Em meados de Setembro de 2009, era inaugurado em Olhão o Centro Internacional de Ecohidrologia Costeira, sob os auspícios da UNESCO e com a participação do Governo português, a Universidade do Algarve e outras entidades publicas, como se pode ver em http://noticias.universia.pt/ciencia-tecnologia/noticia/2009/09/04/199809/primeiro-centro-unesco-com-sede-em-portugal-apresentado-publicamente-na-ualg.html.
Entre outros objectivos contava-se a minimização dos impactos provocados pela intervenção humana no domínio hídrico, estudando e avaliando os problemas, na procura de soluções duradouras e estáveis, envolvendo as comunidades e pela adopção dos melhores resultados do ponto de vista ecológico, social e económico.
E fazia todo o sentido que este Centro estivesse sediado em Olhão porque de há muito que se confrontando as entidades publicas com os efeitos da actividade humana, nomeadamente da poluição da Ria Formosa, a contaminação microbiologica bem como dos episódios de biotoxinas.
Este Centro, estava equipado com um moderno equipamento laboratorial, o que permitiria a analise, a monitorização da qualidade das águas costeiras e da Ria, do ponto de vista ecológico, mas tal função encontrava-se inadequada, melhor dizendo, contraria mesmo aos interesses das entidades poluidoras, nomeadamente as entidades publicas. Por isso morreu o Centro Internacional de Ecohidrologia Costeira.
Embora tendo desaparecido, ficou no entanto o edifício, mais um de entre outros do Estado cuja cobertura é de amianto, substancia proibida por ser cancerígena. A entidade propietaria do edifício já devia ter providenciado a substituição da respectiva cobertura e pôr-se em conformidade com a Lei. Mas não o fez, nem fará, apresentando agora, uma nova utilidade.
Para as instalações do Centro de Ecohidrologia, a Câmara Municipal de Olhão prepara-se para transferir o Conservatorio local porque as actuais instalações que ocupa serem pequenas para o numero crescente da procura.
E se concordamos com a procura de um espaço em condições para a transferencia do Conservatorio, já não podemos estar de acordo com a transferencia pretendida por colocar em causa a saúde dos alunos e professores que frequentem as novas instalações.
Desde já aconselhamos os pais dos alunos a questionarem a direcção do Conservatorio bem como a Câmara Municipal de Olhão sobre as condições a que os seus educandos vão estar sujeitos.
Sem comentários:
Enviar um comentário