sexta-feira, 4 de maio de 2012

OLHÃO, REFERENDAR O QUÊ?

Na Assembleia Municipal da passada segunda feira, foi aprovada a realização de um referendo para evitar a extinção de algumas Juntas de Ferguesia. Proposta do BE, e bem, a que anuíram o P"C"P e o P"S". O PSD absteve-se. Este executvo camarário sempre se portou como qualquer executivo fascista, não premeando a discussão pública e muito menos a cidadania. Qual o interesse da governação "socialista" na câmara em aceitar o referendo?
As câmaras municipais estão obrigadas a extinguir algumas empresas municipais, alguns cargos dirigentes  e ao despedimento de pessoal. P"S" e PSD tem cerca de 99% das autarquias deste País. Tem os seus interesses próprios e tem nas autarquias uma forma de satisfação clientelar. Perante o cenário da redução daspossibilidades de satisfazerem as suas clientelas, os dois maiores partidos, principais responsáveis pela degradação a que o País chegou, vêem-se, agora, confrontados com a distribuição de lugares mais reduzida.
No próximo ano haverá eleições autárquicas, e há que ir pensando como "caçar" votos numa situação em que as "promessas" de emprego ou mesmo a sua concretização ficam bastante condicionadas. Vai daí, REFERENDO.
O referendo agora aprovado é só uma forma de desviar as atenções do principal. O mesmo não põe em causa a Reforma Administrativa. Trata-se de uma questão local e procura movimentar as populações das diferentes freguesias a decidirem por algo que para estaspopulações é secundário. Nas questões que mexem directamente com os bolsos desses mesmos munícipes o executivo autárquico nunca teve a ombridade de falar em referendo.
Os referendos não interessam aos grandes partidos. Não lhes interessa que as populações manifestem as suas opiniões. Hoje é o PSD que está no Poder, ontem foi o P"S" e amanhã, provavelmente, voltará a ser o P"S", infelizmente. A alternância entre estes dois partidos fazcom que nem um, nem o outro, tenham interesse que os portugueses se manifestem. Sempre fizeram orelhas moucas ao sentir dos portugueses. Não era agora que iriam deixar que os portugueses pusessem em causa a sua forma de actuar.
P"S", PSD e CDS assinaram o "Memorando de Entendimento". PSD e CDS assinaram o novo Tratado. O P"S" ainda gaguejou mas aceitou. Os portugueses foram ouvidos, foram chamados a pronunciarem-se sobre estas coisas? NÃO!!!
Os portugueses tem o direito a serem ouvidos. Não podemos permitir que aqueles que atiraram o País para esta situação, continuem a enxovalhar-nos. Eles delapidaram o País. Eles avançaram com projectos megalómanos para enriquecerem os amigos e a banca sem nunca nos ouvirem, sem nunca nos questionarem se estávamos dispostos  a pagar essas facturas. Querem agora o quê? Que lutemos pelos tachos que vão ter que cortar?
Referendo? Sim, mas se for uma prática normal, se o exercício da cidadania puder ser exercido pelos munícipes. Só para defender tachos? NÃO!
Vamos referendar o quê?

3 comentários:

jorge soares disse...

ESTOU DE ACORDO AMIGO , TEMOS QUE AQUECER AS ORELHAS DESSES MALANDRECOS , SEPRE QUE CHEIRA A ESTURRO É O ZÉ POVINHO QUE PAGA COM MAIS UM AUMENTO DE ALGUM BEM ISSENCIAL , E ELES A SUGAR A TETA QUE DEVIA SER DE TODOS , , É UMA VERGONHA A POLITICA QUE SE PRATICA PRESENTEMENTE EM PORTUGAL

jorge soares disse...

COMPARO OLHÃO AO COLISEU DE ROMA , SÓ SAIAM ELESOS O IMPERADOR E SUA ESCUMALHA , OS MAIS FORTES DOMINAVAM SEMPRE OS MAIS FRACOS , SÓ QUE AQUI NO COLISEU DE OLHÃO NÃO LUTAM NA ARENA , MAS SIM NA SOMBRA E SEM A APRECIAÇÃO DO POVO

Anónimo disse...

Acabo de ler no Correio da Manhã que a bandeira azul, foi retirada na Fuzeta-Ria, isso já era d esperar, como é que aquela praia ostentava a bandeira, um mistério!
Uma prainha, é verdade bonita numa zona bem atrativa, mas com tantas falhas, a limpesa, os cães que se passeiam, sem que ninguém se preocupe, os acessos cheios de pastos, o estacionamento caótico.
Será que o Presidente, vivendo naquela localidade, não visita a praia e ver o estado miserável que ela se encontra, lá se foi embora a menina dos olhos dele a Bandeira?
Tudo culpa pelo deixar andar e ninguém se preocupar com o aspeto das coisas, uma boa lição para essa gente incluindo o presidente da junta.