sexta-feira, 22 de novembro de 2019

OLHÃO: A MODA DOS TABLETES

A moda dos tabletes, à semelhança de outras modas pinescas, veio para ficar. Depois da distribuição pelas turmas dos 1º, 4º e 7º ano, segue-se os alunos do ensino profissional, tal como se pode ver em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/751025.
Mais de dezoito mil euros, acrescidos de IVA, para cento e dez tabletes para distribuir por alunos e professores do ensino profissional. Desta vez trata-se de um ajuste directo, mas que ainda assim beneficiou do convite a uma outra entidade.
Curiosamente não se sabe, porque não é dito, se vão continuar a oferecer mais tabletes aos alunos do ensino profissional ou se se resume apenas a este ano.
Para alem da questão dos contratos, há uma outra questão que parece ter caído no esquecimento e que este contrato vem despertar  a atenção. O contrato agora assinado tem como entidade adjudicatária a MEO, SA, a tal empresa que ficou de instalar um centro tecnológico, em Pechão, e que foi objecto de noticia em toda a imprensa regional, numa acção de propaganda da autarquia.
Já se passou o tempo suficiente para a instalação do tal parque e nada de centro, o que nos sugere que há é uma negociata esquisita entre a autarquia e uma empresa cujo patrão dizia que se pudesse não pagaria ordenados. A empresa continua a facturar com a venda de bens à autarquia mas não cria mais nada como contrapartida para a instalação do centro tecnológico.
A moda em Olhão é de facto a forma como se fazem estes contratos, como se fazem certas negociatas e como se enriquece bem e depressa como se estivessem jogando no euromilhões.
Já agora para dizer que o contrato foi assinado pelo vereador Camacho, embora o presidente da autarquia já tivesse regressado das suas ferias. Há alguma coisa de duvidoso nisto na medida em que os contratos costumam ser assinados pelo presidente. Será que o mesmo já percebeu que há imensas irregularidades na formação dos contratos e que podem surgir problemas a qualquer momento e a melhor maneira de salvaguardar a sua posição, é fazer com que sejam os vereadores a assumir tal responsabilidade?
O futuro o dirá!


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