terça-feira, 22 de setembro de 2015

OLHÃO: REPONDO A VERDADE!

Há cerca de uma semana atrás, fizemos eco das suspeições da actual direcção da Sociedade Columbofila Olhanense acerca de um anterior seu dirigente. 
Porque só a verdade interessa, trazemos hoje a rectificação que se impõe, com a publicitação da declaração da Câmara Municipal de Olhão, onde se pode ler que não foram atribuídos quaisquer subsídios àquela colectividade no período então mencionado e como tal, pondo cobro às suspeições levantadas.
No entanto, e porque a politica de atribuição de subsídios deve ser bem justificada, não de acordo com determinados interesses, mas bem esclarecida e transparente, a atitude do presidente da Câmara deixa muito a desejar.
É que, embora reconhecendo ter recebido uma delegação, de seis pessoas,da Columbofila, sustenta que não lhe terá sido pedida a declaração agora emitida, quando elementos da direcção afirmam o contrario. Portanto alguém está a mentir nesta matéria, ou a direcção da Columbofila ou o presidente da Câmara, o que convinha esclarecer, até por termos muitas duvidas quanto à seriedade do presidente nestas andanças.
Cumprido o primeiro objectivo deste texto, repondo a verdade e dando por infundadas as suspeitas levantadas, passamos ao segundo e que se pretende com a politica de subsídios e a utilização de dinheiros públicos sem controlo ou fiscalização.
Não há muitos meses atrás, a Câmara Municipal de Olhão fez aprovar a concessão de um subsidio ao Lusitano Ginásio Moncarapachense no valor de 250.000 euros para arranjos no relvado sintectico. Entretanto viemos a apurar que a Junta de Freguesia de Moncarapacho, atribuiu, também ela, um subsidio para o mesmo fim no montante de 60.000 euros.
Não é que o Ginásio Moncarapachense não mereça apoios, que os merece, mas qualquer pessoa compreenderá, que às entidades publicas, compete o cruzamento de dados sobre a atribuição de subsídios, quanto mais não seja para que não haja sobreposição. Os clubes ou associações devem apontar para a sua sustentabilidade sem terem de estar dependentes dos dinheiros públicos e pior ainda, numa situação de crise social profunda como aquela em que mergulharam o País.
Nesta matéria, sempre defendemos que a Câmara Municipal deveria criar recintos desportivos, como campos de futebol, em todas as freguesias e deixasse que as respectivas Juntas organizassem a sua gestão de molde a que toda a população interessada possa praticar o desporto de uma forma saudável e gratuita. Apoiar entidades privadas, sejam associativas ou não, é uma forma de condicionar o acesso à pratica desportiva.
E porque assistimos aos apoios a uma colectividade de Moncarapacho, recordamos que a Fuzeta, espoliada da sua Junta por um governo de más recordações, não tem nenhum recinto para a prática do futebol de onze quando tem um riquíssimo historial no futebol juvenil. Tudo isto apesar de um Plano Director Municipal, com vinte anos, prever a construção de um recinto com aquelas carateristicas mas que nunca foi levado à prática.
Chegados ao fim, daqui apelamos a que alguém da direcção da Columbofila esclareça se efectivamente foi ou não pedida a declaração de conteúdo semelhante à que publicamos acima.

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