Olhão, 27 de Fevereiro de 2008
A Comissão Executiva das Comemorações “Olhão da Restauração - 200 anos” é presidida pelo Presidente da Câmara, Eng. Francisco Leal, e com praticamente 2 meses do ano decorridos não fez nada para além da apresentação de umas vulgaridades gerais.
Mas quem já recebeu paga pela sua participação na Comissão foram três dos seus membros, António Rosa Mendes, António Cabrita e Rogério Silva com o patrocínio da Câmara no lançamento de livros que cada um é autor.
“Gente Singular” assim não tem que temer pelo futuro como editora da Câmara de Olhão e sempre ajuda a preencher programa.
10 comentários:
Penso que nesta noticia do bate estacas,há um erro quando diz Antonio Cabrita penso que se quer referir a Fernando Cabrita.Acerca das comemorações, dos duzentos anos do levantamento Popular contra os invassores franceses,sou de opiniao que ninguem sabe bem oque fazer entao,então vai de criar uma comissao em que a grande maioria das pessoas,sao Doutores,engenheiros, mestres (nao de barcos mas de pintura ) e parece que se esqueceram dos descendentes ,daqueles que deram origem a essa revolta que foram os pescadores olhanenses e os populares.Como é curta a memória das pessoas.Ainda acerca das comemorações,talvez fosse um processo mais transparente, saber o que se vai fazer,e quanto se vai gastar em cada um desses eventos,é que quem paga todos esses eventos,são os contribuintes e esses tem o direito de saber como foi gasto o seu dinheiro.
Nada mais certo, queria dizer Fernando Cabrita.
As minhas desculpas ao António Cabrita que não é chamado aqui para o assunto.
Já deixei um comentário em obatestacas e volto agora a reiterar o que aí escrevi, acrescentando:
Integro a referida Comissão, porque tal me foi solicitado, e com muita honra. Aceitei fazê-lo porque admiro muito Olhão, que considero a minha terra adoptiva.Por fazer parte dessa Comissão não recebo nenhum benefício nem sirvo qualquer interesse político. O meu livro, editado pela Gente Singular, não teve patrocínio de nenhuma entidade, os seus custos foram integralmente suportados pela editora (quer dizer: por mim) e o seu lançamento, que ocorreu em Faro, também foi organizado apenas pela editora.
Finalmente, a editora GenteSingular não é da Câmara de Olhão nem de ninguém mais a não ser dos seus sócios: Carlos Lopes, Fernando Cabrita, Fernando Paulo Custódio, Rogério Silva e eu próprio. E ninguém mais, a não ser os sócios, decide o que publicamos ou deixamos de publicar. Neste "ninguém mais" incluo os anónimos que, acobertando-se nesse anonimato, lançam impunemente insinuações.
António Rosa Mendes
Por vezes confunde-se a árvore com a floresta. Quanto a mim, a revista da editora Gente Singular, é uma iniciativa que merece ser apoiada, desde que ela não seja um ponto de encontro de apenas meia duzia de pessoas. Uma revista como esta é importante para a região, pelos temas que pode abordar, que vão da história à ciência, da arte ao social, o que de certo modo ficou patente no nº1, que tive oportunidade de ver. Ter iniciativa, num meio onde as iniciativas rareiam, tem de merecer aplausos. Se a editora e a revista não fizerem parte de um ciclo fechado, e julgo que não será essa a intenção dos seus fundadores e editores, a região e Olhão só têm a ganhar com o seu aparecimento. Falar nos doutores, nos engenheiros e Cª para quê, se foram eles que deram o primeiro passo?! Entendo que os editores da Gente Singular estarão receptivos a opiniões, a trabalhos de quadrantes vários, desde que estes mereçam ser publicados. Li a resposta de Rosa Mendes e tenho de compreender alguma insatisfação do mesmo face à crítica que também lhe foi dirigida. Olhemos em frente, deixemos de ver fantasmas. E, se esses fantasmas existirem e continuarem a querer sê-lo, pois bem, que vivam assim, se é que gostam e depois se verá das suas intenções. Para já, penso que são boas, depois...Estamos cá para ver. Ah, será que os intelectuais algarvios e em particular os olhanenses, não têm direito a escrever e a publicar o que escrevem? Que apareçam muitas e boas editoras onde todos os que gostam de escrever e opinar possam ter o seu espaço é o que deve nortear-nos a todos. Quanto às comemorações não digo nada para já, há tempo para tudo, até para as conhecidas feiras de vaidades a que já nos habituámos.
Culatra
Nem sempre o que se transcreve é para ser tomado à letra. Ao que parece, o post terá sido a transcrição de um post doutro blog. Os intelectuais e a cultura sempre fizeram falta às sociedades. Penso que a Gente Singular é uma revista democrática, com autores democratas e de gente democrata, que não deve ser hostilizada, antes pelo contrário. Ela ocupa o seu espaço próprio e fazia falta.
