OLHÃO:CACIQUISMO E MISERABILISMO

Hoje trazemos extracto da acta nº 31 da sessão de câmara chamando a atenção para pequenos aspectos que ajudam a perceber a teia de cumplicidades e sacanices politicas dos nossos autarcas.

O presidente da Câmara Municipal de Olhão celebrou um protocolo, um compromisso ou lá o que lhe queiram chamar com a sua congénere de V. R. Sº António para assistencia oftalmologica aos cidadãos dos dois concelhos. A primeira questão prende-se com o facto d o presidente não ter poderes por si só tomar uma tal decisão, e mesmo os seus comparsas de partido são insuficientes para fazer aprovar tal decisão. Apresentar um facto consumado ao qual a oposição, se a houvesse, tinha a obrigação de dizer não por se tratar de um acto inaceitável, próprio de um certo caciquismo quer persiste na cabeça de um aprendiz de ditador.

A oposição não foi capaz de uma atitude e nem um reparo à actuação presidencial fez. Aceitou o caciquismo. E pior ainda quando se vê o vereador pirolito, que afinal não percebe apenas de pirolitos mas também de serviços de saúde, e é vê-lo dissertar sobre o modelo de "gestão despesista" na saúde dos portugueses. Pelos vistos, o vereador pirolito ficou afectado com os gazes dos mesmos. Na verdade o vereador pirolito nada podia dizer, porque seria uma deslealdade para com o presidente de V. R. Sº António e da distrital laranja  que foi quem lhe concedeu a oportunidade de se apresentar a sufrágio.

Ficámos a saber o que pensa, o pirolito, sobre a saúde dos portugueses, ou melhor, o que pensa sobre a forma de lhes tratar da saúde, matando-os por falta de assitencia, porque o alegado despesismo é aquele que corta nos medicamentos, no material de penso e outros incluídos nos cuidados de saúde, para alem da falta gritante de médicos e enfermeiros. No fundo, para Eduardo Cruz, deixem-nos morrer que sai mais barato e sem despesas. E já agora que o seu partido corte também no apoio aos funerais.

Por outro lado temos um pedido de autorização, do Sport Lisboa e Fuzeta, para a ocupação do espaço publico, com isenção do pagamento de taxas, o que viria a ser indeferido.

O Sport Lisboa e Fuzeta é uma das colectividades que não tem sido brindada com os costumeiros subsídios, não se sabe se por ser da Fuzeta se pela sua direcção ser ou não de cor diferente da do partido no Poder autárquico. Certo é que o seu pedido foi indeferido.

A isenção do pagamento de taxas por parte de uma colectividade não representa qualquer encargo para o município, podendo até representar beneficio se a gestão autárquica apontasse para um modelo de apoio ao associativismo que não fosse a subsidio-dependência habitual.

É que se as associações levassem a efeito eventos para se auto-financiarem e fossem isentadas do pagamento das taxas, a autarquia poderia ainda assim conceder outro tipo de apoios sem que tal implicasse encargos, e seria uma boa maneira de dar-lhes autonomia politica e financeira sem ter que estar filiada no partido a, b,c.

Quando nós olhamos para a lista de subsídios concedidos às associações e verificamos que por ano representam um encargo superior a um milhão de euros, e assistimos a uma colectividade como o Sport Lisboa e Fuzeta a pedir única e exclusivamente condições de trabalho para se financiar, então algo vai mal no reino dos subsídios e da gestão autárquica.

A este propósito convém realçar que o indeferimento foi aprovado por unanimidade.

O gazozo dos pirolitos está a afectar a cabeça dos nossos autarcas, percebendo-se por isso tantos distúrbios mentais retratados nas ideias e decisões autárquicas.

QUEM DEU ALTA A ESTA GENTE?