segunda-feira, 13 de junho de 2016

RIA FORMOSA: OSTRAS, MAIS UM CANCRO NA RIA!

Hoje é noticia a morte de bivalves na Ria Formosa, onde quem dá a cara, é o homem contra quem o presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Pina, se pronunciou, em Novembro de 2013, numa celebre assembleia de mariscadores no Auditório Municipal, quando apenas estava a agir correctamente.
Assembleia essa que o Pina aproveitou, e bem, para desmobilizar os viveiristas e mariscadores da luta contra a desclassificação das zonas de produção da Ria Formosa, afirmando que já tinha quinhentos mil euros para acabar com os esgotos directos.
Trapalhão como sempre, António Pina, passados mais de dois anos, e enquanto morrem os bivalves continua a descarregar directamente e sem qualquer tratamento efluentes urbanos, de nada servindo dizer que a situação está melhor, ou que corrigiu a N por cento, quando continua tudo na mesma.
Pina não dá ponto sem nó. Mais guloso por dinheiro, viu nisso uma oportunidade de sair beneficiado, propondo à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a assinatura de um protocolo que visava a sua participação na distribuição dos terrenos quando terminassem as concessões. Assim disponibilizou uma tecnica superior, bióloga à APA.
Só que a APA resolveu proceder à monitorização do meio receptor e os resultados redundaram num tiro nos pés do Pina, confirmando aquilo que sempre dissemos em relação aos esgotos directos, que são um meio de contaminação microbiológica dos bivalves.
Pina, que mantém ocupado ilegalmente terrenos do Domínio Publico Marítimo e a quem por via disso, devia ser aplicada uma coima de 250.000 euros, conforme edital da APA, mas que esta entidade fez questão de submeter à apreciação superior, ou seja ao governo dito socialista. E como tal não há decisão, porque neste País é para se aplicar aos mais desfavorecidos e proteger os mais poderosos.
Não bastava a poluição provocada pelas ETAR e pelos esgotos directos, como ainda a ganância de alguns trouxe um novo cancro para a Ria Formosa, a ostra francesa.
Em regra, a ostra francesa, é oriunda da bacia de Arcachon, onde as ostras juvenis registam perdas totais, infectadas que estão com o viruz do herpes, facto que o IPMA já admitiu. E isto seria razão suficiente para impedir a entrada no nosso País, mas as autoridades veterinárias também não procedem à fiscalização do estado sanitário das ostras.
Há uns anos atrás tive uma reunião com o Director Regional da Agricultura e Pescas, onde denunciei a situação, tendo ficado planeada uma segunda reunião para se aprofundar o assunto. Até hoje, porque há demasiados interesses envolvidos.
Mais recentemente começou a ser reproduzida em cativeiro a ostra portuguesa, e essa sim, era a ostra a utilizar na Ria Formosa, mas...
A ostra francesa é uma espécie exótica, geneticamente modificada para resistir a certas formas e poluição, mas é proibida pelo Regulamento do Parque Natural da Ria Formosa, que não intervém e permite a sua engorda mas também a contaminação do que de bom existe na Ria.
Por outro lado, as espécies competem pelos elementos essenciais à sua existência, alimento e oxigénio, num meio já de si parco nesses recursos. Nessa competição, sucumbe a espécie mais frágil, a ameijoa.
A concentração de ostras, é já superior à das ameijoas, sendo que a ostra consome cem vezes mais oxigénio e alimento que a ameijoa.
Não é que estejamos contra a produção de ostras, mas tão somente defendemos a produção da nossa ostra, a ostra portuguesa, e mesmo assim em zonas apropriadas e que não ponham em causa as outras espécies.
No fim do mês termina o prazo para as concessões dos viveiros e muito provavelmente vamos assistir à mudança de mãos da maioria deles e ver os anteriores viveiros de ameijoa, transformados em enormes campos de cultivo de ostras, até que um dia morram todas, ostra e ameijoas.
Que merda de ambiente este?
REVOLTEM-SE, PORRA!

10 comentários:

Anónimo disse...

Frase de 1920 da filósofa russo-americana Ayn Rand - judia fugitiva da revolução russa que chegou aos EUA na metade da década de 1920 - mostrando uma visão com conhecimento de causa:
"Quando você perceber que para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; Quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; Quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; Quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; Então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".

