sábado, 23 de maio de 2020

OLHÃO: MASCARADA

Depois do Estado de Emergência, seguiu-se o Estado de Calamidade, mas daqui a uns tempos mais vamos ao reconfinamento, possibilidade já admitida pela ministra da saúde. Jogando na antecipação, e só assim se poderá compreender a actuação do presidente da câmara municipal de Olhão, no que à protecção contra o Covid 19 diz respeito.
É que, no respaldo da crise e com os estabelecimentos a abrir portas ao publico, a autarquia resolveu fazer o que não fez durante todo este tempo, comprando mascaras reutilizáveis, como se pode ver em http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=6604418.
Com data de ontem e para ser cumprido no prazo de dez dias, o contrato celebrado no montante de setenta e seis mil e quinhentos euros, acrescidos de IVA, vem num momento em que uma elevada percentagem de residentes passou a andar nas ruas do concelho sem qualquer outra protecção que não o distanciamento e muitas das vezes, nem isso.
Pergunta-se porque carga de agua só agora e não quando todas as autarquias vinham adquirindo mascaras para distribuir à população? É que há um momento próprio para tudo, sendo que no que a esta matéria diz respeito já deveria ter sido feito há mais de um mês. É verdade que mais vale tarde do que  nunca, mas isto traz agua no bico!
Antes deste contrato, um outro fora celebrado, a 17 de Abril, no montante de trinta e dois mil e oitenta euros, mais IVA, e com um prazo de cumprimento de quinze dias, portanto na primeira semana de Maio, como se pode ver em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/802421, com o objectivo de adquirir bens de prevenção, contenção e mitigação da infecção epidemiológica, tal como consta do artigo primeiro.
Esperamos que desta vez, as mascaras cheguem á população do concelho já que da primeira vez não tivemos conhecimento da sua distribuição, pelo que se supõe ter ficado confinada a alguns. Quem? Não se sabe!


1 comentário:

Anónimo disse...

E mais uma vez o careca de Moncarapacho deu uma abada ao pina, ao oferecer máscaras à população da União de Freguesias. Faz mais quem quer do que quem pode