Desde que se abriram as portas do desconfinamento que se vem assistindo a uma serie de problemas no acesso às praias desta zona, com particular na ligação à Ilha do Farol.
A única praia na margem terrestre desta parte da Ria Formosa é a de Fuzeta Mar, sendo as restantes nas ilhas barreira, o que obriga ao recurso aos barcos públicos (carreiras) ou privados. Como transportes públicos cumprindo as recomendações, os barcos não podem transportar mais de dois terços da sua lotação, bastando esse facto para que não sejam cumprido o distanciamento social habitual. De notar que estes barcos, em principio, têm dois pisos, sendo que as pessoas se aglomeram no piso superior.
Por outro lado, o uso de mascaras levanta também outro problema, já que há pessoas que entendem que por viajarem num espaço aberto não estão obrigadas a cumprir com esse procedimento.
Em ambas situações, a falta de civismo está presente, tal como nas aglomerações que se formam nas filas de acesso às bilheteiras ou para apanhar o barco.
Nada disto impede que algumas pessoas reclamem da falta de condições para o transporte de tanta gente, esquecendo que foram as regras que assim ditaram. E de tal forma assim tem sido que foram feitas publicações nas redes sociais que depressa chegaram à imprensa regional como a que está em https://postal.pt/sociedade/2020-05-30-Video-mostra-aglomerado-de-pessoas-em-fila-para-apanhar-o-barco-na-Ilha-do-Farol.
Normalmente aponta-se mais o dedo às empresas concessionarias do que à falta de civismo, como se pode ver em https://jornaldoalgarve.pt/ilhas-barco-do-pandemonio-afinal-navegava-segundo-as-regras-e-nao-foi-multado/?fbclid=IwAR15WpbDuW4-Q70YeYPsXVUHh8m6ZYzaTYpVjR9fdEVDm56RWEbh10kb9LA.
Em nenhum dos casos, é exposta imagem no interior dos barcos. No primeiro trata-se do acesso à bilheteira e no segundo a saída do barco. Todos nós sabemos que à saída, há a tendência natural para todos se aproximarem da saída, aglomerando-se, e muitos dos passageiros retirando imediatamente as mascaras. Quem é responsável por isto? A tripulação? A PM? Ou a falta de consciência cívica das pessoas?
E quando isto é agora, daqui a mais uns dias, com a chegada dos veraneantes pior será. Então e nas praias como será? Quem vai verificar da lotação das praias? Quem vai fiscalizar? Quem vai cumprir com as regras de distanciamento?
Os conflitos tenderão a surgir porque ninguém estará disponível para abdicar de desfrutar da praia, que apesar da dimensão, está circunscrita a pequenas parcelas das ilhas. Tudo se conjuga para um Verão bem quente nas ilhas!