Visto essa frase há distância de quase um século e adaptando à Ria Formosa podemos dizer o seguinte:Ao vermos que os viveiristas para produzir tem de pagar, a uma Agência Portuguesa do Ambiente,que foi criada para fiscalizar a qualidade da agua na Ria Formosa mas não só,agua essa que devia ser isenta de matérias tóxicas mas que não o são pois a APA bem sabe que as aguas da Ria Formosa estão cada vez mais poluídas por esgotos e por ETARs que NADA tratam.
Verificando que esses técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente não fazem mais do que proteger os interesses dos lobies instalados na Ria Formosa,que ocupam terrenos ilegalmente sem que nada lhes aconteça como é o caso do PIna e de outros Pinas muitos grandes.
Afinal de contas para que serve a APA receber indevidamente uma licença de servidão de aguas poluídas?
Para que serve a APA sem ser para pregar multas aos mais pequenos e fechar os olhos aos interesses do Tubarões?
Houvesse justiça e os assassinos da Ria Formosa como o Pina e o Bacalhau, há muito tinham sido condenados e multados e exonerados dos cargos para que foram elitos.

Anónimo disse...

13.13.quando se recomeçou com a reintrodução das ostras, foram utilizadas dois milhoes
de ostras portuguesas reproduzidas em laboratório.Entre 15 de Maio e 15 de junho houve
uma mortalidade de 70/80%. Tres anos consecutivos foram utilizados os mesmos métodos
e os resultados foram semelhantes.Tudo foi comunidado ao IPIMAR no devido tempo.Depois
começaram a ser feitas várias importações por variadas entidades e sem qualquer tipo
de control. O artigo escrito em 13 de junho à 17H54 é de uma utilidade suprema para a
Ria Formosa e quem vive dela.

Anónimo disse...

13.13.quando se recomeçou com a reintrodução das ostras, foram utilizadas dois milhoes
de ostras portuguesas reproduzidas em laboratório.Entre 15 de Maio e 15 de junho houve
uma mortalidade de 70/80%. Tres anos consecutivos foram utilizados os mesmos métodos
e os resultados foram semelhantes.Tudo foi comunidado ao IPIMAR no devido tempo.Depois
começaram a ser feitas várias importações por variadas entidades e sem qualquer tipo
de control. O artigo escrito em 13 de junho à 17H54 é de uma utilidade suprema para a
Ria Formosa e quem vive dela.

Anónimo disse...

os franceses das ostras já cá estão, um deles é um vigarista, de 1ª,que tem casa alugada na ILha da Culatra, os seus testas de ferro são conhecidos entre eles há figuras gradas e figuras mediáticas,as autoridades sabem de todas essas vossas denuncias não actuam e não fazem cumprir a lei, porque tem medo de perder o emprego.
è assim a lei no Parque Natural da Ria Formosa onde perseguem o pequeno e deixam os Tubarões fazer o que querem!

Anónimo disse...

13.13.-OSTRAS PLANAS -foi feita uma unica experiencia com vários objectivos. foram
utilizados dois milhoes de ostras planas com menos de um centimetro cada.O local foi
na "largura" no viveiro do José Inácio.Morreram ostras devido aos metodos utilizados.
Foi obtida uma desova maravilhosa e depois a grande produção no interior da Ria e fora
da Ria.Como se devem lembrar foram criados milhares de dias de trabalho para os que
se dedicaram à apanha.Foi tudo comunicado ao IPIMAR e dito ao seu representante que
bastava fazerem uma desova por ano para criarem a riqueza que se obteve e a criação de
algumas centenas de postos de trabalho.Neste momento já há um grande pedido de area
de alguem de muito dinheiro e à espera dos futuros fundos.Pobres dos trabalhadores da
ria e do nosso Pais.As ostras planas foram vendidas, cada kilo pelo triplo do valor das outras.

Anónimo disse...

ainda hoje o pina esteve a carregar um camiao de ostras na doca,sera que é tudo declarado? o que eu sei é que falta 15 dias para acabar a licença e nao sei de nada

Anónimo disse...

13.13 - segundo o que foi declarado no ultimo congresso mundial sobre ostras realizado
em Santiago de Compostela a China aparece como o maior produtor com números impressionantes. O caminho de ferro entre a china e Madrid está a funcionar e certa-
mente vamos ter ostras a pataco.Os sábios na matéria saberão o que vai acontecer em
relação ao abastecimento da França pelos chineses.

