufruto das praias, a não ser que estejam dispostos a andar por cima da areia uma longa distancia. E se alguém tiver duvidas que é isto que se prepara na ilha da Culatra, ponham os olhos no que se passou em Tróia, onde as pessoas têm de andar pelo areal cerca de 1500 metros para gozar um pouco de praia. 
Poderão perguntar quem vai fiscalizar isso? Obviamente que os futuros concessionários dos espaços, que serão, prioritariamente, atribuídos a grupos hoteleiros sediados em Faro e Olhão.
A questão da Ria Formosa, já  dissemos e não nos cansaremos de repetir, extravasa em muito as demolições e alarga-se a todo o Povo residente que vai ser expulso para em seu lugar se introduzir o elemento estranho, sempre escudados na suposta criação de empregos, esquecendo a sazonalidade característica o uso balnear.
3 - E porque os ilhéus são um Povo incansável e disposto à luta, trazemos ao seu conhecimento a realização de um Congresso do PS Algarve, a levar a efeito em Tavira já no próximo Sábado, ao qual os ilheis podem e devem comparecer e questionar a escumalha política que os enganou sobre o que pensam fazer, travar as demolições ou suspende-las.
REVOLTEM-SE, PORRA!
LUTAR, LUTAR ATÉ À VITORIA FINAL!

8 comentários:

Anónimo disse...

como sempre um bom trabalho de pesquisa.pena que as pessoas com casas nas ilhas tenham sido traídas,por bonaças e companhia, com fortunas gastas em mercenários do direito em vez de mobilizarem as pessoas para a Luta de igualdade de direitos.
o bonaça é um conas que sempre enganou os olhanense pois nem a agua da sua casa pagava.
fez um1º andar ilegal na ilha do farol e fez com que as pessoas gastassem fortunas com advogados que sabiam que não ganhavam as acções como se veio a verificar.

Anónimo disse...

Existem mais culpados que o Bonança existem alguns advogados nada espertos em direito administrativo porque nada sabem mas como são tratados por sõr doutor levaram toda esta malta a crer no canto falso.
Não esquecendo os políticos dos almoços e das visitas ás ilhas barreiras que com palavras mansas foram enganando toda esta malta, mas ainda existem alguns que acreditam que metem medo ao poder desenganem-se meus amigos, a constituição diz que todos somos iguais mas é mentira, já António Aleixo dizia que a mulher pariu um moço e assenhora teve um menino.
As palavras continuam e onde continuar a terem a sua classe social a malta das ilhas irá desaparecer e ocuparão as ilhas os senhores.
Não tenham duvidas, as maiorias estão contra as casas mas como mão querem criar problemas até em família estão ao lado do amigo ou familiar só para fazer jeito.
No fundo todos estão aguardando o rufar dos motores das catrapilas.

Anónimo disse...

É verdade? Tenho dificuldade em conter a minha raiva! Disseram-me que as casas do Pina e do Carlos Martins já não vão ser demolidas! Tirei já todas as coisas da minha casa e agora esta!!! Bandidos!

Anónimo disse...

A MAFIA até altera a leis. cambada de bandidos! agora já nem é preciso receberem as cartas.

Anónimo disse...

Engraçado o sr. Terramoto nao falar nada sobre a deserta

Anónimo disse...

A deserta já está toda limpa falar no que?

Anónimo disse...

Para quando um " ESTUDO/AVALIAÇÃO DOS PREJUÍZOS ECONÓMICOS E SOCIAIS DA ACTIVIDADE DA MAFIA E DOS SEUS AGENTES NA RIA FORMOSA". Não haverá um "doutor" com coragem e sapiência para efectuar tal desiderato tão necessário como urgente?

Anónimo disse...

Não quiseram acreditar na sentença de morte oficialmente decretada anos antes. Iludidos por políticos ( quem é o idiota que ainda acredita, até prova em contrário, na verborreia desses pestinhas?) e administrativos escolhidos a dedo, acreditaram que demolições a eito era um absurdo que só acontecia aos outros, tal como em 1987 onde só na avenida nascente da praia de Faro e Deserta foram feitas demolições. Descarregar raiva nos "mercenários do direito" porquê? Sim porquê?É a missão deles tentar o possível no aparente impossível: tentar ganhar tempo para que algo aconteça que revogue a pena de morte.Ganhou-se o tempo e aconteceu: (milagre) a tomada do poder pelo partido que pariu a sentença de morte.Iludidos mais uma vez pelo que esse partido alardeava aquando da sua travessia no deserto oposição,em que passaram a defender a Requalificação em vez da sentença de morte/Renaturalização. Agora são confrontados com uma atitude que se configura como traição, sempre a vil traição, mais do mesmo: pena de morte/Renaturalização como dantes. Outras armadilhas mortais embrulhadas em doutos estudos estão a ser montadas para apanhar as focas que se iludem que a MAFIA só abocanha pinguins. Enfim faz, fará sempre sentido o que António Vieira pregava aos peixes.Acordem e sejam felizes.