sábado, 5 de setembro de 2015

LOULÉ: CÂMARA POUCO DEMOCRATICA E AINDA MENOS PARTICIPATIVA"

Um leitor deu-nos a conhecer uma estranha situação da Câmara Municipal de Loulé, que envolve não só questões relacionadas com a poluição como também com o Orçamento pouco Participativo aliada à falta de transparencia da decisão.
Por isso damos a conhecer o conteúdo da mensagem enviada:
A ribeira que desagua em Vilamoura é conhecida por vários nomes conforme os sítios por onde passa (Salir, Querença, Tôr, Algibre, Paderne, Alte, etc.).
A bacia de recepção é enorme - cerca de 10% da área do Algarve.
Várias ETAR (estações de águas residuais) desaguam na ribeira. Tantas ou mais do que os nomes da própria Ribeira.
Para evitar a poluição da Ribeira foram feitos sistemas de rega, a partir das ETAR para campos de cultivo (citrinos, alfarrobeiras ...) - despoluição com retorno económico, pela poupança de água e de nutrientes originários das águas residuais tratadas).
Propunha-se com o projeto apresentado ao Orçamento Participativo, desviar o efluente tratado da ETAR de Vilamoura, que atualmente descarrega a 3 km a montante da foz (Marina e Praia).
Várias eram as hipóteses de rega - pinhal, golfes, agricultura, lagoas paisagísticas ...
O projeto apresentado foi aprovado em Boliqueime por votação popular, a 16/6/2015, juntamente com outros dois.
Houve uma reunião preliminar com os promotores do Orçamento Participativo, onde se acertou convocar reunião com as partes intervenientes (Junta de Freguesia, Águas do Algarve e INFRAMOURA), em 8/7/2015.
Soube por outros que os projetos assim selecionados estavam para votação final, a partir de 1/9/2015, mas que o da Ribeira de Quarteira não estava na lista. 
Em contacto telefónico foi comunicado que o projeto era muito interessante e que tentasse de novo para o ano ...
Nem reunião com as outras entidades, nem parecer técnico, nem comunicação da exclusão (como o próprio regulamento obriga), nada.
Esta é a metodologia e a democracia que se usa cá pela Câmara de Loulé.

A primeira questão tem a ver exactamente de termos uma ETAR a descarregar para uma linha de agua algo só possível porque quem o faz, ser uma entidade publica. Fosse um particular a despejar as águas de uma fossa e seria logo objecto de uma coima. O Estado pode poluir à vontade!
Só que cada vez que despejam águas residuais numa linha de agua, ela vai parar ao mar e contribuir para as costumeiras interdições de apanha de bivalves na costa devido às biotoxinas que têm origem nas mal ditas ETAR.
Tentando dar um ar de democracia, a Câmara Municipal de Loulé, entendeu pôr em marcha um Orçamento Participativo, mas pouco, porque conforme nos dizem, afinal a Participação do Povo, que aprovou o projecto em causa, ficou-se pela intenção.
E como se isso não bastasse, a "democrática" de Loulé, estando obrigada por força de regulamento próprio a explicar o porquê da exclusão, entende não dar satisfações dos seus actos. Parece que o Partido dito Socialista, que preside à Câmara Municipal de Loulé, foi contaminado com o vírus da falta de transparencia.
E o Povo de Loulé vai permitir que a Câmara Municipal, faça o que muito bem quer e entende?
Sendo verdade que o anterior executivo do PSD deixou muito a desejar, o actual segue as suas pisadas. Como se aproximam eleições, o Povo de Loulé pode e deve ponderar a possibilidade de alterar o seu sentido de voto e dá-lo a outras forças politicas descomprometidas com o exercício do Poder.
O País, o Algarve e todas as autarquias precisam, urgentemente de uma profunda mudança de politicas, sob pena de hipotecarem o futuro das gerações vindouras.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

Agora a Valentina Calixto é a diretora do PNRF!!! Finalmente as demolições vão ficar por executar! Grande vitória dos ilhéus!!!

Anónimo disse...

Finalmente as demolições vão ficar por executar? Grande vitória dos ilhéus? Assim fosse, assim fosse!!;Aguardemos a decisão da justiça porque as de camaleões bípedes não são de fiar.