Conforme se pode ver na fotografia ainda há peixe em Olhão. A traineira é a “Nova Sr.ª de Piedade” antigo barco do Mestre Ábinhas e a última traineira antiga de Olhão. Neste dia apanhou cerca de 28 toneladas de cavalas, e perguntarão os leitores deste blog, o que fizeram a este peixe.
Pois deixem-me informa-los que, ao contrário do que possam imaginar, não foi para consumo humano, como seria normal, mas sim para alimento de outros peixes. O destino foi Espanha, zona de Cádis, para engorda de atuns em jaulas offshore com 50 m de diâmetro. Atuns esses, capturados pelas armações espanholas e engordados com o peixe das nossas traineiras, até ficarem gordos e o exportarem para o Japão a preços exorbitantes.
Entretanto, as pescas em Olhão e em especial no “cerco” estão em declínio não por falta de peixe, pois este existe, mas por causa da política de pescas dos nossos governantes, que obedecem cegamente às ordens da Europa, deixando e incentivando os armadores olhanenses a abater os barcos a troco de tostões e mandando os nossos pescadores para o desemprego.
Os nossos autarcas nunca viram as pescas como futuro de Olhão, por isso não criaram condições de armazenamento e congelamento, para quando há peixe em excesso não ter que ser vendido ao desbarato. O sistema de vendas de peixe em Olhão está controlado por meia dúzia de compradores que, entre eles, combinam em quanto vão avaliar o peixe das traineiras, chegando até a repartir barcos de peixe, que um compra e divide com outro para o peixe não subir de valor. Estudo feito nas lotas de Portugal, indica que a lota de Olhão, foi a lota em que o preço do peixe por quilo, foi o mais baixo do país em 2007.
Em suma, e continuando na linha de pensamento dos anteriores artigos, também com a pesca do “cerco” em Olhão não se vive, apenas se sobrevive.
Olhão tem condições para ser uma grande cidade de pescadores: temos peixe, temos pescadores, temos armadores, temos, por enquanto, barcos e um bom porto de pesca, mas para isso era preciso mudar as prioridades dos nossos governantes. E não pensem os nossos autarcas que vai ser o turismo que vai resolver os verdadeiros problemas da população de Olhão. Será que ninguém, inclusivé a autarquia está preocupado com o futuro dos pescadores e armadores olhanenses?
Pois deixem-me informa-los que, ao contrário do que possam imaginar, não foi para consumo humano, como seria normal, mas sim para alimento de outros peixes. O destino foi Espanha, zona de Cádis, para engorda de atuns em jaulas offshore com 50 m de diâmetro. Atuns esses, capturados pelas armações espanholas e engordados com o peixe das nossas traineiras, até ficarem gordos e o exportarem para o Japão a preços exorbitantes.
Entretanto, as pescas em Olhão e em especial no “cerco” estão em declínio não por falta de peixe, pois este existe, mas por causa da política de pescas dos nossos governantes, que obedecem cegamente às ordens da Europa, deixando e incentivando os armadores olhanenses a abater os barcos a troco de tostões e mandando os nossos pescadores para o desemprego.
Os nossos autarcas nunca viram as pescas como futuro de Olhão, por isso não criaram condições de armazenamento e congelamento, para quando há peixe em excesso não ter que ser vendido ao desbarato. O sistema de vendas de peixe em Olhão está controlado por meia dúzia de compradores que, entre eles, combinam em quanto vão avaliar o peixe das traineiras, chegando até a repartir barcos de peixe, que um compra e divide com outro para o peixe não subir de valor. Estudo feito nas lotas de Portugal, indica que a lota de Olhão, foi a lota em que o preço do peixe por quilo, foi o mais baixo do país em 2007.
Em suma, e continuando na linha de pensamento dos anteriores artigos, também com a pesca do “cerco” em Olhão não se vive, apenas se sobrevive.
Olhão tem condições para ser uma grande cidade de pescadores: temos peixe, temos pescadores, temos armadores, temos, por enquanto, barcos e um bom porto de pesca, mas para isso era preciso mudar as prioridades dos nossos governantes. E não pensem os nossos autarcas que vai ser o turismo que vai resolver os verdadeiros problemas da população de Olhão. Será que ninguém, inclusivé a autarquia está preocupado com o futuro dos pescadores e armadores olhanenses?
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