A chique espertice de uns aliada à ganancia de outros, é o factor principal da actividade politica e negocial na cidade de Olhão.
O Porto de Recreio conseguiu obter da parte do Parque Natural da Ria Formosa uma autorização para a "limpeza" do seu extremo nascente, um expediente que permitiu que fizessem dragagens à margem da Lei.
O consultor jurídico da empresa veio a terreiro justificar com base no Plano Plurianual de Dragagens, elaborado pelo LNEC e aprovado pela DGRM. Acontece que aquele plano classificava os sedimentos em causa como sendo de classe 2 e 3 por conterem vestígios de contaminação e que como tal deveriam ser emersos a quatro milhas da costa na batimétrica dos 30 metros. Mas não foi isso que fizeram. Na imagem seguinte mostramos onde foram colocar as lamas e o lixo retirado:
Como se pode ver, as lamas e lixo foram descarregados na traseira da construção no Porto de Recreio, em área do Parque Natural da Ria Formosa, cujo Regulamento do seu Plano de Ordenamento proíbe.
Claro que estamos a falar dos novos donos disto tudo, em Olhão, que fazem o que querem e entendem, com a cobertura do partido no poder local.
O coordenador das áreas protegidas do Sul, um tal de Castelão Rodrigues, afirmou que o Parque tinha embargado a obra, mas ela continuou, levando 5 dias de continuas "dragagens", cujo conteúdo contaminado, foi transportado em três camiões de noite e de dia. São de facto muitas toneladas, que não poderiam ser exclusivamente de lixo. O lixo era outro!
O consultor jurídico do Porto de Recreio é também consultor jurídico da câmara, numa promiscuidade que deixa muito a desejar.
A directora do parque foi vice-presidente da câmara, passando a vice-presidente da CCDR, esteve na APA por delegação da câmara e mais recentemente foi empossada no actual cargo, cargos de carreira partidária, dos quais a população de Olhão nada beneficiou.
Aliás diga-se, enquanto esteve na APA, acompanhando o processo de monitorizações das aguas descarregadas na Ria, branqueou sempre os resultados que se sabe estarem na origem da desclassificação da zona de produção Olhão 3. Apesar da sua formação ser em biologia, nunca abriu a boca para se pronunciar pela poluição provocada pelos esgotos directos, da mesma maneira que agora fechou e fecha os olhos ao que se está passando numa área que lhe diz directamente respeito.
Sem o fechar de olhos do parque não teria sido possível o trabalhinho que os donos disto tudo fizeram no Porto de Recreio.
Não somos contra a limpeza do Porto de Recreio, pelo contrario, mas não podemos aceitar que se passem por cima das regras ambientais apenas para satisfazer a ganancia desta gente, porque o que está verdadeiramente em causa, é outra coisa.
Claro que os donos disto tudo não podem nem vão dizer a verdade. O que eles pretendiam e requereram era aumentar a capacidade de postos de amarração mas para isso teriam de fazer o estudo de incidências ambientais, que sabiam seria chumbado pelos impactos negativos, razão porque em ultima instancia, optaram pela "limpeza".
Podem utilizar o sarcasmo que quiserem, podem enganar alguns menos informados, mas a nós não nos calarão e ainda hoje seguirá nova queixa.
Isto não pode ficar impune!
Como se pode ver, as lamas e lixo foram descarregados na traseira da construção no Porto de Recreio, em área do Parque Natural da Ria Formosa, cujo Regulamento do seu Plano de Ordenamento proíbe.
Claro que estamos a falar dos novos donos disto tudo, em Olhão, que fazem o que querem e entendem, com a cobertura do partido no poder local.
O coordenador das áreas protegidas do Sul, um tal de Castelão Rodrigues, afirmou que o Parque tinha embargado a obra, mas ela continuou, levando 5 dias de continuas "dragagens", cujo conteúdo contaminado, foi transportado em três camiões de noite e de dia. São de facto muitas toneladas, que não poderiam ser exclusivamente de lixo. O lixo era outro!
O consultor jurídico do Porto de Recreio é também consultor jurídico da câmara, numa promiscuidade que deixa muito a desejar.
A directora do parque foi vice-presidente da câmara, passando a vice-presidente da CCDR, esteve na APA por delegação da câmara e mais recentemente foi empossada no actual cargo, cargos de carreira partidária, dos quais a população de Olhão nada beneficiou.
Aliás diga-se, enquanto esteve na APA, acompanhando o processo de monitorizações das aguas descarregadas na Ria, branqueou sempre os resultados que se sabe estarem na origem da desclassificação da zona de produção Olhão 3. Apesar da sua formação ser em biologia, nunca abriu a boca para se pronunciar pela poluição provocada pelos esgotos directos, da mesma maneira que agora fechou e fecha os olhos ao que se está passando numa área que lhe diz directamente respeito.
Sem o fechar de olhos do parque não teria sido possível o trabalhinho que os donos disto tudo fizeram no Porto de Recreio.
Não somos contra a limpeza do Porto de Recreio, pelo contrario, mas não podemos aceitar que se passem por cima das regras ambientais apenas para satisfazer a ganancia desta gente, porque o que está verdadeiramente em causa, é outra coisa.
Claro que os donos disto tudo não podem nem vão dizer a verdade. O que eles pretendiam e requereram era aumentar a capacidade de postos de amarração mas para isso teriam de fazer o estudo de incidências ambientais, que sabiam seria chumbado pelos impactos negativos, razão porque em ultima instancia, optaram pela "limpeza".
Podem utilizar o sarcasmo que quiserem, podem enganar alguns menos informados, mas a nós não nos calarão e ainda hoje seguirá nova queixa.
Isto não pode ficar impune!
1 comentário:
Essa de impunidade está boa. Pode pode e quem se meter leva a dose de esclarecimento sobre quem manda.
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