Depois de ler os vários comentarios,que se seguiram ao meu,gostava que não se criassem problemas onde, eu penso que não há. No meu comentário, quando eu falo em engenheiros,doutores e mestres de pintura, estou-me a referir unicamente à comissão que foi criada para as celebrações dos duzentos anos da revolta popular contra os franceses,e aí eu nao tiro uma vírgula, ou seja para além destes, deveriam estar também representados, pescadores ou descendentes das pessoas que participaram na revolta e que ainda hoje vivem em OLhão.
No que respeita à editora em questão comungo as ideias do Culatra,mas continuo com a minha "à mulher de César não basta ser séria tem de parecer". Com isto quero dizer que existe uma comissão que pode ser séria, mas dos poucos eventos realizados, três são o lançamento livros da editora, de três dos seus membros. Para quem não percebe destas lides isto parece ser um tanto ou quanto estranho, parece que, ou a Editora está a aproveitar as oportunidades da Câmara ou a Câmara está a aproveitar-se da Editora para mostrar trabalho feito. Mas se alguém me explicar eu terei o melhor gosto em ouvir ou ler.
No que respeita ao comentário do doutor Rosa Mendes, não tenho nada a ver com a linha editorial da editora, se os livros me agradarem eu compro.
Já no que respeita ao anonimato,o sr Doutor não se deve aperceber do clima de repressão e bufaria que existe nesta cidade. Então eu passo a apresentar um dos caso de que tenho conhecimento: um pequeno empresário do concelho, que tem ganho obras em todas as autarquias do Algarve,tem concorrido a N obras no concelho de Olhao, nem uma lhe foi adjudicada tendo os preços dele sido até mais baratos que o de outros concorrentes. Então a pergunta que se faz é, porque razão? Simples, em tempos foi militante de um partido que não pertence ao arco do poder e logo aí ficou com uma cruzinha na testa.Este é só um exemplo.
Este blog é um blog que gosta de ver as coisas esclarecidas e onde houver um engano,esse é averiguado se é verdadeiro ou não. Agradece-se a sua participação porque com o seu comentário esclarece-se então que o seu livro não teve o patrocínio da CMO.
Eu não fiquei agastado pelas críticas.Ainda bem que existe este blog, que não conhecia e vou passar a frequentar, como espaço de liberdade de opinião e debate. Isso só demonstra a vitalidade de Olhão, aliás na senda da admirável tradição que fez desta terra aquilo que é, sempre insubmissa e inconformada. Gostaria apenas de prestar mais um esclarecimento:
Não sendo eu de Olhão, nem aqui residindo - em Olhão trabalho e faço outras coisas, mas moro em Vila Real de Santo António -, entendo que não seria correcto da minha parte pronunciar-me sobre política local, designadamente autárquica; seria algo como, tendo sido acolhido no seio duma família, ir-me intrometer nos assuntos dela. Quero com isto dizer que quando me presto a colaborar com a Câmara Municipal de Olhão o faço, além de gratuitamente, apenas por esse sentimento de funda e sempre renovada admiração que nutro por Olhão, e nunca para servir os interesses dos detentores do poder autárquico - que esses são postos ou removidos por quem tem legitimidade para o fazer, isto é, os olhanenses. Tal não significa que, enquanto membro da Comissão da Comemoração dos 200 anos, não me faça eco de críticas que registo e partilho, dado que considero que essa Comemoração deve decorrer com a dignidade que o povo de Olhão merece. Posto isto, gostaria ainda de acrescentar que estou a escrever um livro - "Olhão fez-se a si próprio" - que espero publicar ainda este ano como contributo (o meu contributo, nem modesto nem imodesto) para a magnífica memória histórica desta terra singular entre todas; e, para efeitos de publicação, vou efectivamente pedir o patrocínio da Câmara. Só para a publicação, porque o trabalho de pesquisa e de escrita só tem como remuneração a minha satisfação em contribuir para a Comemoração.
Mas, isso sim, uma coisa já ganhei: fiquei leitor de "Olhão livre" e de "O Bate Estacas".
Em princípio, mesmo aqueles que possam não concordar connosco, serão benvindos. Todos tem direito à opinião. Por vezes acontecem excessos de linguagem quando se critíca este ou aquele assunto. Mas também não é menos verdade que os destinos da autarquia tem sido conduzidos como que de uma ditadura se tratasse. Mesmo entre os socialistas vão surgindo, aqui e acolá, situações de mal estar.
Bom trabalho na Gente Singular! E ficamos a aguardar pelo livro...
intiresno muito, obrigado
Enviar um comentário