'Olhão livre' publica esta carta que recebeu para conhecimento e que é ilustrativa do respeito com que a Câmara de Olhão trata os munícepes e neste caso uma associação do concelho.
A APOS (Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão) tomou nota do interessante artigo saído no vosso jornal em http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=81056, sobre a Ecovia do Litoral.
Gostaríamos de vos informar que, atendendo um dos troços desta Ecovia cuja implementação está mais atrasada, ser precisamente o troço entre Olhão e Faro, a nossa Associação enviou, dia 29 de Novembro de 2007, uma carta às autarquias de Faro e Olhão, assim como à AMAL, solicitando informação sobre as razões que motivam tal atraso.
Até ao momento não recebemos qualquer resposta das duas autarquias, o que provavelmente significa que as mesmas nada têm a dizer, por nada terem feito.
A AMAL esclareceu-nos, através de carta enviada pelo seu Presidente, Eng. Macário Correia, no dia 5 de Dezembro de 2007, que o referido troço tem de ultrapassar problemas de propriedade e de Domínio Público Ferroviário.
Apesar de reconhecermos a existência destes problemas, a APOS receia que não haja a suficiente motivação das duas autarquias para os resolverem. Aparentemente, as duas autarquias não executaram qualquer actividade conducente à resolução destes problemas e a ausência de resposta à nossa carta corrobora esta suspeita.
Se a democracia autárquica fosse transparente, seria fácil ter noção das actividades já efectuadas para resolver este problema mas… qual é o jornalista ou o simples cidadão que tem este privilégio?
Finalmente, a APOS agradece ao sr. Presidente da AMAL pela resposta rápida à nossa carta, dando um exemplo cívico de relacionamento com o cidadão, neste caso com uma pequena associação, que outros não deram.
Olhão, 17 de Fevereiro de 2008
António Paula Brito PinaAPOS - Associação de Valorização do Património Cultural e Ambiental de Olhão
sábado, 23 de fevereiro de 2008
carta da APOS ao jornal região sul a propósito da Ecovia do Litoral
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4 comentários:
Chamo a atenção que o desrespeito da CMO pelo cidadão não tem a ver apenas com esta carta da APOS sobre a Ecovia. A verdade é que a CMO nunca responde nem à APOS nem a outras entidades, mesmo quando não há qualquer inimizade que o justifique. A não resposta é uma forma de cultura anti-democrática, inerente à mediocridade da Câmara.
São exemplos o facto de a CMO não responder às cartas com aviso de recepção enviadas pelo Conservatório de Música de Olhão (ver jornal Olhanense de 1 de Fevereiro) e, recentemente, à empresa de consultadoria do ambiente - A Ambiendur (ver em http://www.ambiendura.com/news-blog)- que promoveu um wokshop no PNRF tendo convidado de diversas formas a CMO e esta nem compareceu nem respondeu.
Damos ainda os seguintes exemplos ligados à APOS que nunca tiveram resposta:
1. Enviámos em 5 de Abril de 2007 uma carta pública ao Presidente da Câmara Municipal de Olhão com a enunciação de vários problemas detectados pelos sócios no Concelho. A Câmara Municipal não respondeu.
2. Elaborámos em Julho de 2007 uma proposta de candidatura aos novos fundos comunitários no âmbito do Plano Operacional Regional do Algarve com o objectivo de recuperar o Bairro Histórico da Barreta em Olhão. Apesar da CMO ter sido convidada a liderar o processo com os diversos parceiros olhanenses, a CMO não compareceu e não respondeu, excepto quando diversas associações que compareceram no local, telefonaram na hora ao sr. Presidente.
3. Envio do processo para classificação municipal da Casa Baeta para a autarquia (17 de Agosto de 2007). A Câmara Municipal não respondeu.
4. Envio no dia 13 de Junho de 2007 ao sr. Presidente da Câmara Municipal de Olhão uma carta solicitando informação sobre projecto de reconversão turística da área do actual circuito de manutenção de Olhão, em Pinheiros de Marim. Atendendo não haver resposta, no dia 28 de Setembro de 2007 a APOS aproveitou a Assembleia Municipal para pôr mais uma vez esta questão, tendo o sr. Presidente da CMO respondido que nos responderá oportunamente...
5. A APOS promoveu uma mesa redonda sobre Habitação Social, aberta ao público, no dia 24 de Novembro (sábado)de 2007, às 15h, na Sociedade Recreativa Olhanense. Novamente, apesar do convite feito à CMO, esta nem respondeu nem compareceu.
António Paula Brito
Infelizmente, na nossa sociedade há muito da apropriação das idéias dos outros. É apanágio dos medíocres. Nada nos move de pessoal contra a pessoa A ou B. O que está em causa são as idéias, são as atitudes. O que é facto é que Olhão poderia estar muito melhor. Também é normal que com tantos anos de exercício de Poder, com tudo o que isso implica, desde os "compromissos" que se arranjam, à subserviência ao Poder central, quando da mesma cor e às vezes, por conveniências pessoas, também com os governos de cores diferentes e há exemplos disso. Já tivemos um presidente de câmara, da "rosa" que se passou para a "laranja" apenas porque Cavaco e Silva na altura lhe arranjou uma "situação" melhor.
Estes anos de "democracia" tem mostrado que as "maiorias absolutas" são um pesadelo para as populações. Os senhores do Poder agem como ditadores, como sendo os únicos seres pensantes e tudo o resto uma cambada de ignorantes. É assim José Sócrates, é assim Francisco Leal.
Aqui, ninguém é candidato a coisa alguma, não é esse o nosso espírito, não é isso o que nos move. O que nos interessa é o bem estar das pessoas, a melhoria das condições de vida e, se para isso tiver de ocorrer mudanças, seja a nível central, seja a nível local, estaremos disponíveis a dar o nosso contributo, com a denúncia daquilo que julgamos estar mal ou menos bem, com algumas sugestões, ouvindo pessoas de qualquer quadrante político que se disponham a combater os malefícios das maiorias absolutas. A APOS merece todo o nosso respeito, tem desenvolvido um trabalho muito interessante. Só que, para nós, a autarqui é autista e nunca ouvirá a APOS nem qualquer grupo de cidadãos que apesentem idéias novas. Por vezes, as nossas criticas possem parecer verrinosas mas também não vemos outra forma de colocar as coisas. É que com "meiguices", dando uma no cravo e outra na ferradura, com ambiguidades não se chega lá.
Gostaria de acrescentar que a APOS já recebeu uma carta da CM de Faro sobre o problema da Ecovia.
Oportunamente iremos revelar o seu conteúdo. Serve isto apenas para dizer que a única entidade que neste momento não responde à associação olhanense APOS é ... a CMO! Tanto a AMAL como a CM Faro já responderam!
A CMO nunca responderá porque só quer os olhanenses para votar, nunca para fazer perguntas!
o que eu estava procurando, obrigado
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