quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

OLHÃO: O CORTE DE AGUA

A Ambiolhão, EM mandou para a comunicação social regional, e bem, uma nota a anunciar mais um corte de agua, desta vez desde as nove da noite do dia 1 até às oito horas da manhã do dia 2, para proceder a uma intervenção de extrema complexidade, dizem.
Já aqui nos pronunciámos e vamos continuar quanto ao estado calamitoso das redes de agua e saneamento que todo o mundo vê menos os lideres da autarquia.
As redes têm na sua maioria, mais de cinquenta anos, e para alem de estarem envelhecidas não acompanharam o crescimento e como tal das necessidades da cidade. É raro o dia em que não se registam roturas ou esgotos entupidos, fruto da péssima gestão que tem sido praticada ao longo dos anos.
A Rua Almirante Reis é uma das vitimas do mau estado da rede de esgotos, que se agudizou com a ligação a ela, de alguns troços da rede de aguas pluviais, aumentando o volume de efluentes.
Sem falar no Bairro da Cavalinha, a zona compreendida entre a ex. Nacional 125 e a baixa de Olhão por um lado e entre a Rua 18 de Junho com a Almirante Reis, é o pão nosso de cada dia, assistir ao desventrar do alcatrão para remendar as condutas de agua, que não aguentam a pressão.
A intervenção programada não vai resolver este problema, mas apenas o das condutas do depósito de agua no Bairro 8 de Outubro. E aqui cabe-nos chamar a atenção para o facto que em meados do ano passado denunciámos daquele depósito apresentar sinais de degradação acentuada estando a verter agua, tal como se mostra na imagem acima.
O depósito de agua tem setenta anos e necessita de uma intervenção interior séria. A infiltração de agua vai oxidando o ferro que aumenta de volume e faz estalar o cintado de betão. Se não acudirem ao depósito, qualquer dia vamos ter um problema muito grave de abastecimento de agua e não será apenas por uma noite.
Visitando o local constatámos que o verdete regressou, sintoma de que continua no mesmo embora ainda não seja tão evidente como na altura em que obtivemos a imagem. Intervenção nenhuma porque o que fizeram foi uma operação de cosmética e apenas porque estávamos em vésperas de um acto eleitoral.
O mesmo se passa com a generalidade das infraestruturas de agua e saneamento, tudo obsoleto e a necessitar de renovação, renovação que não tem de ser feita num ano nem num mandato, mas que tem de ser faseada e calendarizada para que daqui a uns anos toda a cidade esteja servida de infraestruturas condignas de uma cidade em franco desenvolvimento. Não basta tapar as rugas das infraestruturas, é preciso uma operação plástica muito mais profunda, capaz de as regenerar.
E já agora que estamos com a colher na sopa, o tipo de desenvolvimento implementado ao longo dos anos, tem tido consequências graves que as pessoas não detectaram. Ao levar, e muito bem, a agua aos sítios mais recônditos do concelho, a autarquia deveria ter procedido de igual forma, levando o saneamento e isto porque as pessoas desses sítios ao ficarem servidas da agua, deixaram de utilizar os poços ou furos para o seu consumo mas passaram a utiliza-los como fossas, ligando-lhes os esgotos domésticos e com isso contaminando as aguas. 
Olhão precisa de colocar as infraestruturas como prioridade se é que quer chegar ao pelotão da frente do desenvolvimento na região algarvia. Continuar na mesma é cada vez afastarmos-nos mais dos que vão à frente.

1 comentário:

Atento disse...

Eles querem lá fazer obras a sério nos depósitos de agua?