O tabaco prejudica a saúde. Todos nós sabemo-lo. Que seja proíbido fumar em recintos fechados, todos nós concordamos, Que seja proíbido fumar nas salas de aula, nos lugares de atendimento ao público, penso que todos nós concordamos. Quanto aos cafés, restaurantes, bares e discotecas já a questão é outra. São os proprietários que devem ter o direito de opção entre fumadopres e não fumadores. Por outro lado, os cidadãos também devem ter o direito de opção.
Por um lado, aos proprietários que investiram o seu dinheiro e que querem ter o retorno do investimento feito deve ser dada a oportunidade de escolher quem mais depressa lhe possibilite o retorno do capital investido. Por outro lado, os fumadores devem ter oportunidade de estar comodamente instalados e sem o receio se vir uma qualquer ASAE e aplicar a "pastilha". Os fumadores saberiam que num café, bar, restaurante, discoteca, para não fumadores, não poderiam puxar do cigarro e mandar umas "baforadas", sob pena de uma coima, tal como os não fumadores saberiam que ao entrar num sítio destinado a fumadores teríam que se sujeitar ao inconveniente do fumo.
Da maneira como o Dr Francisco George (director Geral da Saúde) coloca a questão, retira a liberdade de escolha a quem quer que seja. Bin Laden e seus apoiantes deitaram abaixo monumentos milenares, não dando escolha a quem quer que fosse de preservar algo que tinha a ver com a identidade de um povo, algo que era respeitado. O Dr. Francisco George sobrepõe a sua vontade à vontade de uma grande parte do povo português e faz-se seguir de um séquito de oportunistas ainda que médicos e acérrimos defensores da lei anti-tabaco. Curioso é que esta gente, bem colocada e bem falante, médicos respeitados, é verdade, não dizem quanto cobram pelas suas consultas anti-tabágicas e, que, no fundo, estão à procura de engordar os seus bolsos à custa de um vício que não é fácil de largar.
No fundo, o Dr. Francisco George até acha bem que hajam toxico-dependentes. Provavelmente até será favorável ao consumo da droga e ao seu tráfico. É que ao dar seringas gratuítas, ao aceitar as "salas de chuto", no fundo ele aceita que a nossa juventude se vá corroendo em algo bem pior que o consumo do tabaco.
Num debate acerca da lei do tabaco, houve até quem se pronunciasse sobre as lareiras que se usam em casa e chegou-se ao ponto de questionar-se se elas também deveríam ou não ser proíbidas. Vinha à superfíce a estupidez de alguns senhores doutores arvorados em defensores do ambiente. Bem, só faltou alguém colocar a questão do uso dos automóveis nas cidades.
Em horas de ponta, nos centros de qualquer cidade deste país, os gases inalados em dez minutos, certamente serão bem mais perniciosos do que o fumo do tabaco. Foi pena ninguém ter colocado a questão ao snr dr Francisco George. Provavelmente defenderia "sim senhor, proíbe-se a circulação dos automóveis". Aí, não restarão dúvidas, que qualquer cidadão português consideraria mais nefasta a atitude do Director Geral da Saúde do que o famigerado Bin Laden.
Entre um e outro, que venha o diabo e escolha!
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