Voltamos a um assunto que nos é muito querido, não pelos melhores motivos, mas precisamente pelo contrário, a poluição na Ria Formosa. E de tal forma assim é que a RTP transmitiu, mais uma vez a noticia que pode vista em https://www.rtp.pt/noticias/pais/ria-formosa-poluicao-impede-apanha-de-bivalves_v1183351.
Apesar do problema ter mais barbas brancas do que eu, a verdade é que o presidente da CMOlhão, continua como sempre a estragar e a poluir o que de melhor temos a nossa Ria Cada vez menos Formosa.
Em 2009, foi apresentada ,pelo Moviemto de Cidadania Activa "Somos Olhão" uma queixa na Comissão Europeia e no Parlamento Europeu por causa da poluição; ao longo dos anos tem vindo a ser apresentadas diversas queixas junto do parque Natural da Ria Formosa como na Brigada do Ambiente da GNR, o SEPNA; foi também apresentada queixa junto do Ministério Publico. Tudo foi vão e a poluição aí está mais uma vez a fazer das suas!
Há seis anos atrás, em 2013, a Ria Formosa foi desclassificada para classe C, isto é, os bivalves não podiam ser comercializados sem que antes passassem por uma zona de transposição que o IPMA nunca criou. Nessa altura não haviam quaisquer analises, mas não foi pela contaminação microbiológica que se deu a desclassificação, mas sim pela presença de biotoxinas em berbigão enviado para Espanha, cuja amostra foi submetida a um Comité Veterinário. E dizia então o Pina que tinha quinhentos mil euros para acabar com os esgotos directos. Aldrabão sou eu e não minto tanto!
Em de Fevereiro de 2014, foi elaborado um despacho conjunto que obrigava à monitorização das aguas da Ria Formosa, particularmente as que estavam associadas aos pontos de descarga das ETAR e dos esgotos directos. Nessa altura o governo era do PSD, razão pela qual foram feitas monitorizações pela APA naquele ano, mas também em 2015 e 2016, cujos resultados apontavam para o elevado grau de contaminação microbiológica naqueles pontos.
Chegado o governo do Costa, assim que pôde acabou com aquelas monitorizações!
Em Março deste ano, a zona Olhão 3 passou a ser dividida em sub-zonas, para verificar com maior precisão aquelas que eram as mais afectadas, e é precisamente em frente à saída da Doca que apresentam os valores mais elevados.
Daqui até à ETAR, a distancia excede largamente os 400 metros, um numero que não convém esquecer. É que no âmbito do Programa Polis, em 2013, foi elaborado um livro em inglês, de nome Forward, para fazer face a eventuais problemas com a União Europeia. Neste miserável livro é possível ver como se fazem cálculos aritméticos desfasados da realidade para justificar o injustificável, pondo a ciência ao serviço do Poder político.
À época dizia-se que a poluição não ia alem dos quatrocentos metros, embora em boletins do IPMA, em anos muito anteriores, se pudesse ler que poderia atingir os dois mil metros.
Então havia que preparar as condições para se acabar com este problema sem o ter resolvido, ou seja como não querem acabar com a poluição, acaba-se com os viveiros!
E foi assim que na discussão publica para o Plano para a Aquicultura em Aguas de Transição a APA é chamada a pronunciar-se sobre a situação na Ria Formosa, mas não foi chamada para outras aguas protegidas. Porquê, apenas a Ria Formosa? Porque o objectivo era e é acabar com os viveiros nesta zona!
Se duvidas houvesse, a proposta da APA, agora dirigida por um verbo de encher do Pina, propõe a criação de uma zona de protecção aos esgotos e não só. Como forma de evitar mais burburinho, a mesma faixa envolve a protecção de portos de pesca, de recreio ou estaleiros como se houvesse alguma incompatibilidade. Ou seja, com esta protecção nem vale a pena gastar dinheiro para acabar com os esgotos porque ainda há a Marina a ser protegida.
O que preparam é fazer do produtor de bivalves uma espécie de macaco, de cu para o ar, a fingir que estão a apanhar a ameijoa para que o turista possa tirar umas fotografias.
E não vão todos à bardamerda!
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