OLHÃO: SOCIALISTAS OU FASCISTAS?

Amanhã há sessão de câmara e muito provavelmente irão pessoas questionar o que se passa em torno da situação dos residentes da casa de habitação social do Largoa da Feira.

Trazemos hoje para esta pagina, a notificação da vereadora, com o pelouro da acção social, para despejar um dos residentes e como não podia deixar de ser vamos tecer os comentários que entendermos por convenientes, por mais azia e mal estar que provoquem em toda a vereação.

E começamos precisamente pela interpelação dos nossos autarcas a algumas pessoas que nos acompanharam na denuncia deste caso nas redes sociais, procurando impedir que essas pessoas se pronunciassem sobre o assunto. Diz a vereadora, que ela é que sabe, ela é que tem o processo em mãos e nisso tem toda a razão. mas esquece que, à semelhança da interpelação que fez, um acto censório e fascista, a visão que a dita senhora tem da sociedade, é também puramente fascista, ainda que conte com o protectorado socialista.

E de tal forma a fascista vereadora põe na rua um individuo sem um tecto para se abrigar, sem um trabalho que lhe proporcione um rendimento para fazer face às suas despesas mínimas, vivendo da caridade. Ora foi a Câmara Municipal de Olhão quem deu a oportunidade que agora nega, admitindo na casa, ainda que a titulo excepcional e provisório, a pessoa em causa, com o falso argumento de sobrelotação e conflitos entre os residentes.

Não publicámos, e estávamos em condições de fazê-lo, a cartinha enviada à outra residente, uma mulher. É a própria Câmara a criar com esta atitude, dois sem abrigo, de uma só assentada.

Se a Câmara resolvesse o problema da "inquilina indesejada", a casa, porque tem três quartos, deixaria de estar sobrelotada, deixando disponível o quarto para o "indesejado inquilino". Portanto a Câmara ficava apenas com o problema da inquilina por resolver.

Não vamos negar a existência de conflitos entre os residentes, que os há, e muito especialmente em torno das condições de higiene de outros residentes, mas até nesse aspecto é a Câmara, e a fascista vereadora a responsável pelo que lá se passa. É que o serviço social deve estar no terreno e não fechado em gabinetes, no conforto do ar condicionado, porque é no terreno que se detectam e resolvem os problemas sociais. O trabalho de secretaria é a elaboração de relatórios e ouvir algumas queixas que possam surgir. Só que tal como a vereadora, as assistentes sociais da Câmara têm medo, vergonha e desprezo de lidar com pessoas que estão no limiar de pobreza, revelando também elas uma atitude fascista pouco consentânea com a natureza do serviço que deveriam prestar e não prestam. A fazê-lo, as assistentes sociais, deveriam fazer o acompanhamento diário da situação dos residentes, intervindo e pondo ordem nos problemas, regulamentando o funcionamento da casa, coisa que nunca fizeram.

Mas não deixamos de questionar o papel de toda a vereação neste processo porque conforme se pode ver nas imagens, a Câmara Municipal de Olhão tem instalações abandonadas aos ratos, como este "Jardim de Infância na Quinta do Repouso" que poderia ser adaptado a Centro de Acolhimento e onde muito bem podiam instalar a "inquilina indesejada". Só que tal como a vereadora fascista os eleitos locais, "desconhecem" ou dizem desconhecer a existência destas instalações apesar de já terem sido confrontados com esse facto, o que mostra bem da ligação que mantêm com a generalidade do Povo.

É a velha questão de quem está de barriga cheia não ver o mundo da mesma forma de quem está na miséria, com falta de sensibilidade e até desprezo pelo Povo na miséria mas que os sustenta.

F(ilhos) da P(atria).

FASCISMO NUNCA MAIS!