Na passada quarta-feira, realizou-se mais uma sessão de câmara publica, onde foram abordadas algumas questões, com a representação dos partidos que alimentam o poder autárquico a mostrar a sua natureza.
Na véspera, terça-feira, a vereadora com o pelouro da acção social, dizia desconhecer a existência das instalações do ex-Jardim de Infância da Quinta do Repouso; antes do inicio da sessão de câmara, dizia a mesma que as instalações não eram da autarquia, mas sim alugadas; durante a sessão, descobriu que efectivamente eram pertença da Câmara Municipal de Olhão, mas que estavam entregues ao agrupamento de escolas Paula Nogueira, quando na realidade foi entregue ao agrupamento de João da Rosa, que curiosamente foi presidido pelo anterior vereador com o pelouro da acção social e actualmente ocupa o lugar de chefe de gabinete da presidência.
Seja na posse da Paula Nogueira ou da João da Rosa, a verdade é que as instalações estão abandonadas aos ratos e a autarquia só tinha que pedir a sua devolução porque não passa pela cabeça de ninguém que se deixe degradar aquelas instalações.
A questão levantada em torno deste Jardim de Infância, prende-se com a casa de utilização comunitária onde existem conflitos entre os residentes e que levou a Câmara Municipal de Olhão a pronunciar-se pelo despejo de um dos utentes.
Acontece que os conflitos derivam do facto de ali residir um individuo alcoólico, portador de doenças, que urina e defeca por todos os cantos da casa, mas que não merece da parte dos serviços sociais da autarquia qualquer acompanhamento ou internamento capaz de o recuperar, assegurando-lhe a continuidade de um tecto após a sua recuperação. Os serviços sociais limitam-se à elaboração de relatórios com base no diz que disse, ouvindo uma parte do problema e fazendo ouvidos moucos à outra, em lugar de, presencialmente e in locco verificar da realidade. Os serviços sociais deram-se ao luxo de forçar a que fossem os demais residentes a tratarem da higiene pessoal do individuo em questão, o que é omitido.
E é com base nesses relatórios que a vereação vem decidindo, com o vereador do PSD, alérgico às questões sociais, a dizer que face aos relatórios não se confirmam as queixas dos outros residentes. Este vereador se fosse obrigado a limpar a merda do próprio corpo do individuo em causa, certamente teria outra postura.
Não estamos aqui a defender a expulsão do individuo em questão, até porque, por razões de princípios, somos contra este tipo de despejos, Mas tão só que os serviços sociais da autarquia se dêem ao trabalho de providenciar um internamento e tratamento capaz de recuperar a pessoa em questão.
Voltando ao inicio e às instalações do Jardim de Infância da Quinta do Repouso, o tempo que está abandonado e a degradar-se, teria melhor serventia se fosse adaptado a Centro de Acolhimento, para mulheres, já que esse é um dos argumentos invocados para a intimidação da residente feminina da casa comunitária.
Mais uma vez, temos os representantes socialistas de mãos dadas com os sociais democratas, na perseguição aos mais carenciados, recorrendo até à mentira, para fazer prevalecer as suas "razões", que no fundo são a continuação das politicas de degradação social.
REVOLTEM-SE, PORRA!
3 comentários:
Gente fina é outra coisa, incluindo os patriotas do PC e do BE.
Quem nos acode?
Os gastos dos Deputados
Despesas com pessoal em 2013 : 42.174.204,00
http://www.parlamento.pt/oar/Documents/2013/OAR2013.pdf
(RUBRICA 01. )
Despesas com pessoal em 2014 : 44.484.054,00
http://dre.pt/pdf1sdip/2013/11/22600/0652006528.pdf
(RUBRICA 01. )
Percentagem de aumento : 5,47 !!!
Actualização de aumento de ordenados para deputados é de 5,4%, aprovado por UNANIMIDADE. D.R., 1.ª Série, n.º 226, de 21/11/2013, relativo ao orçamento de 2014, e o D.R., 1.ª Série, n.º 222, de 16/11/2012.
Desde o CDS ao BE, passando por PSD, PS, ao PCP, estão todos de acordo.
Gostaram????????? Vamos continuar a alimentar este bando... ?!?!
Vamos divulgar para não pensarem que nós não sabemos como são cínicos !
DESPESA DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
TOTAL DA DESPESA ORÇAMENTAL (2013) 99.915.723,00
TOTAL DA DESPESA ORÇAMENTAL (2014) 140.219.365,00
PERCENTAGEM DE AGRAVAMENTO : 40% !!!
1 - O Bruno Ferreira esteve na sessão de Câmara e pediu a palavra que lhe foi concedida (em parte)e começou por dizer que estava ali a pedir à CMO para não ser despejado da casa comunitária onde vive e se tiver que sair de lá que lhe arranjarem um quarto com o respectivo subsídio para a renda.