Anónimo disse...

Ao comentador das 20.06 do dia 13 de Junho.
obrigado pelo elogio mas o Povo da Ria não pode viver de elogios, o povo que precisa da Ria para conseguir governar a vida precisa da ajuda de Todos os que gostam e amam a Ria Formosa.
Pensava eu que com a criação do Parque Natural da Ria Formosa que essa ia ser defendida assim como iam ser defendidos os indígenas desse parque;Puro engano meu,pois nem a Ria Formosa foi protegida e os indígenas como muitas espécies estão em vias de extinção.
Viveiros que geraram fortunas hoje estão a ser vendidos SIM VENDIDOS ao preço da uva mijonas a testas de ferro dos Franceses,que estão ansiosos de fazer na Ria o que fizeram em França,onde as ostras exóticas estão quase em extinção.ou seja destruir a produção de amêijoas de viveiro( a maior riqueza da Ria Formosa), para introduzir espécies exótica,que são proibidas de introduzir, em todo espaço do Parque Natural da Ria Formosa.
Mas porque razão isso acontece? Na minha opinião porque a poluição na Ria Formosa numca foi extinta e com a agravante de construírem ETARs na no Parque Natural ETARS essas que nem os países do 3ºmundo as fazem,mas em Portugal conseguiram fazer na maior zona de produção de bivalves.
Tudo essa vergonha só foi possível com a concordância de TODOS os directores do Parque Natural da Ria Formosa,que nunca abriram a boca contra todos esses crimes.
Após a criação do Parque Natural começou a caça a todas as actividades que durante milhares de anos de fizeram na Ria Formosa diziam eles que os tapa-esteiros matavam as espécies juvenis e por isso havia cada vez menos peixe.acabaram os tapa-esteiros mas há cada vez menos peixe.
Não se preocuparam as autoridades marítimas Capitães de Porto e Policia Marítima em acabar com os crimes de poluição de esgotos tóxicos directos para a Ria Formosa a menos de 70 metros da Capitania do Porto de Olhão como é o caso do esgoto do Cais T, ou do esgoto da Docapesca a cerca de 200metros da mesma Capitania e o do esgto da Marina a 300 metros da Capitania.
Será que os Capitães de Porto assim que chegam a Olhão são logo elucidados do que devem fechar os olhos?
Será que os cientistas que trabalham na sede do agora IPMA não sentem o cheiro do esgoto do T a menos de 50metros da sede do IPMA?Ou tem ordens para não abrir a boca pois caso contrário arriscam-se a não renovar contrato ou bolsa de investigação ou se caso forem do quadro a não subirem na carreira?
Por falar em IPMA, sabemos que existe muita gente com vontade de falar mas que não pode,pois se pudessem cairia o Carmo e a Trindade, já agora a quem é tem sido oferecido as ostras e amêijoas durante décadas produzidas em Tavira na estação de bivalves ao pé do Forte do Rato?
Porque razão os cientistas do IPMA não fizeram amostragens sobre aos bivalves e a outras espécies piscícolas, à boca das ETARs da Ria Formosa e das saídas dos canos de esgoto em Faro e em OLhão?
Sabiam que os pescadores apanham certas espécies de peixe na zona das ETARs altamente contaminadas na pele que deitam imediatamente fora?
Bom por hoje já chega, mas há muito mais para dizer sobre a Ria Formosa e os crimes cometidos diariamente nessa zona por gente do poder e com influências no Poder,que pelo há vontade que cometem esses crimes, parecem estar acima da lei.

Anónimo disse...

A MAFIA sabe como neutralizar qualquer que tenha a veleidade de a incomodar.

Anónimo disse...

para o comentador de 14 de junho de 2016 às 13.o2.
13.13 - Nos ultimos 55 anos as zonas de reprodução de bivalves na quase totalidade
na Ria subiram as cotas entre 0,60 e 1,5 metros, anulando as suas funções de reprodução de bivalves e apoio ao desenvolvimento piscicola. Isto é materia muito
vasta que os principais responsáveis não quiseram ter o trabalho de tomar as medidas
necessárias.Voltarei dentro em breve.