O governo chegou a acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a obtenção de um credito de setenta e oito mil milhões de euros, dos quais doze mil são para a banca.
O pedido de ajuda ao FMI resultou das elevadas taxas de juro a que o Estado estava sujeito e cobradas pelos leilões da divida publica, porque a situação de risco de incumprimento do pagamento da divida e do respectivo serviço ser muito alto.
O presente acordo permite a obtenção de credito mais barato mas não elimina ou reduz o risco de incumprimento nem evita que o Estado tenha de recorrer novamente aos mercados para se financiar tal o montante da divida publica soberana. Afinal o empréstimo agora conseguido por via deste acordo representa menos de 40% da divida.
Por outro lado, boa parte do dinheiro conseguido é para assegurar o regular funcionamento do Estado, já sem recursos e com dificuldades de pagamento até dos vencimentos dos seus funcionários, o que lhe vai retirar capacidade em investimento produtivo.
Prevê-se assim, tal como aconteceu na Grécia, que ao recorrer aos leilões de divida, os juros venham a atingir níveis históricos, pondo em causa a solvabilidade do Estado e de que o leilão de ontem é um mau prenuncio ao continuar a subida das taxas de juro apesar de já ter sido dado a conhecer que o governo chegara a acordo com o FMI.
Para aqueles que ainda alimentam ilusões nas medidas previstas, mal anunciadas e pior explicadas, o problema não reside na quantidade ou qualidade das medidas aplicadas, mas sim nas opções decididas. Pelos valores apresentados, estima-se que entre a redução da despesa e aumento da receita o Estado possa arrecadar 8 mil milhões, sabendo que isso mal dará para pagar o serviço da divida.
Porquê, então este acordo, se ele não resolve o problema?
Não é apenas o nosso País que está em crise, mas sim todo um sistema, promovido pelos grandes interesses financeiros como o FMI ou o Banco Central Europeu, podendo adivinhar-se a sua implosão. Só que o persistir no caminho trilhado irá desencadear e acelerar todo o processo, não só no nosso País mas em muitos mais. É uma questão de tempo, até que se reconheça a necessidade de uma nova ordem económica mundial, capaz de gerar mais e melhor desenvolvimento económico e social.
Por isso, a necessidade deste Acordo com o FMI ser referendado, o que subscrevo em :
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N9329
quinta-feira, 5 de maio de 2011
NÃO AO ACORDO COM O FMI!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário