domingo, 20 de maio de 2012

ATERRO NA RIA FORMOSA

As zonas humidas da Ria Formosa de há muito que são palco de toda a especie de atentados, crimes ambientais, como aterros e poluição, sejam eles cometidos por entidades publicas ou privadas, estas ultimas com o fechar de olhos daquelas quando se trate de interesses que ultrapassam a nossa compreensão. Os residuos ou lamas como lhe queiram chamar, têm de ser encaminhados para destino certo onde possam ser tratados, admitindo-se porem que como no caso em pareço possam servir para reforço dos taludes das salinas, o que não acontece. Trata-se pura e simplesmente de um aterro, numa zona frequentada por aves migratorias e que integra a Reserva Ecologica e a Rede Natura 2000, ali mesmo junto ao complexo turistico-imobiliario do interesse do presidente da autarquia e do Grupo Bernardino Gomes. Tambem é certo e sabido que a falida sociedade Polis Natural da Ria Formosa, que de bom para as populações da Ria nada trouxe de novo, tinha conjuntamente com a Câmara Municipal de Olhão um projecto para a "Requalificação" da zona, acabando com as instalações da Horta da Câmara, para ali fazer uma operação de maquilhagem ao serviço do empreendimento, embora acessivel à população de Olhão, corrida da zona para dois quilometros de distancia. Não foi por acaso que a Câmara Municipal de Olhão promoveu um aterro na zona, logo denunciado nesta pagina, e que levou o Somos Olhão a apresentar uma queixa na CCDR que determinou um conjunto de acções correctivas mas parcialmente incumpridas como é costume nesta autarquia. Este aterro, a ser executado tal como se prova pelas imagens, feito a partir da salina, é uma forma de levar a cabo aquilo que Francisco Leal e o seu vereador do ambiente Carlos Martins tentaram mas não conseguiram. Obviamente que terá de ser apresentada mais uma queixa na CCDR. Mas, pergunta-se, onde páram os vigilantes da Natureza, que não vêem aqui como não viram há semanas na Praia dos Cavacos? Devemos lembrar que nesta Ria dita Formosa foram feitos aterros em plena zona humida, do Dominio Publico Maritimo, para instalar um poluente campo de golfe. Grão a grão enche a galinha o papo, costuma dizer o Povo; aqui, na Ria Formosa, de aterro em aterro, vão destruindo as zonas humidas, conquistando espaço ao mar, sem ter em conta o prejuizo que provocam para a biodiversidade. Se Francisco Leal recebeu ou comprou a preços simbolicos, lotes de terreno na Quinta da Marinha ou apartamentos na Parque Expo, não sei, mas que faz o jogo dos patrões do Grupo Bernardino Gomes faz e de que maneira! Afinal de contas o aterro desta zona serve perfeitamente os interesses daquele Grupo. Fartos de tantos indicios de crimes conexos aos de corrupção, os olhanenses e a natureza agradecem que ponham termo à actividade criminosa da classe politica que tão mal tem tratado o nosso concelho. REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Anónimo disse...

Oh! Terramoto! já viste qual é a tua realidade? Finalmente a tua insignificancia veio à tona, ninguem te dá atenção, podias ter chegado longe, e afinal morreste na praia, é assim quando se toma o lado errado das coisas!