Infelizmente não podemos publicar as imagens que ficaram de nos enviar, mas nem assim deixamos de nos pronunciar sobre o assunto e se entretanto as imagens nos chegarem às mãos assumimos o compromisso logo que nos seja possível.
Há dias atrás denunciávamos uma descarga de um liquido branco no canto norte/este do Porto de Pesca, mas não se resumiu àquele dia, não sendo por isso uma descarga acidental.
Face à situação, um associado da Cooperativa Formosa informou a bióloga que dá assistência à Cooperativa e esta após verificar, chamou ao local instituições como a Policia Marítima, a ARH, o Parque Natural da Ria Formosa e a Câmara Municipal de Olhão.
Presentes, as autoridades chegaram à conclusão que a "culpa" era da Fabrica nova, que não fizera o tratamento primário, uma forma simplista de declinar de responsabilidades das entidades envolvidas em todo o processo.
No passado não havia industrias dentro do perímetro da área portuária, pelo que de forma errada os esgotos ali existentes eram descarregados dentro do próprio Porto de Pesca. Obedecendo a directivas comunitárias, as novas industrias estão obrigadas a ter ETAR com capacidade para um tratamento primário, insuficiente se tivermos em conta que estamos perante um eco-sistema muito sensível.
De qualquer das formas, todos os esgotos, sejam da área portuária ou outros, estão obrigados à ligação à rede publica, que os encaminha para a ETAR, questão que está ser escamoteada, melhor dizendo branqueada.
À Docapesca cabe a responsabilidade de levar os esgotos até meio metro da saída do Porto, sendo que a partir daí, compete à Câmara Municipal de Olhão fazer a ligação à rede.
Há indícios de que na descarga poderá ficar-se a dever ao uso de soda caustica, produto usado na industria conserveira para desengordurar as grelhas de cozedura do peixe, um produto altamente poluente.
Estamos perante um crime ambiental grave, susceptivel de aplicação de coimas pesadas à Fabrica, à Docapesca e à Câmara Municipal de Olhão, mas porque estão envolvidas duas entidades estatais, muito provavelmente, a culpa recairá apenas e só sobre a Fábrica. Obviamente que se os esgotos estivessem ligados à rede, ninguém teria dado por nada.
A verdade é que as descargas directas na Ria Formosa continuam apesar da ARH ter procedido à monitorização dos respectivos pontos de descarga, com elevados níveis de contaminação microbiológica, mas mesmo assim, não tomam qualquer atitude para corrigir e acabar com este tipo de crimes.
Não será demais lembrar que em Novembro de 2013, o moço pequeno em presidente de câmara, anunciou já ter 500.000 euros para acabar com os esgotos directos, mas passados quase três anos, continua tudo na mesma. Até quando?
De mais este crime, se queixam os produtores de ameijoa que veem a cada dia que passa, morrer as ameijoas, o sustento das suas famílias.
Pina é um velhaco da pior espécie e está-se borrifando para os produtores de ameijoa. Se pudesse matava todas, para se poder candidatar, à maior fatia de terrenos da Ria Formosa, para produzir as suas ostras, com que acabará por matar a Ria, mas que lhe vai encher os bolsos.
REVOLTEM-SE, PORRA!
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