concelho
|
População. total
|
Pop. Idade inactiva
|
Popul.
Idade
activa
|
%
Desemp.
|
desempregados
|
%
RSI
|
Benef.
RSI
|
Albufeira
|
40190
|
16078
|
24112
|
17,5
|
4219
|
12,18
|
5372
|
Alcoutim
|
2725
|
1090
|
1635
|
8,76
|
143
|
31,62
|
516
|
Aljezur
|
5724
|
2289
|
3435
|
11,97
|
411
|
41,48
|
1417
|
C. Marim
|
6588
|
2635
|
3953
|
17,26
|
674
|
49,04
|
1938
|
Faro
|
62281
|
24912
|
37369
|
13,24
|
4947
|
46,17
|
17402
|
Lagoa
|
22783
|
9113
|
13670
|
17,07
|
2333
|
45,7
|
6247
|
Lagos
|
30776
|
12310
|
18466
|
15,75
|
2908
|
47,13
|
8693
|
Loulé
|
69824
|
27929
|
41895
|
15,07
|
6313
|
29,4
|
12317
|
Monchique
|
5755
|
2302
|
3453
|
14,71
|
501
|
30,78
|
1062
|
Olhão
|
45216
|
18806
|
26410
|
17,27
|
4561
|
41,04
|
10838
|
Portimão
|
55209
|
22083
|
33128
|
17,23
|
5707
|
83,4*
|
14377
|
SB Alportel
|
10552
|
4220
|
6332
|
12,16
|
769
|
36,96
|
2340
|
Silves
|
36724
|
14689
|
22035
|
15,16
|
3340
|
21,12
|
4653
|
Tavira
|
25753
|
10301
|
15452
|
15,12
|
2336
|
31,47
|
4862
|
V Bispo
|
5223
|
2089
|
3134
|
10,83
|
339
|
24,12
|
755
|
VRS Antonio
|
19067
|
7626
|
11441
|
19,86
|
2272
|
65,42
|
7484
|
Totais
|
444390
|
177752
|
266638
|
41779
|
100273
|
Para se elaborar a tabela acima
tivemos em conta que o INE considera população em idade não activa os
reformados e os jovens até aos quinze anos, representando no seu conjunto
40% da população total, 25% de reformados
e 15% dos jovens.
Para os restantes números,
tivemos em conta as percentagens que o portal da transparência autárquica https://www.portalmunicipal.pt/municipio?locale=pt, do
governo, atribui à população em idade activa. Mas porque o governo já nos
habituou a toda a espécie de aldrabices, no que concerne a Portimão, achámos
exagerado, mesmo impossível, uma taxa de 83,4 de beneficiários de RSI, pelo que
calculámos apenas 43,4%.
Ainda assim faltam os números relativos
àqueles que já desistiram de procurar emprego, e são cada vez mais, e daqueles
que estando desempregados, não constam como tal, como é o caso dos que
aceitaram os contratos de emprego – inserção, os estagiários e os que
frequentam cursos, que no seu conjunto se estima serem cerca de 15% da população
em idade activa, mas que não fizemos constatar na tabela, para que o quadro não seja ainda mais negro.
Lamentamos contudo a total falta
de transparência do governo, que tem acesso aos dados da segurança social e
como tal podia apresentar os números oficiais que não as percentagens. É por
demais obvio que a intenção do governo é esconder a situação de degradação
social do Povo português, que a presente tabela põe a nu.
E como se isso não bastasse, o
governo vem utilizando os institutos públicos para a campanha eleitoral, pondo-os
a emitir números de molde a dourar a acção destruidora dos postos de trabalho. Mas se é verdade que reduzem os numeros do desemprego, não é menos verdade que aumentam os numeros dos beneficiarios do RSI, que no Algarve ultrapassa os cem mil beneficiarios, quase um quarto da população, ou seja aumentam a situação de fome e miséria para o Povo.
A primeira ilação a retirar, é o
acentuar das assimetrias entre o litoral e o interior, entre a cidade e o
campo, podendo ver-se como os concelhos rurais perdem população a favor do
litoral, nalguns casos parecendo mais freguesias do que concelhos. Para os
concelhos do interior, os diversos governos não tiveram, nunca, qualquer
politica de desenvolvimento quer permitisse um combate eficaz à desertificação
verificada. Aliás, no seguimento das politicas de destruição do sector
produtivo, determinadas pela EU, os governos de PS, PSD e CDS, incapazes de
afrontarem a ditadura do directório franco-alemão, promoveram e permitiram o
abandono da agricultura.
Mostra a tabela, que apenas vinte
e cinco por cento da população tem trabalho e que são muito mais os que recebem
alguma forma de apoio da Segurança Social do que aqueles que contribuem.
Convem aqui referir, que ao
contrario da imagem que os governos têm dado em relação aos reformados. Os
reformados para receberem a sua pensão tiveram que ter uma carreira
contributiva de suporte, isto é pagaram antes para receber depois, e não como
por aí se diz que são os novos estão a suportar as pensões das gerações
anteriores. A degradação da Segurança Social tem a ver antes, com as aplicações
financeiras que foram feitas cm o dinheiro dos descontos e que são dos
trabalhadores. Tem também a ver, com a falta de receitas derivadas da ausência de
trabalho, ausência essa provocada pela destruição do sector produtivo.
A maioria dos concelhos do
litoral, tinha na pesca e industria a ela associadas uma grande fonte de
trabalho e rendimentos, que se têm vindo a perder sob a batuta da EU. Veja-se o
caso recente da pesca da sardinha, que já se viu, ser uma decisão politica e não
cientifica que estão por detrás do fim da pesca de cerco.
Olhão, Portimão e Vila Real de
Santo António, importantes portos de pesca, no passado, não encontraram
alternativas para a substituição dos postos de trabalho perdidos, lançando os
seus Povos na maior das misérias, com taxas de RSI acima dos 40%.
Um autentico quadro negro, um
drama social que os partidos que se revezam no governo, PS, PSD e CDS, tentam
ocultar.
Para inverter esta situação é necessário
pôr o País a produzir, a criar riqueza, mas jamais o conseguiremos enquanto nos
submetermos às imposições da EU e de um Euro que não nos permite ter uma
economia mais competitiva. Ou seja, sem sairmos da EU e do Euro, não teremos
desenvolvimento para o Povo, transformando-o num escravo assalariado.
Nas próximas eleições, o Povo tem
a alternativa da mudança, votando naqueles que sempre se opuseram à corja de
bandidos que tem destruído o País.
1 comentário:
Os políticos vocacionaram o Algarve para a construção, com a crise financeira a bolha rebentou, o que esperavam? Esperem até os centros comerciais começarem a fechar, nos EUA já começou, aqui vai demorar mas vai chegar.
O Algarve não desenvolveu as actividades tradicionais, não as modernizou como fizeram os espanhóis, e não tem indústrias como ainda há no Litoral Norte e Centro do país. Portanto, viva o desemprego!
Espero que haja uma valente alteração climática e o Algarve fique frio como já foi nos séculos XVII e XVIII.
O Algarve é um caso perdido de destruição pela construção civil e pelas autarquias.
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