Apesar do esforço que faz para limpar a imagem, o aprendiz de presidente da Câmara Municipal de Olhão bem pode dar como certo de que a luta por uma Ria Formosa limpa vai continuar.
Na verdade as propostas apresentadas não passam de promessas e falta alguma consistencia nas afirmações feitas pelo edil no plenário de mariscadores, ontem realizado. Muito demagogicamente, o farsante apresentou-se como o salvador da Ria quando se regozijou do arquivamento do processo movido contra a Câmara Municipal de Olhão por causa dos esgotos directos. Esqueceu-se que, pelo meio, a sua Câmara dizia que se tratava de ligações clandestinas, quando foram os próprios serviços da autarquia a autorizar as ditas ligações. Esqueceu-se que tem ainda muitos esgotos a céu aberto e que vai levar com eles, ainda e por tanto tempo quanto o necessário até acabar com eles.
Quanto à Águas do Algarve, na qual ocupa o lugar de vogal do conselho de administração, tanto diz que foi aprovada a construção da nova ETAR, com que ainda não se sabe da sua localização, que até pode ser ligada à de Faro Noroeste, nem se sabe ainda quando a obra será adjudicada.
Ou seja, o aprendiz de presidente camarário, tem mais jeito para bombeiro do que para presidente, acabou por jogar, mais uma vez, agua na fogueira da Ria Formosa.
O chico esperto aprendiz, esquece que a Ria Formosa é um eco-sistema muito vulnerável, muito sensível e que não será por um conjunto de medidas avulsas que recuperará todo o seu potencial ambiental. social e económico.
Aqueles que pensam que as dragagens vão resolver qualquer problema desenganem-se, pois quando muito poderá amenizar a situação. Em 2001, também foram feitas dragagens, bem mais profundas que as previstas, e não foi por isso que a Ria e a produção de ameijoas melhorou.
A Barra da Armona tinha no seu inicio 3.500 metros de largura e está reduzida a cerca de 500 no preia-mar, destinando-se as dragagens previstas mais de molde a permitir a navegabilidade, o que é justo, do que para a renovação das águas. Uma coluna de agua de 5 metros, que possa ir de uma cota de fundo de 2 metros abaixo do zero hidrográfico até ao nível de preia.mar pela largura inicial da barra, isso sim, permitia a renovação de águas. Ora isso não está nos horizontes dos nossos responsáveis políticos, dos quais se destaca o nosso aprendiz de presidente, que não se pronunciou sobre o plano de dragagens, quando é certo e sabido que as areias retiradas da Barra da Armona são deitar na Praia de Faro, pondo em causa o cordão dunar na Ilha da Culatra. E aí, o aprendiz, cala-se
Câmaras; Governo e Águas do Algarve, só fazem e farão alguma coisa se os produtores de ameijoa mantiverem a pressão que sobre eles têm exercido, pressão essa que é a verdadeira razão das cedências que vêm fazendo.
Manter o espírito de luta e continuar até à erradicação da poluição na Ria Formosa, que não apenas da contaminação por coliformes fecais, é o único caminho se quiserem ter futuro.
SEM LUTA, NÃO HÁ VITORIA!
REVOLTEM-SE, PORRA!
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