segunda-feira, 14 de maio de 2012

OLHÃO: VIVA O DESPESISMO

A imagem acima reporta a nova porta da Junta de Freguesia que custou apenas 4.000 euros, o que em tempos de crise é inaceitável. A administração publica ao longo dos tempos encarregou-se de mostrar o que é o exercício de um Poder virado para a satisfação interna que não para os contribuintes, todos os dias assaltados por aumentos de impostos, taxas, coimas e execuções fiscais.
A nova porta, automática, implica desde logo o aumento da factura energética, pois obriga ao recurso dos ares condicionados. Enquanto a generalidade dos trabalhadores, principalmente os agrícolas, sujeitos a temperaturas medias muito superiores ás do interior destes edifícios, eis que a administração entende entrar numa onda despesista para satisfação pessoal.
Num momento em que se discute a Reforma Administrativa, da qual discordamos, e que põe em causa o futuro da Junta de Freguesia de Olhão, recomendaria o bom senso que fossem efectuados investimentos despropositados.
E se é verdade que a Junta oferece um conjunto de serviços do agrado da população, também não é menos verdade que também eles podem ser prestados pela Câmara, como os serviços de enfermagem. É bom não esquecer que já existe um serviço de enfermagem de apoio domiciliario. Seja pela Câmara ou pela Junta também é verdade que assistimos ao aproveitamento politico/partidário de quem exerce o Poder, na medida em que se for um contestario poderá nunca ser atendido, pratica mais acentuada na Câmara do que na Junta.
Assim no passado fim de semana foi possível ver a forma como foram arregimentadas as pessoas para uma discussão sobre a possível extinção da Junta de Freguesia de Olhão. A situação é de molde a proporcionar ou acentuar diferenças entre as populações das diferentes freguesias. Olhão tem, face às novas definições, duas freguesias urbanas, a de Olhão e a de Fuzeta. Porque a Reforma administrativa prevê reduzir a 50% as freguesias urbanas, uma das duas terá de desaparecer, porque na perspectiva do (des)governo hoje há melhores acessibilidades e  mais meios de comunicação.
A questão desta Reforma Administrativa, cuja desculpa é a crise, passaria pela redução significativa dos custos da administração, sendo que tal como está prevista, essa redução não terá expressão, pelo que não se justifica, tanto mais que a relação de proximidade das populações é mais acentuada nas Juntas do que com as Câmaras.
Então, porquê esta Reforma? Se formos a analisar bem o que se pretende com câmaras mono-partidárias com a fiscalização por parte da Assembleia Municipal e sabedores de que tendencialmente quem vota num determinado partido para a Câmara fá-lo também no mesmo para a Assembleia, por não existir a tal relação de proximidade. O que está de facto em causa é fomentar a bipolarização partidária, retirando aos pequenos partidos a pouca representatividade que ainda detêm e resumindo aos partidos de alternância no Poder, os mesmo que levaram o País à falência, a eleição dos seus membros, dividindo por dois o que era para ser dividido por todos.
Compreende-se pois o frenesim socialista em torno da Junta de Freguesia, até porque  o que lhe dá a maioria na Assembleia Municipal, são precisamente os presidentes de junta. E vai daí, toca a gastar o dinheirinho de todos nós em obras mais uma vez de fachada para satisfação pessoal, que não da população.
REVOLTEMOS-NOS, PORRA!

3 comentários:

Anónimo disse...

Em plena avenida da Republica, a antiga sede dos Olhanenses, completamente degradada, uma lástima, no interior vê-se pela janela que se encontra aberta, uma inundiçie cheia de lixo e outras coisas.
Será que ninguém vê aquela tristeza e vergonha, em que se encontra um dos poucos edifiçios antigos, que restam naquela artéria?
Lembro-me que antes eram as instalações do Registo Civil, tendo lá tirado o meu primeiro bilhete de identidade, há cerca de 58 anos.
´Que vergonha ao que chegou esta terra tão porca, é verdade em vez de capital da ria formosa,passou a capital da sujedade e incúria do deixa andar. será que são cegos

Anónimo disse...

Relaçionado com o artigo anterior, ainda esta manhã, passei em frente à antiga sede dos Olhanenses, em plena Avenida da Republica, como se não bastasse o estado de degradação em que se encontra o imóvel, um dos alguns resistentes antigos, que ainda estão de pé.
No interior, porque uma janela está aberta, vê-se a quantidade enorme de lixo e outras coisas, uma verdadeira vergonha, como é possível aquilo, será que ninguém vê ou terão falta de vista.
É verdade, a nossa terra era a capital da Ria mas acho que agora passou a capital do lixo e da sujidade e do mau cheiro, só quem passa pelas pequenas ruas na direção da praça, o cheiro a mijo é insuportavel, que belo cartão de visita?
E dizer, que aquele edifiçio é o antigo Registo Civil, foi lá que nos 60 tirei o meu primeiro Bilhete de Identidade, uma enorme tristeza pelo estado de degradação e sujidade que se encontra numa avenida principal. Enfim

Anónimo disse...

.., que belo cartão de visita!!!
Pena que seja para cegos.