quarta-feira, 6 de novembro de 2019

ALGARVE: PESCA, UM ALVO A ABATER!

São vários os sintomas de que a União Europeia prossegue no seu objectivo de transformar o nosso País o jardim da Europa e pôr os portugueses de avental a servir uns copos de bagaço ou a limpar a merda que vêm cá fazer.
Nesse sentido vai a situação da pesca, que já viveu melhores dias, por imposições absurdas daquela União.
A quota da sardinha foi reduzida unilateralmente por alteração da estimativa da sua biomassa que passou de cinquenta por cento para oitenta; propõe a dita UE a redução do carapau em 40%; agora surge uma nova redução unilateral no biqueirão que passa das 5343 toneladas para as 3196, ou seja 40% menos; só falta a cavala que se seguirá dentro de momentos. E aí os barcos de cerco ficam atados ao cais e perdem-se as companhas.
No caso do biqueirão, ele aparece mais cedo no norte do que no sul, razão pela qual os pescadores aproveitaram para fazer as suas capturas; agora está na altura do mesmo ser pescado a sul, mas entretanto dão por finda a quota.
Tal decisão não tem a ver com o estado do stock ou com a preservação da espécie mas como uma medida punitiva, desajustada. 
Que faz o governo português nesta matéria senão prostrar-se de cócoras perante a ditadura da UE?
Com a cavala, e este tem sido um bom ano, começa a aparecer a cavala sem medida e que os pescadores não podem apanhar, e que poderá determinar o fim da pesca de cerco, porque está bom de ver que ninguém vai sair, gastar combustível se não facturar; e as companhas também não vão querer ir ao mar por falta de ganhos.
Se recuarmos no tempo e nos lembrarmos que houve propostas de abate para os barcos mas que aos baixos valores atribuídos seriam sujeitos a IRC, os armadores preferiram manter as embarcações que sempre lhes proporcionavam melhores rendimentos, percebe-se que esta política de quotas e a sua gestão, vai no sentido de forçar, compelir ao abandono da actividade. E esta é a questão principal, o fim da pesca!
No processo de adesão à então CEE, que nunca foi discutido nem submetido a referendo, por razões geográfica e climáticas, Portugal passaria a ser o jardim da Europa, mas teria de abdicar do seu sector produtivo, passando a importar aquilo que antes produzia.
Assim tornamos-nos um País prestador de serviços que consome aquilo que nos impingem mas que contribuem de forma significativa para a colossal divida, que não cessa de crescer. 
Querem comer peixe? Importem-no!

1 comentário:

Anónimo disse...

Perdoem-nos egrégios avós mas como estamos hipnotizados ou drogados não reagimos, já não temos a força que vos deu grandeza. De mão estendida vamos tentando ter a comiseração daqueles que nos tutelam. Vivendo cada um dia um dia com esperança no salvador 5º império que terá a língua como riqueza.