sábado, 4 de junho de 2016

ALGARVE: ONDE PÁRA A SARDINHA?

A campanha de monitorização da sardinha, e também de espécies como o carapau e a cavala, teve inicio no dia 1 de Março, conforme estava publicado no site do IPMA, publicação essa que desapareceu, tal como desapareceu o Relatório da primeira parte.
A monitorização da Primavera deste ano estava prevista terminar a meio de Abril e apesar de já estarmos em Junho, não surge qualquer Relatório quando já devia estar publicado. Que esconde o IPMA?
Para quem gosta de acompanhar estas coisas ou por interesse na matéria e saber o futuro da nossa pesca, estes Relatórios são fundamentais, mal se percebendo porque não são divulgados e de fácil acesso ao comum dos mortais.
Já aqui fizemos, por diversas vezes, referência à acção predadora dos pescadores espanhóis que não respeitam as regras da sustentabilidade dos recursos naturais, capturando as espécies juvenis, apesar de estarem interdita a sua captura.
O que constatamos no Relatório do ano transacto, que pode ser visto em http://www.ipma.pt/export/sites/ipma/bin/docs/relatorios/pescas.mar/CampPELAGOS-2015.pdf, é que efectivamente houve uma redução da população da sardinha no Golfo de Cadiz, a principal fonte de recrutamento, sem o qual, não será possível aumentar as quotas que nos são impostas por terceiros.
É do conhecimento publico que os espanhóis apanham o peixe sem respeitar a calibragem e quota definidas. Ao contrário, os pescadores portugueses, viram ser retirado o Certificado Ecológico que fora atribuído por a nossa arte de cerco permitir soltar os juvenis, pela mesma entidade que finge ignorar o procedimento no outro lado da fronteira, com a agravante dos espanhóis, com a cumplicidade das autoridades portuguesas, pilharem das nossa aguas, o sustento dos nossos pescadores.
Este aspecto assume particular importância, quando a União Europeia elabora uma Directiva que pretende obrigar à introdução do registo electrónico do pescado, logo a bordo do barco, com os evidentes transtornos e perda de tempo, o que pode levar ao abandono da actividade, já que para executar aquela decisão, os pescadores vão despender mais três ou quatro horas a escolher o peixe.
Porque não é penalizada a frota espanhola que ao capturar os juvenis põe em causa os stocks?
Nos últimos tempos, temos assistido ao cair da máscara da anti-democrática Comissão Europeia, impondo sanções aos Estados mais fracos e beneficiando os mais fortes. São exemplo disso, o incumprimento das regras para a moeda única, o Euro, que fixa tectos aos défices mas também aos excedentes em que só são sancionados os Países que não cumpram com os défices e não são todos. Os excedentários como Alemanha e Holanda ficam de fora, tal como nos deficitários, de fora fica a França, por ser a...França!
Com a pesca passa-se a mesma coisa. Os pescadores portugueses são sancionados pela acção predadora da Espanha, porque do outro lado está a ...Espanha!
Tivéssemos nós um governo patriótico e já teria mandado às urtigas esta União Europeia que apenas serve os interesses imperialistas de uma Alemanha, que pela via  financeira consegue o que não conseguiu pela via armada, o domínio da Europa.
PELA SAÍDA DA UE!
REVOLTEM-SE, PORRA!

4 comentários:

Atento disse...

Se o Apolinário é o secretário das pescas e diz que sabe tudo perguntem ao Apolinário porque razão a quota da sardinha é ibérica e a do Atum não é?

Salsa Correia disse...

Obrigado António Terramoto por continuares a lutar pela Independência Nacional

Anónimo disse...

ao senhor que falou dos atuns cada pais tem direito a determinado numero de licenças para atum e caso algum pais nao as utilize todas podera "emprestar" a outro pais. pois caso nao saiba a armacao da tunipex tem licença nacional mas a outra da almadraba esta a usar uma licenca espanhola ,

Atento disse...

esse negócio de emprestar quotas uns aos outros normalmente Portugal fica sempre a perder.
A ser verdade o comentário do senhor das 20.23 quer dizer que os espanhóis andam à pesca do Atum na zona de Portugal com a quota espanhola?e Podem?
Os espanhóis tem duas armações uma em frente ao livramento,e outra no Cabo de Santa Maria. o acordo de pesca de Portugal e Espanha não é só para as aéreas da capitanias limítrofes?
SER assim for estão as duas ilegais, pois o limite poente desse acordo é a Sul da Torre de Aires. e a Almadrava da Real Atunara que foi comprada à Companhia de Pescarias do Algarve está em frente ao Livramento,ou seja mais a ponete do tal acordo.
e a de Santa Maria está em frente a Faro por isso muito mais para poente da Torre de Aires.
Parece que aqui há marosca.