2 - O vereador do PSD disse que tinha sido abordado na rua pelo Bruno Daniel e por Fernando Madeira que lhe puseram ao corrente da situação do Bruno na casa. Mas que depois nos serviços sociais teve conhecimento através dos relatórios que a verdade era outra. Ou seja chamou a ambos de mentirosos. Podia ter sido mais bem educado até porque estava a referir-se também a outra pessoa não presente e que portanto não se podia defender. Podia ter dito entre muitas outras maneiras, que constatou que a versão das assistentes sociais era completamente diferente ou oposta à que obteve pelo utente e acompanhante na abordagem de rua, e que sendo ele vereador faria mais sentido aceitar a versão dos factos escritos por estas assistentes da CMO. Parecia mais razoável e elegante esta afirmação.
3-Foi dito pelo vereador Carlos Martins que havia situações na casa comunitária que eram casos de polícia. Pois a CMO não pode aventar este tipo de insinuação. Ou são casos com a respectiva queixa policial, ou não a havendo não pode referir-se a eles, se não houve provas. É no mínimo jogo psicológico e sujo.
4- O vereador Carlos Martins disse que lhe tinha sido sugerida a colocação numa instituição que o utente recusou, ao que o Bruno respondeu que não queria ir para uma instituição que albergam transitoriamente pessoas com problemas que estas instituições ajudam a tratar e que em sua maioria são os toxicodependentes, pois ele não tem nenhum tratamento a receber e não é nenhum delinquente. E aqui interromperam as suas palavras, dizendo que já tinha tido a sua oportunidade de falar. Lembro também que em Olhão não há nenhuma instituição do género, e o Bruno já vive em Olhão há quase 4 anos e não quer perder os laços sociais e afectivos que com muita dificuldade conquistou para a manutenção da sua saúde psicológica já bastante danificada pela vida que teve e por estas novas situações que o estão a fazer passar com o despejo, pois está há anos a ser acompanhado por psiquiatras e toma medicação para tal.
5 - Tinham ido à sessão alguns moradores do prédio onde está instalada a residência comunitária, não só para serem testemunhas abonatórias da vivência e comportamento do Bruno num total de quase 3 anos a viver lá, mas também a confirmarem que constantemente e sempre que o Sr. Idalécio aparece na casa e quase sempre a altas horas da noite o prédio é incomodado com os comportamentos deste, gritos e palavrões, devido ao seu estado de bebedeira constante, para não falar na vária mistura de cheiros que ficam na entrada e sobem pelo prédio acima. Pois nenhuma foi ouvida, pois quando uma delas ia começar a falar foi imediatamente mandada calar dizendo o mesmo vereador que o assunto estava mais que falado. Ou seja não quiseram ouvir as testemunhas do prédio.
6 - A vereadora Gracinda Rendeiro também tomou a palavra a defender as assistentes sociais, estando presente a assistente Mara, dizendo que elas iam constantemente à casa dar apoio especialmente ao Sr. Idalécio, nada mais inverdadeiro, a não ser que se façam relatórios constantes sem aparecer lá ninguém, neste último ano as poucas vezes que lá foram são de longe totalmente insuficientes para as problemáticas que o Sr. Idalécio apresenta não só comportamental como de higine e saúde. O Bruno afirmou isto mesmo que não iam lá, e ele sabia o que dizia, pois habita aquela casa, ao contrário da vereadora que não habita, nem nunca lá foi. Esta afirmou que nunca lhe tinham chamado mentirosa e que estava deveras chocada com o facto. Pois quem mente aqui são os ditos relatórios e não os habitantes da casa como é de supor. (continua)
(continuação)
7 - Ainda a vereadora Gracinda Rendeiro diz ao Bruno que ele deveria ir juntar-se à família (no Porto/Braga) para sacudir a água do capote ? Mas a vereadora por acaso sabe se o Bruno tem família ? E se por acaso a tiver as famílias não têm obrigação de albergar os familiares de maior idade. O Bruno não tem pai, nem mãe, ambos morreram, e tem uma meia irmã a viver na Suécia, e um irmão internado.
8 - Os vereadores Sebastião da CDU e Ivo do BE, apelaram à CMO para tentarem ajudar o Bruno dizendo este que na casa havia 3 problemas a serem resolvidos e não um só o Bruno, pois há o Utente Idalécio e a utente Filomena que também recebeu uma convocatória da CMO através da PSP com ordem de despejo, porém sem data anunciada para a saída da residência, já a do Bruno tem como data o dia 10 de Abril. Curioso como a CMO lá colocou uma mulher e que segundo a própria CMO não podia misturar homens com mulheres já em finais de 2012 e o Bruno em Fevereiro de 2013, e agora querem despejar primeiro o Bruno, quando deveriam tentar resolver a questão resolvendo a da primeira utente que chegou primeiro. É claro que se o fizessem automaticamente teriam um quarto vago para lá colocar o Bruno pois estão lá a viver 4 utentes e a casa tem só 3 quartos, um para a utente Filomena, outro para o utente Gregório e o outro para os dois utentes Idalécio e Bruno no mesmo quarto. Ao que parece há uma má vontade contra o Bruno e não o querem albergado. Será por ele não ser oriundo deste concelho ? Não será isto um caso de discriminação ?
Enviar um comentário