domingo, 19 de janeiro de 2014

OLHÃO: ANALISES DO IPMA. O QUE NOS RESERVAM?


As imagens acima, reportam as analises efectuadas pelo IPMA durante o mês de Dezembro e mostram-nos de forma clara, a escuridão que envolve o processo de desclassificação das zonas de produção de bivalves.
Apenas no molhe da Fuzeta se registou uma analise, no caso para o mexilhão de classe B, o que significa que aquele molusco teria de ser submetido a depuração.
Para a ameijoa-boa, apenas duas analises estão na fronteira de classes, atingindo os 230 ecoli por 100mg carne, motivo que ainda assim não implica a sua mudança para classe B.
Todas as outras analises na Ria Formosa dão-nos a indicação de os moluscos integrarem a classe A.
O primeiro comentário a fazer para quem não segue estas coisas, é de que 300 coliformes correspondem ao NMP de 230 ecoli, havendo pessoas que não compreendem os resultados quando apresentados em unidades colformes e ecoli.
Em segundo lugar para dizer que este é pior período para se fazerem analises porque pelas suas caracteristicas climáticas, o numero de coliformes aumenta de forma significativa. E se é certo que os bivalves padecem do efeito acumulador de coliformes, não seria nesta altura do ano que apresentariam os resultados agora publicados, se comparados com os da época estival.
Então como perceber esta contradição de na pior altura do ano, os bivalves apresentarem condições para serem classificados como A, quando ainda recentemente foram relegados para a classe C? Foram os coliformes que desapareceram ou outra monstruosidade deste governo para acabar com esta importante actividade na Ria?
Curiosamente, não são apresentados resultados analíticos em ostras, quando a ostra é um bivalve com uma capacidade de filtração e acumulação muito superior à da ameijoa-boa. A que se deve tal lapso?
Tudo se conjuga para acabarem com a produção de ameijoas na Ria Formosa e em seu ligar substitui-la por outra, obedecendo a grandes interesses ocultos, mas que poderão pôr em causa o eco-sistema da Ria.
Certo, certíssimo, é que os resultados analíticos apontam para que os bivalves da Ria Formosa sejam classificados em A, não necessitando de depuração, permitindo a venda directa. Será esta a razão?
Os novos poligonos apresentados pelo IPMA para a reclassificação das áreas de produção de bivalves não têm qualquer cabimento face aos resultados apresentados. Andam a brincar com o trabalho e vida das pessoas.
E por isso subscrevo integralmente a Petição das organizações também disponível no link http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=DefesadaRiaFormosa.
REVOLTEM-SE, PORRA!

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